sábado, 28 de dezembro de 2013

Diálogos improváveis?














Diálogos improváveis, ou talvez não.

 
António Guterres disse:  «...as leis de imigração propostas pelo primeiro-ministro britânico, poderão estigmatizar os estrangeiros, negar habitação a pessoas com necessidades e criar "um clima discriminação étnica"»

 
Bob Neill, vice-presidente dos conservadores, ripostou:  «... não aceitamos lições sobre como gerir as nossas fronteiras de um socialista português transformado em burocrata não eleito das Nações Unidas»

 
O ministro de Estado e da Presidência do governo de um país sem lei, disse: «...o senhor Presidente da República, sem comprovar, sem fiabilidade das fontes, aparece publicamente a fazer uma declaração tendo como suporte essas falácias e calúnias em relação à Guiné. Foi bastante triste o que aconteceu. Não estava à espera disso pela experiência política que tem o doutor Cavaco Silva e foi extremamente infantil esse posicionamento.»

 
O Presidente da República Portuguesa, disse:  “NADA”!!

 

Considerando os intervenientes, a não similitude de atitudes e a não convergência das palavras ditas, em que sentido se podem chamar “assimétricas” as presentes hostilidades?

 
Eu diria que em ambos os casos estamos perante ingerência externa obviamente não apropriada.

 
Moral da primeira história para os ingleses:   “My country, right or wrong”

 
Moral da segunda história para os portugueses: Os escrúpulos morais são motivo suficiente para ficarmos atormentados.

 

Mário Rui

Novas regras do Código da Estrada


















Novas regras entram em vigor a 1 de Janeiro. Cartão de contribuinte é obrigatório e auriculares duplos proibidos. A partir da próxima quarta-feira, se a polícia mandar parar o seu carro, terá de apresentar os habituais documentos: carta de condução, documento de identificação e papéis do seguro. É o procedimento normal, mas há uma regra nova: passa a ser também obrigatória a apresentação do cartão de contribuinte se o condutor ainda tiver bilhete de identidade. Caso não o tenha, arrisca uma multa de 30 euros.

Até posso fazer um pequeno esforço no sentido de anuir com as novas regras que entrarão em vigor em 2014. Quero crer que terão em conta sobretudo a segurança rodoviária e, desse modo, se possam minimizar situações que ninguém deseja que ocorram. Já o mesmo não direi quanto à obrigatoriedade de trazer o cartão de contribuinte umbilicalmente ligado ao condutor – no caso das pessoas que ainda têm BI, e muito menos quanto à aplicação da coima caso o não apresentem. A menos que me expliquem, pode ser mesmo com recurso a um desenho, qual o contributo de tão precioso testemunho para a segurança dos interessados. Neste particular, o objectivo é meramente o de fazer chegar ‘rapidamente e em força’  mais dinheiro à Fazenda Pública. Bem percebo que o cruzamento de dados com o fisco e com a justiça está de tal modo desenhado que se torna impossível uma articulação fiável entre estes serviços por forma a melhor agilizar o processo de contra-ordenação aos infractores. Mas então é o condutor cumpridor, ou até mesmo o outro, que devem pagar por mais um sistema que há muito devia estar implementado e não está? Mas então seremos também nós culpados pelo facto do Estado, como devia há já muitos anos, não ter ainda instituído universalmente o cartão de cidadão, sabendo-se que até este se faz pagar por cada um de nós? Pagamo-lo bem, mas pelo menos está lá tudo! E ainda por cima, porque assim é efectivamente, vamos pagar mais outra pena, multa, para cobrir estas falhas de um Estado que não providencia meios capazes? Eu bem quero acreditar no porvir mas esta é só mais uma das razões pelas quais a minha mania de fixar os olhos em tal futuro me enche de dúvidas. Em suma, Estado que não está à altura do quotidiano. Razão tinha Ernest Gellner: «Estado odontológico – especializado na extracção pela tortura» .

