quarta-feira, 25 de abril de 2018

Abril merece mais


Tantas têm sido as patifarias que muitos lhe dedicaram ao longo dos anos que, só espero, apesar de tudo, que um dia Abril não nos diga “matem-me mas não me chateiem ”. Não estou desmerecendo do esforço dos bons da revolução dos cravos, apenas pretendo lembrar os imbecis que movendo a liberdade da esfera da igualdade e do bem comum, a empurraram frequentemente para o âmbito do interesse pessoal. Em vez da ordem das razões de todos, limitaram-se a uma operação de aritmética dedicada a buscar a mera soma das parcelas individuais. Assim, quanto mais baixa a qualidade das ideias, mais Abril se condena. E Abril não era para isto. Abril era um pretexto moralizante. Ainda vamos a tempo de o conseguir? Talvez, mas só quando esta gente for capaz de devolver-nos um vestígio que seja de compostura. Como fazê-lo? Denunciando-os, porque sendo Abril o primeiro dos nossos direitos, Abril não tem de esperar que este estado de coisas se torne insuportável.

 

Mário Rui
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Por aí




 
 
 
Mário Rui
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Ainda a propósito da 2ª Invasão Francesa a Portugal



Ainda a propósito da 2ª Invasão Francesa a Portugal, nomeadamente aquando da presença das tropas de Soult em Salreu, Estarreja e Bunheiro, em texto que aqui deixei no passado dia 20 de Abril, presenteou-me agora, com dois belíssimos artigos sobre o assunto, e não só, o meu querido amigo José Luciano.

Seria pois um dano de lesa-identidade não os partilhar com todos, motivo pelo qual aqui os deixo já que o Zé foi infatigável a historiar.

Não tendo eu atributos bastantes para lhes acrescentar o que quer que seja, está entendido, desafio-vos à leitura do que ele escreveu pois nos seus escritos sobram elementos do que fomos e ainda somos.

Palavras bem herdades das nossas naturezas já que, para quem não sabe, nós gostamos tanto das nossas eiras quanto os poetas gostam de luar.

E, se ajustamos o óculo com zelo e atenção a uns tristes marechais de França, não é com menos tristeza que invocamos com ralhos e vozes de bom senso o desatar de uma correria de já pouca água – benta, mesmo assim - que ainda nos harmoniza numa volta de olhar.

A Torreira, o moliceiro, a Ria, as gentes ribeirinhas, tudo, e nós também, esperando melhores dias, embora o pouco que esperamos nos pareça uma eternidade.

Obrigado, Zé! Lá vamos envelhecendo a remar em tais galés, posto que, em outros tempos, dizíamos e fazíamos as coisas à nossa maneira.

 

Mário Rui
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Estarreja d'outrora


Antiga Escola Primária de Santo Amaro-Estarreja 
 
 
 
Mário Rui
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PS propõe requisição forçada de casas vazias para habitação


PS propõe requisição forçada de casas vazias para habitação (LER AQUI)
 

"As casas que estejam abandonadas ou injustificadamente devolutas, sobretudo em zonas de maior défice habitacional, poderão vir a ser requisitadas pelo Estado, regiões autónomas e autarquias por forma a serem reconvertidas e passarem a integrar o património habitacional público."
Existem várias formas de “lógica” mas sem o auxílio do bom senso dificilmente se explicam. Pior ainda é quando essas formas dependem apenas do poder instalado pois querer mergulhar no posso, quero e mando, normalmente só conduz à esperança de ficarem todos mais pobres. Mandantes e sobretudo os mandados.
 
 

 

Mário Rui
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Por aí




Mário Rui
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2ª Invasão Francesa a Portugal


209 anos depois

16 de Abril de 1809 / 2018

No decurso da 2ª Invasão Francesa a Portugal, expedição comandada por Soult, depois de se terem apoderado da cidade do Porto, com o objectivo de atingirem Lisboa, enviaram contingentes de tropa a várias localidades situadas a sul, com o objectivo de ganharem posição e verem assim facilitada a sua progressão rumo à capital.
 
Com algumas escaramuças pelo caminho, as tropas francesas chegaram ao lugar de Soutelo, da freguesia da Branca, do concelho de Albergaria-a-Velha, onde montaram acampamento e daí fizeram incursões a vilas e aldeias da vizinhança.

No dia 16 de Abril de 1809, invadiram Salreu e Estarreja e, no dia 21, o Bunheiro.

José Tavares Afonso e Cunha, célebre advogado da Murtosa, no I e III Volume de “Notas Marinhoas” : noticias históricas do concelho da Murtosa e das duas freguesias marinhoas do concelho de Estarreja, escreveria mais tarde;

“Deste último destacamento de Soutelo entraram hostilmente em Estarreja em domingo, dia 16 de Abril do dito ano de 1809, matando algumas doze ou mais pessoas e, em Salreu, cinquenta e tantas, enfurecendo-se com os sinais de rebate e resistência que estes povos vizinhos imprudentemente lhes queriam fazer.”

"Foi de terror e sangue para Estarreja e Salreu esse domingo maldito de dezasseis de Abril; os mortos contaram-se por dezenas, sepultados depois, uns, em sagrado, outros, por hortas, campos e pinhais. Alguns incautos passantes pagaram com a vida o acaso de lá se encontrarem.”

 

Mário Rui
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Por aí




Mário Rui
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E não me demito!

E não me demito!
 
Explica-nos assim, esta gente atreita a guardar religiosamente conveniências, que tudo aquilo que ainda não foi devidamente testado em alguma chã política, não sufragada por todos nós, como seria obrigação própria, continua a ser um renitente sucesso de arrecadação de vantagens. Continuem pois a testar essa doutrina deontológica, esgrimindo por aí a vossa bondade letal para com os pacóvios que vos dão votos. Afinal, nesta baixa-mar política em que nos atascamos, é por causa de alguns votos que se inventam políticos de ópera-bufa e se elege gente de papel pardo para gerir a República! O busto apruma-se-lhes. O olhar fulgura-lhes, a verve atraiçoa-nos. Para sofrer pela República, quando necessário, lá estão os outros. A plebe!
 

Mário Rui
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Por aí




Mário Rui
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Estarreja d'outrora




Mário Rui
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Miloš Forman (18-02-1932 /14-04-2018)

 
Miloš Forman (18-02-1932 /14-04-2018)

Realizador de origem checa morreu aos 86 anos. São dele, entre outros, os filmes que fizeram furor nos Óscares, arrebatando várias estatuetas, "Voando Sobre Um Ninho de Cucos" (um clássico soberbamente protagonizado por Jack Nicholson) e "Amadeus".

 

 
Mário Rui
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