terça-feira, 16 de junho de 2015

No calor das eleições, a conversa fiada

 
 
 

O calor das eleições que se avizinham está já a dar fervedura que não lava de modo algum este jeito de fazer 'democracia' em Portugal. O que mais se vê e lê são opiniões naturais entre coisas naturais, ou seja, diletantismos estonteados porque o curso de muitos caminhos que não os dominados pela habitual política caseira começa a escapar ao controlo dos mesmos de sempre. É apenas disto que se trata e se há gente a dizer que finalmente se discutem ideias verdadeiras para o futuro do país, é mentira. O que por agora se discute, isso sim, é matéria saída de um panelão que tardia mas felizmente parece querer dar ares da sua força, assim os políticos – os mesmos de sempre - deixem que esses outros órgãos do regime funcionem, no sentido de devolverem grandeza e prestígio à terra que somos. Quanto a discussão profícua ao futuro de Portugal, não há, continua a valer é o pensamento já pensado o tal que só insiste em exprimir todas as expressões já expressas, de preferência pensamentos e expressões arregimentadas. É o actual rolar de práticas não conformes à vontade desses políticos que tão ignobilmente deixaram cair Portugal na lama, que lhes vai alimentado a necessidade de lutarem em favor das costumeiras alianças que o interesse, na hora inquieta da defesa, quer continuar a estreitar de modo a que o adular, vergar, rastejar, aturar, permaneçam como dantes. O que lhes convém é esse estatuto recorrente, em cada esquina uma barraca de arraial devoto pois assim se defende o castelo, se edificam as durações dos reinos. Ainda bem que outros, que não alguma dessa caravana política e seus acólitos, acham que deve ser recomeçada a redenção do bem que a maioria quer. Fora com as ditaduras partidárias que perpetuamente tem raciocinado a sua partidarite, eterna repetição dos actos que são a eterna repetição dos males. Deixem as outras instituições sérias trabalhar, não lhes coloquem mais pedras no seu caminho pois estou já nauseado pela opressão das vossas atitudes e pelo vosso conceito de “político” que é só um apelo às armas de quem as tem e deve usar na prossecução da justiça, da igualdade e na regulação de vorazes apetites de grupos organizados de carácter fechado.
 
Mário Rui
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