Apesar de tudo isto, façam por entrar e estar bem em 2014: como dizia há uns dias, não vai ser fácil, mas o sonho só vale a pena se for realizado. Afinal nada do que nos faz mal nos irá fazer falta!
Bom Ano Novo
 
Mário Rui

Portugal precisa de uma ruptura geracional... e mental




















 
Era uma vez um país. Indisciplinado. Com falta de organização. E com um currículo terrível: sempre que viveu em Democracia, faltou-lhe o juízo para ter contas públicas em ordem. Primeiro os seus cidadãos pensaram que era do sistema político. E acabaram com a Monarquia Constitucional. Mas a Democracia manteve os vícios, particularmente a clientela que vivia do Orçamento. Como essa Democracia não funcionou, optou pela Ditadura. Aí as coisas melhoraram: o défice desapareceu e a dívida recuou. Mas foi um equilíbrio falacioso. Resultou de o governo desse período ter aplicado uma "cinta" ao Estado. De tal modo que, quando novamente em Democracia, as coisas voltaram a descambar. Ao ponto de em apenas vinte anos o país ter voltado a perder o controlo das contas públicas. Este é o retrato do Portugal democrático e das suas finanças públicas. "Então o que nos resta? A Ditadura?", perguntará o leitor. Não. O que nos resta é um confronto com o nosso Destino: abstrair-nos da conjuntura para pensarmos naquilo que, estruturalmente, está mal. E que, volta e meia, nos atira para rupturas de pagamentos. Como aconteceu em 1892 (verdadeira bancarrota) e 1978, 1983 e 2011 (pré-ruptura). Quando se olha para o problema com distanciamento, há uma coisa que salta à vista: a nossa governança é medíocre. Alguma coisa está mal com um sistema que não aprende com os erros. E já são muitos: em 35 anos foram três momentos de pré-ruptura de pagamentos! O mínimo que podíamos esperar é que tivéssemos aprendido alguma coisa com essas quase-bancarrotas. Como se viu em Março de 2011 não só não aprendemos como temos meia classe política a defender políticas que, se aplicadas, terminariam numa 4.ª pré-bancarrota. Como mudar isto? Mudando mentalidades (é esse o desafio do livro "Saiam da Frente!"): de nada adiantará fazer sacrifícios brutais, como os que estamos a fazer agora, se, quando livres do polícia que temos à porta, voltarmos a dar "shots" na veia. Estou certo que a maioria dos leitores estará agora a perguntar como é que se faz isso. Porque as tentativas já feitas (criar novos partidos) não serviram para nada… É verdade. Mas o caminho tem de ser outro: mudar os partidos (existentes) por dentro. Essa missão tem de ser precedida por outra: mudar a mentalidade do cidadão comum (não das elites – essas são indigentes). Sim, daquele a quem chamamos depreciativamente "Zé povinho". Enquanto esse cidadão não mudar o "chip" e entrar em modo de "exigência" (para com a classe política) o país não muda. É difícil fazer isso? É. Desde logo porque leva tempo. E porque isso implica, também, perdermos o temor pelos políticos que fizeram a Democracia, mas não souberam fazer o Desenvolvimento. E que se continuam a arrastar por aí como se fossem os donos do nosso Destino. Quais pais com filhos que já entraram nos trinta, mas a quem querem determinar as escolhas…
 
 
Título e Texto: Camilo Lourenço, Jornal de Negócios, 25-12-2013
 
 
 
Mário Rui

domingo, 22 de dezembro de 2013

Andar de comboio em cadeira de rodas só com aviso de 48 horas






















 
Andar de comboio em cadeira de rodas só com aviso de 48 horas

 
Sinceramente!!

Mais importante do que ‘chorar’ sobre tudo aquilo que não fizemos e devíamos ter feito, mas muito mais que isso, é termos consciência plena do (des)companheirismo que nos assiste em pleno tempo dos homens que julgávamos sagazes, com agudeza de espírito. É uma emergência nacional dispensarmos gente que nos carrega com a misteriosa fragilidade dos vínculos humanos, como disso é exemplo a notícia do jornal, gente que diz apertar os laços e, afinal, o que faz é mantê-los sempre frouxos. Precisamos de a trocar por um género humano que amarre esses laços e que os mantenha como elos seguros entre todos os cidadãos, quaisquer que sejam as suas capacidades físicas ou mentais. Com preceitos destes, desiguais entre iguais, bem me podem assobiar ao ouvido quanto a direitos universais. E mesmo que dentro de momentos viessem estas segregacionistas linhas férreas trazer uma ligação que preenchesse a lacuna deixada pelos liames ausentes e obsoletos destes maquinistas, jamais neles acreditaríamos! O sentimento de insegurança que eles inspiram e os desejos conflituantes que demonstram, são um ‘kit’ identitário do Portugal que não queremos. Pobre Portugal que assim oscila entre o sonho e o pesadelo. Há bicicletas, nestas carruagens da vida que nos acossa, com muitos mais direitos que os homens.

 
Bom Natal para todos, mesmo para os que coabitam em diferentes níveis de consciência!

