domingo, 22 de dezembro de 2013

Andar de comboio em cadeira de rodas só com aviso de 48 horas






















 
Andar de comboio em cadeira de rodas só com aviso de 48 horas

 
Sinceramente!!

Mais importante do que ‘chorar’ sobre tudo aquilo que não fizemos e devíamos ter feito, mas muito mais que isso, é termos consciência plena do (des)companheirismo que nos assiste em pleno tempo dos homens que julgávamos sagazes, com agudeza de espírito. É uma emergência nacional dispensarmos gente que nos carrega com a misteriosa fragilidade dos vínculos humanos, como disso é exemplo a notícia do jornal, gente que diz apertar os laços e, afinal, o que faz é mantê-los sempre frouxos. Precisamos de a trocar por um género humano que amarre esses laços e que os mantenha como elos seguros entre todos os cidadãos, quaisquer que sejam as suas capacidades físicas ou mentais. Com preceitos destes, desiguais entre iguais, bem me podem assobiar ao ouvido quanto a direitos universais. E mesmo que dentro de momentos viessem estas segregacionistas linhas férreas trazer uma ligação que preenchesse a lacuna deixada pelos liames ausentes e obsoletos destes maquinistas, jamais neles acreditaríamos! O sentimento de insegurança que eles inspiram e os desejos conflituantes que demonstram, são um ‘kit’ identitário do Portugal que não queremos. Pobre Portugal que assim oscila entre o sonho e o pesadelo. Há bicicletas, nestas carruagens da vida que nos acossa, com muitos mais direitos que os homens.

 
Bom Natal para todos, mesmo para os que coabitam em diferentes níveis de consciência!

 

Mário Rui