quinta-feira, 12 de junho de 2014

Só o inteligir pode fundamentar a vida social




Não gosto do desempenho politico do actual Presidente da República Portuguesa, Cavaco Silva. É um direito que me assiste, e quanto ao assunto estamos conversados. É a minha opinião e vale tanto como qualquer outra vinda dos restantes a quem eu devo respeito que não eventualmente concordância! Há no entanto algo mais de que igualmente não gosto. É disto; nunca faço festa com os despojos dos que se desprendem ou caem na luta desesperada pela vida pois que ela é coisa tão curta e às vezes tão ínfima – infelizmente há mesmo alguns que pouco a saboreiam – que, entre o lado político e o lado humano, é ilegítimo que nos riamos dos que desta maneira tombam porque da condição humana nasceram. E tanto se me dá que o assim derrubado seja o fulano A como o fulano B, do partido Y ou Z já que, nesta matéria em particular, não me rejo por princípios de desumanização entre iguais. Não brinco com a dor do outro. O outro sou eu também. Matéria completamente diferente e a discutir incessantemente, firmando oposição forte quando necessário, luta se justificada, é saber se estes homens da coisa pública estão, ou não, a tomar o seu devido lugar na vida social, política, cultural e por aí fora, e especialmente sabermos quais os valores que defendem e de que modo os mesmos se repercutem em nós.
Nesta linha de pensamento, reiterando o meu não alinhamento com o PR, devo também sublinhar o meu total desprezo e veemente crítica dirigidos aos que adoram fazer comédia com a dor em peito alheio, peça representada na circunstância pelo sindicalista Mário Nogueira e que afinal descambou em farsada de rua mercê da inconsciência da bestiola que a interpretou. Tão ignóbil foi a versão do ocorrido que até parece que ser perverso é um ideal. É uma pena que a passagem dos grotescos ainda vá sendo alvo de gritaria macabra, dada a circunstância que lhe forneceu motivo, mas igualmente lamentável é que seja ininterrupta pois cada vez mais é um sinal da aniquilação do carácter de gente assim. Em suma, não venceu por fim a besta, antes deu mais um contributo para a criação do matadouro das actuais e, pelos vistos, futuras forças “inteligentes” do país. A continuar assim, com estas modernas fundamentações sindicalistas, vai sem dúvida o visado conseguir elos de reciprocidade. Pasmo com esta “nobreza” de dúbios, tolos e presunçosos, pessoas que acham a política como sendo o meio para atingir todos os fins mas sempre incapacitados para perceberem as mais óbvias realidades, preferindo substituí-las por arremessos ridículos de razão em permanente estado de cegueira e dúvida, sobretudo quando não respeitam as enfermidades dos outros. Quaisquer que sejam, os outros, e as suas maleitas!
 
Mário Rui
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Uma oração pela paz

 
 

Uma oração pela paz.
 
Papa Francisco com os Presidentes de Israel e da Palestina nos jardins do Vaticano.

Numa era de problemas de longo prazo, mesmo não se sabendo o que moldará o futuro, fica a tentativa da conciliação feita por parte do Papa Francisco. O que se espera é que aí venha um mundo melhor, mais justo e mais viável pois que o velho século não acabou nada bem. E o tempo urge, razão mais que suficiente para que se escutem as razões dos três líderes posto que este trio de “jovens” cabeças grisalhas não dura eternamente.

 
 

Mário Rui
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