 

Mário Rui

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Espiões em Portugal Durante a II Guerra Mundial


































Entre Lisboa e o Estoril, nos lobbies de entrada e nos bares dos hotéis como o faustoso Hotel Palácio ou o Hotel Atlântico, circulavam, durante a II Guerra Mundial, espiões dos principais campos beligerantes, Alemanha e Grã-Bretanha, mas não só. Também os serviços secretos italianos, franceses, norteamericanos, e ainda polacos, checos e romenos, e até soviéticos, atuaram em Portugal, e nas suas Ilhas atlânticas e nas suas colónias de África, na Índia e em Timor.  Enquanto o resto da Europa estava a ferro e fogo, Portugal, durante a II Guerra Mundial, foi «terra franca» para os serviços de propaganda e espionagem e palco de alguns episódios verdadeiramente novelescos como a tentativa de rapto dos duques de Windsor pelo SS Walter Schellenberg, dos serviços secretos alemães. A historiadora Irene Flunser Pimentel, autora do livro "Os Judeus em Portugal durante a II Guerra Mundial", traz-nos uma investigação única, baseada em documentos inéditos até agora mantidos em segredo, que nos revelam como o nosso país foi, graças à sua neutralidade e situação geográfica, um local importante de plataforma de negociações políticas, bem como de trocas de informações, comerciais, económicas e financeiras, entre os dois lados beligerantes. A situação atlântica, quer de Portugal, quer das suas ilhas e colónias, fez com que a principal espionagem, de ambos os lados, fosse a deteção de comboios de navios, para serem objeto de bombardeamentos aéreos ou de submarinos. Pelo nosso país passaram agentes secretos como os agentes duplos, do XX Comiittee, Juan Pujol, mais conhecido por «Garbo» e Dusko Popov, nome de código «Tricycle», que conseguiriam enganar os alemães sobre o verdadeiro destino do desembarque aliado na Europa, em junho de 1944, desviando as suas atenções das praias da Normandia, onde ele ocorreu realmente, para a zona do Pas-de-Calais. Popov terá ainda fornecido informações aos serviços britânicos do possível ataque a Pearl Harbour.  Também o escritor e agente secreto inglês Ian Lancaster Fleming se alojou no Estoril ao serviço do Naval Intelligence Department, e terá sido neste ambiente de guerra e espionagem que se inspirou para criar a figura de James Bond. Mas também os portugueses, quer os elementos da Legião Portuguesa quer os da PVDE, se viram envolvidos nas teias da espionagem estrangeira, chegando mesmo a estar ao serviço, à vez ou em simultâneo, dos dois campos beligerantes.
Mário Rui

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Avaliando a avaliação






















(imagem do "Correio da Manhã e onde se lê Mariano Gago deve-se ler Nuno Crato!)

O caminho escolhido para esta avaliação e a própria avaliação estarão certamente semeados de armadilhas. Por outro lado, quero crer que o percurso para se chegar a professor terá sido estimulante e conseguido o suficiente para que cada um dos que lhe empresta sentido esteja à vontade a transmitir ensinamento. Dito isto, também é importante que se refira que ninguém vive sem mudança. Ora, essa mudança, pressupõe a aceitação de que a procedência de conhecimentos deve ser regularmente avaliada e, se for o caso, actualizada de modo a que não subsistam dúvidas quanto às coisas novas e avançadas que o mundo actual nos mostra. É um património que obrigatoriamente deve ser passado aos mais novos e ninguém melhor que o professor o sabe e deve fazer. Embora todos os outros aspectos possam diferir entre si, o antes dito relativamente à classe profissional dos professores é igualmente verdade para muitas outras actividades profissionais ainda que em dose e grau diferenciados. Assim deveria acontecer mas, de facto, não entendo da razão que insistentemente leva ao apontar de baterias aos que passam instrução e competências e o mesmo não se faz a outros, tão ou mais carecidos de reciclagem que os primeiros. Até parece que há artes e ofícios que estão imunes ao progresso dos tempos e portanto neles mesmos se sentem em casa. Esquisito, não é? Bom, mas avancemos então e voltemos aos professores. Se no início aludi às ciladas da presente avaliação, apenas quis dizer que, em presença das regras ditadas pelo respectivo ministério, me parece ter havido falta de diálogo entre as partes envolvidas mas com culpa agravada por banda de quem manda. Quem quer que se disponha a discutir o que quer que seja, deverá sempre começar por dizer o que não está em discussão, ou seja, além de declarar o que se quer provar é preciso declarar o que não se quer provar. O ministro não o fez. Esteve mal. Ponto final!

