terça-feira, 27 de junho de 2017

SIRESP diz que "esteve à altura" no incêndio de Pedrógão Grande


SIRESP diz que "esteve à altura" no incêndio de Pedrógão Grande (LER AQUI)
Socorro-me de Santo Agostinho, que nos explicava o que para ele era o tempo, e espero que ele não me leve a mal, para vos falar do SIRESP. Para vos falar dessa coisa que na hora certa ardeu, não funcionou, dizem uns, mas que não ardeu, funcionou pois então, dizem outros. E tenho eu de viver estas banalidades e mesmo convocá-las, enfim, para o desafio que é o delírio de viver por entre tanto orgulho em troca de resultados tão pífios. Ainda agora a procissão vai no adro e já começamos a perceber, abanando o rabo, agradecidos e contentes, que afinal tudo correu bem. Afinal até parece que não houve incêndio nenhum e lá vamos nós, descendo a ladeira alegremente, mas na certeza de contarmos os costumados cadáveres insepultos de sempre. Esses foram certos, não vá alguém dizer-nos que tudo correu bem. Ah, mas meus amigos, eu tenho a certeza que houve fogo, SIRESP não sei se houve. E desconfio que os mandantes deste triste retrato de Portugal, eles mesmos, estarão também na dúvida, interrogando-se; “o que é o SIRESP? Se ninguém me perguntar, eu sei, porém, se quiser explicar a quem me perguntar, já não sei”. Eu também nada sei, mas ouso uma explicação para o fogo que houve e para o SIRESP sancionado por uma cartilha ideológica que foi, é, uma lambança de favorecimentos e apadrinhamentos de causar náuseas, vómitos e arrepios, desse imenso arraial brega, tosco e vazio, sempre ensaiado pelos que anseiam de modo apaixonado que a Somália seja aqui.
 
 
Mário Rui
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