domingo, 31 de março de 2013

Merkel menina e moça

























Dizem tratar-se de Angela Merkel nos seus tempos de menina e moça. Mundo repleto de sinais confusos, propenso a mudar com rapidez e de forma imprevisível. O nosso!

Mário Rui

Finalmente























Mário Rui

Chipre e a constante de Kennedy


















Mesmo dando de barato que Chipre se havia tornado numa imensa lavandaria de dinheiro sujo, a céu aberto, convém que fiquemos de pé atrás e orelha guiada relativamente aos ‘bondosos’ propósitos do chamado Eurogrupo e em particular aos do seu presidente. O sr.Dijsselbloem, que lançou uma Dijsselbomba, é um holandês obstinado que continua a dizer, quando interrogado sobre a implicação do "modelo cipriota" para outros países da zona euro com rácios de sectores financeiros em relação ao PIB muito mais elevados do que Chipre, como são o caso do Luxemburgo e Malta, que: "lidem com o problema antes de entrarem em sarilhos, a resposta não será mais automaticamente – ‘nós entramos e vamos resolver os vossos problemas’ ".

Europa solidária, esta a dos 27. E muito séria. Veja-se a primeira medida considerada; taxar pesadamente os depósitos dos pequenos aforradores como se fossem estes os verdadeiros culpados da pré-bancarrota dos bancos cipriotas e da economia do país. Então mas só agora é que este Eurogrupo se apercebeu do peso do dinheiro russo na ilha? É tão forte que o país decidiu naturalizar alguns de seus investidores mais importantes para assim poderem beneficiar do seu paradisíaco regime fiscal. Também não viram isto a tempo e horas? O casino dura há tantos anos e só agora o perceberam? Ou não convinha perceber antes?

Então e as medidas a adoptar têm de ser postas em marcha numa madrugada de sexta para sábado? Convinha mesmo apanhar os cipriotas, os sérios, a dormir?

Então, e o resgate em si mesmo não é sequer objecto de deliberação no Parlamento do Chipre, mas antes vai a votos no parlamento alemão? O direito de cada povo decidir sobre o seu futuro é uma regalia cada vez mais rara e, mesmo assim, só vale quando “respeita” os interesses do eixo Bruxelas-Berlim?

Com esta democracia toda, o remédio, podendo até ser o indicado, especialmente para os jogadores de casino, deixa a Europa descrente quanto aos métodos que só exprimem péssimos juízos de valor. Bem sei que a democracia, a verdadeira, não pode subsistir e progredir sem moralidade pública, sem cidadãos esclarecidos e responsáveis. Porém, lançando mão da outra, a falsa, ficamos todos a pensar que vale mais uma acção de ajuda desinteressada e que age com dignidade do que boas vontades interesseiras.

A união europeia, a da solidariedade, há muito que é só uma experiência! Mas ainda pior, é basear-se na ideia de que a experiência que não dói pouco aproveita. E dói muito a muitos, como alguns pretendem.

A esses muitos, aconselho a Constante de Kennedy; não se zanguem; vinguem-se!

Mário Rui