Mas por falar em avaliações há, isso sim, uma outra não menos útil apreciação a fazer, não por quem manda, mas antes por todos nós. E agora vou fazer de conta que o actual “romance” teve final feliz para ambas as partes, mas em especial para a classe dos que nos ensinam a ser gente. É esse o final que lhes desejo. Merecem-no!

Essa derradeira avaliação vai direitinha para o sindicalista que, de jeito repetidamente ortodoxo, reitera a sua inflexibilidade perante o que quer que seja. Para ele tudo está mal: o tempo, as horas, o céu, a história, a intenção, o progresso, até o firmamento. É um credo estranho, este que deposita fé numas poucas máximas não verdadeiras. Eu sabia de homens que acreditavam em si mesmos com uma confiança mais colossal do que a de Napoleão ou César, mas como este sindicalista ainda não tinha visto. Até quando? Não há curso, ou mesmo recurso de formação que pinte de outra cor semelhante obstinação? Ou melhor ainda, que acabe com o colorido e nos mostre a realidade inteiramente de fora. Mesmo que seja de modo empírico.

 
Mário Rui

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

A desilusão


















Na Alemanha:
Tribunal Constitucional alemão considera que as reformas são um direito dos trabalhadores idêntico à detenção de uma propriedade privada, cujo valor não pode ser alterado. Tribunal Europeu dos Direitos do Homem segue a mesma linha. O Tribunal Constitucional alemão equiparou as pensões à propriedade, pelo que os governos não podem alterá-las retroactivamente. A Constituição alemã, aprovada em 1949, não tem qualquer referência aos direitos sociais, pelo que os juízes acabaram por integrá-los na figura jurídica do direito à propriedade. A tese alemã considera que o direito à pensão e ao seu montante são idênticos a uma propriedade privada que foi construída ao longo dos anos pela entrega ao Estado de valores que depois têm direito a receber quando se reformam. Como tal, não se trata de um subsídio nem de uma benesse, e se o Estado quiser reduzir ou eliminar este direito está a restringir o direito à propriedade. Este entendimento acabou por ser acolhido pelo Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.
Em Portugal:
O que está constitucionalmente garantido é o direito à pensão, não o direito a um certo montante, a título de pensão. Os requisitos exigidos para se adquirir o direito à pensão, bem como as regras de cálculo ou a quantia efectiva a receber, ainda que cobertos pelo princípio da protecção da confiança, poderão ceder, dentro de um limitado condicionalismo, perante o interesse público justificativo da revisibilidade das leis. O sistema providencial não assenta num sistema de capitalização individual, mas num sistema de repartição, pelo que os actuais pensionistas auferem pensões que são financiadas pelas quotizações dos trabalhadores no activo e pelas contribuições das respectivas entidades empregadoras, de tal modo que não pode considerar-se que as pensões de reforma actualmente em pagamento correspondam ao retorno das próprias contribuições.
Fonte: jornal i
 
A desilusão
E este é o Estado ‘amigável’ a que chegámos. Em tais circunstâncias, alguém que ainda disponha de tempo ocioso para escrever, só poderá dar livre curso às apreensões que as tendências do momento por certo criam no espírito de muitos que não as podem expressar publicamente. Com tal retrocesso civilizacional, o que posso observar em matéria de questões sociais é o reaparecimento do chamado caminho da escravidão. Bem sei que para se ser ouvido sempre se deve restringir um ou outro comentário. Procuro fazê-lo, sabendo de antemão que não me é possível avaliar com segurança até que ponto a minha argumentação colhe, ou não, adeptos, mas a verdade é que a violência social que hoje nos atordoa o futuro não me deixa alternativas. Nunca julguei possível que tão poucos pudessem ter contribuído para a condição de servos de tantos outros, a maioria. O figurino é de tal ordem que quase nos escondemos da luz do dia com medo de continuadamente recebermos a visita dos “amigos sinceros da liberdade”, a minoria que continua ditando a nossa penosa jorna e ainda por cima associando-se a companheiros cujos objectivos quase sempre diferiram dos nossos. Tão arriscados foram esses propósitos, não para a dita minoria, mas antes para quem trabalhou uma vida inteira que, tais alianças, deram no ocaso das expectativas de quem sempre sonhou com a justa paga pelo labor de uma existência. Venho-me convencendo sempre mais de que a explicação para o que vivenciamos hoje, é a mácula das experiências de homens ´maus’ que um dia se julgaram com méritos doutrinários capazes de assistirem à condução da Nação. Por mim, já ia a meio caminho de desilusão quanto a esses supostos ideais vindos dos aludidos maculados. Hoje, ao estudá-los com alguma atenção, em maior grau se me afiança que semelhante desilusão se revela ainda mais articulada, mais explícita!
 
