quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Barclay James Harvest -Child of Universe

Os progressos do atraso


O atraso económico é um dos mais perenes temas de discussão entre cientistas sociais portugueses. São-lhe atribuídas várias causas, entre as quais a situação periférica, a fraqueza da sociedade civil, a falta de recursos naturais, a inexistência de Reforma, o centralismo excessivo, o intervencionismo do Estado, os níveis de educação insuficientes, o domínio da grande propriedade fundiária e tantos outros. É possível que os especialistas nunca cheguem a acordo na identificação das causas decisivas. E talvez isso não seja o mais importante. Realmente interessante é fazer, como Pedro Lains faz de modo exemplar, um esforço rigoroso de estudo e acompanhamento, a par e passo, do crescimento económico português ao longo de quase dois séculos, o que lhe permite mostrar como o atraso não é produto de uma causa singela. Depende de variáveis múltiplas e, em cada momento histórico, da situação geral. (António Barreto) Pedro Lains é um dos pioneiros e um dos autores de topo da nova corrente de historiografia económica portuguesa. As suas conclusões são baseadas em cuidadosas investigações estatísticas e em técnicas modernas de análise económica, em vez de assentarem, como anteriormente tanto se fazia entre nós, em inferências extraídas de informações muitas vezes pouco quantificadas ou apenas parcelares. O seu livro é uma referência indispensável para o estudo da história económica portuguesa desde meados do séc.XIX. Nele se apresentam explicações fundamentais para as questões mais relevantes dessa história. Entre outras, são especialmente interessantes as suas contribuições para a discussão da falta de convergência real da economia portuguesa em relação às dos países europeus industrializados desde meados do séc.XIX até ao fim da I Guerra Mundial e dos avanços na mesma convergência durante o período posterior até ao fim do século XX. (José Silva Lopes)

Mário Rui

Aos 80 anos, morre Chita, chimpanzé dos filmes clássicos de Tarzan



O chimpanzé Chita ou Cheetah (seu nome em inglês), que protagonizou 12 filmes de “Tarzan” nas décadas de 30 e 40, morreu em consequência de problemas renais no refúgio de animais The Suncoast Primate Sanctuary de Palm Harbor, no estado da Flórida, nos Estados Unidos. “É com grande pesar que comunicamos a perda de um querido amigo e um membro da família em 24 de Dezembro de 2011″, afirma o site do Santuário.
Chita, que estava no livro Guinness dos Recordes como o macaco mais velho do mundo, participou, entre muitos outros, nos filmes “Tarzan , o Homem Macaco”, de 1932, e “Tarzan e sua Companheira”, de 1934, clássicos protagonizados por Johnny Weissmuller e Maureen O’Sullivan.
O famoso animal nasceu originalmente na Libéria chamava-se Jiggs. No cinema, foi rebatizado como Cheetah e ficou conhecido no Brasil como Chita, o que gerou uma confusão e fez com que o público acreditasse que se tratava de uma macaca, quando na verdade Chita era um macho.
Quando se aposentou, o chimpanzé foi para o Santuário em 1960. Segundo o director do local, Debbie Coob, Chita amava pintar com os dedos e assistir a jogos de futebol americano e ficava calmo ao ouvir músicas cristãs: “Ele sabia quando eu tinha um dia bom ou ruim. Sempre tentava fazer com que eu sorrisse se estivesse num dia ruim. Era muito sintonizado com os sentimentos humanos”, declarou Cobb.
Ron Priest, um voluntário que trabalha no santuário, afirmou que Chita se destacava porque conseguia parar com as costas erguidas, como um humano, além de ter outros talentos. “Quando não gostava de alguém ou algo acontecia, pegava em parte de seus excrementos e lançava. Podia arremessar a quase nove metros através das barras de sua jaula”, disse Priest.
Apesar do estrelato, o macaco teve cerca de uma dezena de chimpanzés duplos nas filmagens ao longo dos anos, mas sempre foi o chimpanzé oficial dos filmes. Curiosamente, o personagem não existe nos livros de Edgar Rice Burroughs, autor das aventuras originais de Tarzan.


Ah, desculpem. Já agora recordo-vos que, com o respeito devido a quem parte deste mundo, morreu também o Quim. O Kim Jong-il, que também fez vários filmes mas de outra natureza. Menos sedutiva, menos amigável, menos democrática, menos fiel aos bons costumes de vida em sociedade. Tudo menos. Lá se foi também. Que vá em paz e, se possível, a existir outro mundo, que não lhe dê para mais filmografia... Tal como Chita também era muito sintonizado com os sentimentos, mas os desumanos. São variantes próprias de sétima arte. Sabe-se lá se não irá ainda descobrir a oitava ...


Mário Rui