quinta-feira, 10 de março de 2011

Geração à Tasca

Então e essa ressaca pós-Carnaval? Dói não dói?
Ora bem, estava aqui a pesquisar umas coisas interessantes na Internet e descobri que na próxima segunda-feira estreia o novo programa da Júlia Pinheiro. Iupi. Tragam-me um Guronsan, se faz favor. Descobri também que somos dos países menos consumidores de álcool, o que me deixa seriamente preocupado porque nunca ficamos à frente dos outros (os meus pais que não vejam esta). É impressionante. O jornal iOnline diz assim: “portugueses, espanhóis, gregos e italianos partilham uma característica: são dos povos mais sóbrios do mundo”. Também foi o que me pareceu este Carnaval, principalmente à noite.
E isto para dizer o quê? Basicamente que a geração de agora me faz lembrar o movimento Geração à Rasca, com a diferença de que esta nova geração – que eu gosto de chamar Geração à Tasca – não reivindica nada, excepto cervejas e shots de whisky. E muito menos se preocupa com a subida dos impostos ou com o copo que o amigo entornou sem querer, porque vem já outro a seguir e este é de penalty. E acaba por ser na mesma uma geração à rasca, mas neste caso à rasquinha de um canto para vomitar, o que é sempre engraçado.
E o que é que me aflige? Para dizer a verdade, rigorosamente nada, que não tenho nada a ver com a vida dos outros. E sendo assim, podíamos ficar por aqui, mas defraudavam-se as vossas expectativas e eu sei que este é um tema que nos toca…aliás, que vos toca a vocês que eu cá não bebo. Credo, que nojo!
E quais são as características desta nova Geração à Tasca? Ora bem, em primeiro lugar, fazem parte desta geração as pessoas com idade compreendida entre os 14 e os 17 anos. Portanto, mesmo que eu bebesse nunca poderia fazer parte dela que já tenho 21. Fiquem então os meus pais descansados. São pessoas que representam perto de 80% do total das que actualmente saem à noite e bebem mais do que aquilo que conseguem suportar. E bebem preferencialmente cerveja e shots, mas só até à 1h da manhã porque é a essa hora que normalmente os pais os vão buscar. Ou a ambulância do INEM que é amarela e é mais bonita.
E isto para dizer que a lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas a menores de 16 anos não está de acordo com esta Geração à Tasca. Por isso, talvez esteja na altura de reivindicarem alguma coisa e lutarem pelo consumo de álcool a partir dos de 11 anos, que já serve para os vossos filhos e netos.
Rui André de Saramago e Sousa da Silva Oliveira