Mário Rui

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Vícios

















Mas será que não poderia o senhor do relógio ter inventado um vício menos embrutecedor para a inteligência dos portugueses?

 
Cristo pregou a preguiça no seu sermão na montanha:  “Contemplai o crescimento dos lírios dos campos, eles não trabalham nem fiam  e, todavia, digo-vos,  Salomão, em toda a sua glória, não se vestiu com maior brilho.”
 
Mário Rui

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Tempo de outro tempo

 
 
Já alguém disse que os acontecimentos contemporâneos diferem dos históricos porque desconhecemos os resultados que irão produzir. O mesmo é dizer que, olhando para trás, podemos interpretar, avaliar as consequências dos factos passados. No entanto, enquanto a história se desenrola, não é verdadeiramente história. Assim, conduz-nos a terrenos desconhecidos que só de quando em quando são realmente vislumbrados pelos mais afoitos e atentos ao curso dos factos. Sobretudo quando a história nos revela um final feliz ainda que não tangível ao nosso entendimento. Não compreensível já que o acontecido nos parecia tão importante e credor de punição que, aberta a caixinha das surpresas, nos deparamos com uma imensa ‘felicidade’ oferecida a quem deveria ter percebido a perigosidade do sucedido e suas graves consequências. Mas assim já não é. Vivemos um tempo que em nada é igual ao tempo em que nos eram mostrados os exemplos a seguir. Acabou, infelizmente, esse viver! É por tudo isto que eu acho que “felicidades” como a agora proporcionada a este, e a outros cidadãos, só podem concorrer para o facto de muitos homens jamais poderem vir a perceber quaisquer leis a que a história deva obedecer! Tal desenrolar de eventos sugere que a probabilidade de voltarem a acontecer, os graves e inesperados bem assim como a imprevista oferta de venturas, é altíssima. E viva a ordem (des)reinante!!!
 
Mário Rui

sábado, 14 de dezembro de 2013

Fogo amigo

 









 
 
 
 
 
 
 
 
Queixas contra médicos terão taxa a pagar pelos doentes
A Ordem dos Médicos (OM) quer passar a cobrar uma taxa aos utentes pelas queixas que apresentem contra os clínicos, para controlar o aparecimento de processos em excesso, "muitas vezes sem fundamento". A medida está prevista nos novos estatutos do organismo, que aguardam desde fevereiro o início da discussão com o Governo e aprovação na Assembleia da República. Na prática, diz o bastonário, José Manuel Silva, que ontem foi reeleito, "é uma espécie de taxa moderadora na apresentação da queixa ou por altura do pedido de recurso".
Imprensa de ontem
 
“Fogo amigo”
Cada vez me convenço mais que vivemos numa sociedade toda ela voltada para a definitiva quebra das regras do jogo. Os modos habituais de comportamento social caminham inexoravelmente para um beco sem saída onde deixa de ser permitida a mais ínfima fracção da indignação de cada um. Esta constatação é tão verdadeira para a política pura e dura que nos enleia a vida quanto para um sem número de outras actividades quotidianas que alguns teimam em dirigir à comunidade como se de uma simples aglomeração de pessoas se tratasse. Esquecem-se estas cabeças pensadoras que, afinal, comunidade significa lugar onde vive seara pública que mais não é senão a verdadeira semente que dá corpo a um país onde estão indivíduos com interesses solidários. Dificilmente dou bênção à “mania da perseguição” mas, de facto, quando assisto a algumas vaguidões oratórias, que não poucas vezes acabam por se transformar em coisa real, dou por mim a pensar se realmente não se tratará de ataque vindo de alguns sectores da própria sociedade civil contra os seus semelhantes. Mais. No actual estágio de entendimento de sociedade civil, defendido por muita gente, julgo não exagerar se disser que esta caterva de “pensadores”, ainda que arraigados aos melhores propósitos, apenas correspondem à produção, convenientemente arquitectada, diga-se de passagem, de seres humanos refugados. Parece dar jeito criar uma nova ordem onde se definam algumas partes da população como deslocadas, inaptas, indesejáveis, de modo a que a sua voz seja tida como tola. Assim, depois, acontece a aparição de novos critérios que, não trazendo melhoria quanto à qualidade de vida dos cidadãos, acabam por definir uma nova forma de normalidade geral que mais tarde ou mais cedo se há-de traduzir numa lógica de poder corporativo. Muito bem defendida aliás por alguns grupos profissionais, como é o caso. Daí que, esta situação, para além de todas as outras já criadas pelos sucessivos (des)governos do país, seja ela mesma mais um sentimento de condição de “sem-tecto social” que se nos crava no espírito e, pior que isso, no corpo. Somadas todas estas parcelas da conta fica-nos a noção de que refilar, fazer queixa justa, é mais um direito que vai ser subtraído porque eventualmente se vai fazer pagar caro. Curiosamente, ou não, não emana do governo tal ideia. Estarei errado se concluir e afirmar que temos outra facção oposta às nossas necessidades que milita cá dentro? Será que também estamos excluídos dos jogos ainda disponíveis? O que sobra? Vivermos ao “deus-dará”? Já não há enquadramento minimamente sólido para as nossas expectativas? Nem vindo dos nossos pares societários? Muito bem! Então se a confiança deixa de ter solo firme para enraizar-se, não pensem que vamos deixar de assumir a nossa repugnância por actos que nos molestem. Ainda que os bombardeamentos provenham de “fogo amigo”!
 
