sábado, 12 de outubro de 2013

Corte nas subvenções. Alegre acusa governo de “manobra contra os políticos” | iOnline

Corte nas subvenções. Alegre acusa governo de “manobra contra os políticos” | iOnline


Contado ninguém acredita!
 
«Alegre foi deputado durante mais de 30 anos e acredita que “é uma questão de decência política reagir a esta manobra populista”: “Eu não embarco nisto. Não me sinto culpado por ter dedicado grande parte da minha vida à causa pública”».
 
E como ‘não há machado que corte a raiz ao pensamento’, acho mesmo que:
-  decência política seria explicarem-nos a questão estranhíssima da razão por que chegou a estado tão agonizante a democracia do nosso país
-  decência política seria explicarem-nos a razão por que alguns “arautos” da verdade se arrogam o direito a uma felicidade sem culpa e à população sofrida deixaram o encargo de pagar a vossa própria culpa
-  decência política seria os gananciosos senhores do lugar que ocupam vitaliciamente, terem já feito dele o triunfo do juízo sobre a violência imposta aos outros.
-  decência política teria sido impedir que o povo vagueasse entre o sonho e o pesadelo
-  decência política deveria ter sido precaver que a experiência de certos ususpadores de valores tivesse agora sido conhecida como história manipulada e interpretada por quem nos vendeu ilusões vãs
-  decência política teria sido  explicarem-nos que o futuro da nossa democracia não era um livro do vosso gabinete, escrito nos vossos termos,  mas antes prosas, textos de equilibrio entre liberdade e justiça social para o povo e que não permitissem os vossos vorazes apetites.
-  decência política conviria que tivesse sido o respeito às normas e à maior instituição da democracia – o povo – coisa que jamais os senhores fizeram.
-  decência política sempre clamámos nós que fosse “democracia real”, abolição das oligarquias e do poder invisível, jamais a defesa de suspeitos interesses particulares, a insuficiente educação dos cidadãos e, por fim, a abolição das vossas promessas não cumpridas.
E quanto a uma vida em grande parte dedicada à causa pública, também acho que:
 
- o sentido de actos nobres até pode residir numa vida jovem ocupada em redor de  valores altruístas. Não o nego e aplaudo-o! Condeno é o não companheirismo quando a jornada mais o exige. Sobre a nossa actual escravatura nada se constrói, a não ser revoltas de escravos. Mas a revolta exige ajuda, pois dói muito a quem sofre ser desprezado! E já agora devo igualmente dizer que, se calhar, tem dias em que não é o passado que dá glória aos homens. São os homens que devem honrar o passado. E o presente, pois é a única coisa que por agora urge pôr em ordem!
 
Mário Rui