terça-feira, 10 de julho de 2018

Envolvam-se de honra e muitas histórias os solidários que realmente chegaram tão longe





I - Os benfeitores da humanidade merecem as honras e a comemoração devidas porque não é justo dizer aos outros que se arranjem sozinhos; devemos ajudá-los. Basta perceber as vantagens que traz consigo a solidariedade e fixar bem as retinas dos que foram auxiliados pois que estas se lhes banharam de luz quando saíram do buraco. Força no estalo das palmas dedicadas a esses benfeitores posto que é gente de virtudes miríficas. Preito aos que souberam, porque aprenderam no amparo de uma formação de sãs qualidades morais e educacionais, aguentar firmes na adversidade da caverna. Isto é que é obra acabada. Que a missão os condecore. A todos! A humanidade agradece-lhes mesmo que alguns digam, e bem, que outras crianças por esse planeta fora se encontram em condições de sobrevivência mais dramáticas do que as agora vividas pelos jovens tailandesas e ninguém lhes acuda. De acordo. Mas pergunto; é pelo facto de não sermos capazes de a todos ajudarmos de igual modo que então não ajudamos ninguém?
 
II - E, já agora, no sentido cultural contemporâneo, o Ocidente, esse tal que se acha do primeiro mundo, que se arroga na entrega de exemplos a serem seguidos, deve pôr os olhos noutras culturas, se quisermos noutras civilizações. Temos ainda muito a aprender com elas na tentativa de não repetirmos o desamparo da nossa desordem, da nossa falta de organização de comando, de meios, de competências, de escola, quando chamados ao socorro alheio difícil. Nós mesmos, portugueses, somos exemplo do que digo. Em situações de aflição, trágicas, somos muito bons a engarrafar lirismos para depois os gastarmos pelas salas de imprensa, sobretudo quando o calor aperta. E, às vezes, ainda dissimulamos o sobressalto, a inoperância, com um sorriso. Não posso esquecer o nosso último Verão. Calar-me-ei, se estiver magoando alguém; mas aprendamos com quem sabe mais do que nós. A Tailândia mostrou ser uma excelente lição de ajuda e protecção a terceiros já que, altamente organizada, ainda que contando com cooperação externa, foi capaz de dar à dor alheia, mesmo na lenta atonia de um quase silencioso e cavernoso colapso, uma resposta carregada de bons sinais. Fica a nota. Para quem a quiser entender.
 
Mário Rui
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Por aí

 
 
 
Mário Rui
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