Mário Rui

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Ilusionismo



















Editorial jornal i – 13-12-2013
Eduardo Oliveira e Silva
 
É inaceitável os pensionistas receberem 12 parcelas ou mais de acertos de IRS

Em Portugal, ninguém sabe exactamente com o que conta na sua relação com o Estado. Todos os anos mudam fórmulas de cálculo disto e daquilo, o que mina a confiança, tanto mais que é sempre em prejuízo do cidadão comum. Basta lembrar o método de estabelecimento do IMI, em que as finanças não hesitaram em fazer contas de permilagem com base no Google, o que é, no mínimo, escandaloso, além de potenciar erros graves e de ignorar as instâncias depositárias dos números oficiais.

 
Mais recentemente, há milhares, para não dizer milhões, de reformados e aposentados que ficaram estarrecidos quando se aperceberam dos cortes que estão a sofrer numa espécie de sucedâneo de subsídio de Natal que lhes tem vindo a ser depositado.

 
Primeiro, foram os pensionistas do Estado que foram apanhados por acertos que levaram à introdução de cerca de uma dúzia de parcelas de reduções acrescidas de IRS, o que, na prática, lhes retirou uma média de 200 euros por cada mil. Agora está a acontecer rigorosamente o mesmo com os reformados da Segurança Social, sendo que os primeiros ainda têm direito a um recibo discriminado e os outros nem isso, em mais uma absurda e lamentável falta de consideração e respeito.

 
Tudo isto aconteceu porque o governo inventou, no tempo do inenarrável Vítor Gaspar, uma forma de ilusionismo ao aplicar o pagamento através de duodécimos, para amaciar os cortes e criar em cada um a ilusão fantasiosa de que não tinha perdido tanto como, de facto, perdeu. “Com papas e bolos…”, julgava quem decidiu.

 
De habilidade em habilidade, em jeito do que o povo chama esperteza saloia, o facto é que, hoje, já ninguém sabe com o que conta mensalmente, o que afecta a lógica da estabilidade, que é um pressuposto económico absolutamente fundamental para qualquer sociedade.

 
Situações como esta que estão a viver os reformados portugueses e, em muitos casos, a generalidade da população são dignas do terceiro mundo e seriam absolutamente impensáveis em países europeus da Europa do euro, se exceptuarmos talvez a Grécia.
 
Mário Rui

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Nelson Mandela

















Depois da homenagem, o corpo de Nelson Mandela foi transferido para a residência presidencial em Pretória, capital administrativa do país, onde se realizará a despedida entre os dias 11 e 13. No dia 14, o corpo chegará à aldeia Qunu, terra natal de Mandela e será enterrado de acordo com os rituais tradicionais.
Ficará para o mundo o extraordinário “acordo” que Mandela sempre defendeu: a reconciliação da humanidade com a sua incorrigível diversidade. O que se deseja é que perdure tão nobre entendimento porque vindo de tão nobre carácter.
 
