sábado, 11 de fevereiro de 2012

Interrogações




Há assuntos que verdadeiramente me preocupam a ponto de, sobre os mesmos, depositar muitas das minhas interrogações. São vários e de entre todos, eu destacaria, se me dão licença, uma meia dúzia.

Começaria então por enumerar o primeiro: porque razão as galinhas não têm dentes? A segunda, que me impressiona, tem a ver com o facto de, no Google, não haver nenhuma fotografia da morte do Imperador César Augusto. Para mim, ele odiava ser fotografado. Pronto, para esta ainda encontro resposta.

Outra interrogação que apoquenta o meu viver é não perceber o motivo pelo qual, em Portugal, há duas justiças. Uma para os pobres, outra para os ricos. Então, mas uma só não chegava? Não compreendo.

Já citei três! Vamos então à quarta: o corvo crocita e o peru gruguja. Mas porque carga de água não poderia ser ao contrário? Bem, adiante. Querem a quinta, não é? Desde 1143 que há violência doméstica em Portugal. D.Afonso Henriques batia na mãe. O homem era tolo, ou fazia-se?

Agora e por último vem a sexta grande dúvida. A empresa brasileira Petrobras acredita que há petróleo em Portugal. E apronta-se para saber em que sítio. Alguém encontra explicação para isto? Nós até gostávamos que fosse verdade embora eu acredite só um pouquinho nesta hipótese.

Porém, pensando melhor, não posso fazê-lo! Havia de ser o bom e o bonito. O meu país com ouro negro. Se estamos mal, iríamos por certo ficar pior. Já estão a ver os famélicos, os esfaimados de sempre, a tudo controlarem e a encherem os bolsos com fortunas de notas? Não estão a ver? Não me façam rir.

Assim tem sido desde há tantos e tantos anos, qualquer dia meio século de democracia com falhas, que até acho que o que temos é uma falha com pouca democracia. Não, não. Não queremos petróleo nenhum! A refrega iria ser dura e cómica. Ter cá fora o petróleo haveria de ser uma coisa diversamente feita pela inveja, pela intriga, pela frivolidade e pelo interesse de alguns.

Ora aí está a minha sexta interrogação. Petróleo, para que te quero? Ouro negro por ouro negro, prefiro o “Duo Ouro Negro”. Os que cantavam. Ainda os posso ouvir em vinil e de lá não brota nenhuma miragem. Que se suma o buraco. Era só mais um a moer a carteira dos portugueses piegas. Prefiro que não me forneçam a explicação para a minha sexta interrogação. Quanto à mesma, fico feliz como estou.


Mário Rui

Ocidentalizações




Não estou a gostar mesmo nada do ar do senhor Mahmoud Ahmadinejad. Não que me pareça estar magro, o que muito me sobressaltaria, nem mesmo pálido. O que me preocupa são os óculos de sol. Ou estaria de facto um raio solar a incomodá-lo, o que facilmente seria resolúvel, ou então, e esta será provavelmente a razão, está a ocidentalizar-se. Vai-lhe fazer mal essa ocidentalização. Ai vai, vai. Entre este efeito artístico e a nascente viva da sua verdadeira natureza vai uma distância tão longa que não dá para perceber o que lá fazem as 'cangalhas'.

Mário Rui