Mário Rui

O nosso circo



Notícias recentes ( jornais Sol e i)
GNR apreendeu duas otárias no circo Chen em Lisboa (11-12-2013)
GNR apreendeu nove leões do circo Victor Hugo Cardinali (03-12-2013)
 
A minha apreensão sobre a corrente apreensão: 
Aproveitando a época de circo em que vivemos e o balanço da autoridade, será que não dá para apreender, ou melhor, prender mesmo, outras espécies que por aí andam?  Sim, é que que contrariamente às do circo, ninguém as incomoda mas elas incomodam muita gente. Fico antecipadamente grato à autoridade nacional se tomar em conta a minha sugestão. Se considerada aplicável, tornar-se-á assim mais fácil adquirir a soberania estatal e até o circo agradecerá. E eu sei lá se não libertará definitivamente os inimputáveis irracionais trocando-os por essa amostra incomodativa de que vos falo.

Mário Rui

O dia da mudança?

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11.12.13 - O dia da mudança?

Para a maioria é apenas mais uma coincidência numérica no calendário. Mas há quem acredite que a data que abriga a sequência 11/12/13 – a última do tipo neste século – representa um momento de novas energias e ideal para grandes mudanças, decisões e desafios. A ver vamos!
O dia de hoje, 11 de dezembro de 2013, produz a sequência-data 11, 12, 13. No ano passado tivemos uma sequência similar em 10 de Novembro de 2012: 10, 11, 12. Aliás, neste início do Século XXI tivemos uma sequência-data a cada ano, depois de 2003. Note que a cada 100 anos consecutivos – aquilo a que chamamos de século – temos apenas 11 sequências-data. Alguma outra curiosidade sobre o dia de hoje?
 
Mário Rui

Personalidade do ano 2013






































A revista Time escolheu esta quarta-feira o Papa Francisco como personalidade de 2013, ao destacar que, desde a sua chegada ao Vaticano, ele mudou "o tom, a preocupação e o enfoque" da Igreja Católica.
 
 
Mário Rui

Paris Saint-Germain vs S.L.Benfica


 
 
 
 
 
 
 
 
 
Segundo o “parolo-portuguesinho” relato dos comentaristas da TVI :
Equipa do Paris Saint-Germain;
Na baliza: Estrela Radiante
Na defesa: Astro Cintilante, Galáctico, Sideral, Via-Láctea
Na linha média: Supremo Sol, Universo Divino, Constelação Fenomenal, Céu Diamantífero
Avançados: Orion Celestial, Bendito Firmamento
Equipa do S.L.Benfica;
Na baliza, na defesa, na linha média e na frente: tudo gente vulgar !
 
Resultado do jogo: Ganhou a equipa do S.L. B.
E VIVA o BENFICA!!!!
Análise ao trabalho dos ditos comentaristas: há muitas ocasiões na vida em que invejo a irracionalidade de outros animais.

Mário Rui

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

"Faltei à Aula Magna"

Freitas ao i: "Faltei à Aula Magna porque o encontro não era equilibrado" - Pag 1 de 2 | iOnline


"Faltei à Aula Magna porque o encontro não era equilibrado"

Claro, para encontros desta natureza convém que não apareçam desequilibristas e muito menos curandeiros. Até eu deposito pouco esperança em “magnas aulas” mas devo aceitar que a política é a crítica contínua da realidade, mecanismo de mudança e não de preservação ou conservação. Mas creio também que os sofredores precisam de acreditar no que não está ao alcance de certas pessoas quando se dizem capazes de remover uma qualquer espécie particular de sofrimento. Há habitualmente nestes fóruns vozes que se transformam numa espécie de consumismo, não de cidadania. Como julgo saber qual a diferença entre o melhor e o pior, já não me contento com um qualquer consenso, mesmo que ele pareça confortável e prazeroso. Prefiro decidir por mim mesmo a diferença entre o que se diz e a acção prática justa e/ou injusta de vozes que só agora se julgam habilitadas a reinventar a noção de bem e de mal num regime que se ambicionou de justiça. Tarde demais! São demasiadas facas bem afiadas que, a seu tempo, me começaram a pressionar contra um futuro incerto. Não vale a pena alvitrar apenas a propósito das que comprámos na mais recente feira das vaidades políticas. Tal feira já vem do longínquo e até os feirantes ainda por cá pemanecem. Uns continuam fiéis à sua tenda de fatuidades, outros não quiseram manter um compromisso exclusivo. Ainda assim acho os últimos mais criticáveis. Creio que usaram de estratégia pouco ética para fazer ascender o seu praticante ao topo. Mentes políticas menores que seguiram o seu percurso sem atenderem aos seus fundadores que prudentemente lhes haviam salpicado o caminho com sinais de alerta. Mesmo assim, mudaram-se de ares. Talvez seja por isso mesmo, quem sabe, que hoje lhes soa ao ouvido a campaínha do chamamento equilibrado ao ponto de partida. Tarde demais, outra vez!

 

Mário Rui

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Mandela partiu!



Nelson Mandela – Uma vida devotada à liberdade!
E estamos de novo mais pobres.

A história dos que vieram ao mundo para combater unindo!  E agora?  Ficará esse mundo em boas mãos?
MADIBA, obrigado, nunca te esqueceremos.

 

Mário Rui

A (in)cultura de um certo "jornalismo"



Nelson Mandela morreu. Mais um dia normal para o Correio da Manhã.
 
 
Que pérfido “jornalismo”! As diferentes concepções “jornalísticas” não são nada de fortuito. Crescem, pelo contrário, em relação e parentesco umas com as outras. Vivem de verdades ilusórias que mais não pretendem senão desencaminhar os nossos sentidos. É por isso mesmo que este país jamais dará um passo em frente no que à cultura dos portugueses diz respeito.  
 
Mário Rui

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

PENSE!

 



















 
 
 
 
 
 
 
 




 
Todos os ''governantes'' [a saber, os que se governaram e se governam...] de Portugal falam em cortes de despesas - mas não dizem quais - e aumentos de impostos a pagar.

Nenhum governante fala em:

1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, etc.) dos três ex-Presidentes da República.

2. Redução do número de deputados da Assembleia da República para 80, profissionalizando-os como nos países a sério. Reforma das mordomias na Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do pagode.

3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego.

4. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de euro/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo.

5. Por exemplo as empresas de estacionamento não são verificadas porquê? E os aparelhos não são verificados porquê? É como um táxi, se uns têm de cumprir porque não cumprem os outros? e se não são verificados como podem ser auditados?

6. Redução drástica das Câmaras Municipais e Assembleias Municipais, numa reconversão mais feroz que a da Reforma do Mouzinho da Silveira, em 1821.

7. Redução drástica das Juntas de Freguesia. Acabar com o pagamento de 200 euros por presença de cada pessoa nas reuniões das Câmaras e 75 euros nas Juntas de Freguesia.

8. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas actividades.

9. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc, das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País;.

10. Acabar com os motoristas particulares 20 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias.

11. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado e entes públicos menores, mas maiores nos dispêndios públicos.

12. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a compras, etc.

13. Acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores e Madeira e respectivas estadias em Lisboa em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes que vivem em tugúrios inabitáveis.

14. Controlar o pessoal da Função Pública (todos os funcionários pagos por nós) que nunca está no local de trabalho. Então em Lisboa é o regabofe total. HÁ QUADROS (directores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE ADVOGADOS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES, QUE NÃO NOS DÁ COISA PÚBLICA.

15. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir tachos aos apaniguados do poder - há hospitais de província com mais administradores que pessoal administrativo.

16. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar.

17. Acabar com as várias reformas por pessoa, de entre o pessoal do Estado e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo Estado.

18. Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos dos contribuintes ao BPN e BPP.

19. Perseguir os milhões desviados por Rendeiros, Loureiros e Quejandos, onde quer que estejam e por aí fora.

20. Acabar com os salários milionários da RTP e os milhões que a mesma recebe todos os anos.

21. Acabar com os lugares de amigos e de partidos na RTP que custam milhões ao erário público.

22. Acabar com os ordenados de milionários da TAP, com milhares de funcionários e empresas fantasmas que cobram milhares e que pertencem a quadros do Partido Único (PS + PSD).

23. Assim e desta forma, Sr. Ministro das Finanças, recuperaremos depressa a nossa posição e sobretudo, a credibilidade tão abalada pela corrupção que grassa e pelo desvario dos dinheiros do Estado.

24. Acabar com o regabofe da pantomina das PPP (Parcerias Público Privado), que mais não são do que formas habilidosas de uns poucos patifes se locupletarem com fortunas à custa dos papalvos dos contribuintes, fugindo ao controle seja de que organismo independente for e fazendo a "obra" pelo preço que "entendem".

25. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os biltres que fizeram fortunas e adquiriram patrimónios de forma indevida e à custa do País, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controlo, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efectivamente dela precisam;

26. Controlar rigorosamente toda a actividade bancária por forma a que, daqui a mais uns anitos, não tenhamos que estar, novamente, a pagar "outra crise".

27. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efectivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida.

28. Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.

29. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu património antes e depois.

30. Pôr os Bancos a pagar impostos.

 

Mário Rui