domingo, 10 de novembro de 2019

Não se pode ter tudo

 
“Reza a lenda que, em pleno Outono, todos os anos o sol e o calor regressam por uns dias para aquecer o São Martinho. É o chamado Verão de São Martinho, quando, em Novembro, o Outono faz uma pausa e chegam dias que fazem lembrar o Verão. Mas, ao que tudo indica, este ano o São Martinho será acompanhado de chuva e frio”.
 
Mário Rui
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“Os Bêbados ou Festejando o S. Martinho” - José Malhoa

 
“É um quadro de costumes, são bêbados a festejar o sº Martinho a comerem as sardinhas e a beberem vinho que era um culto, as expressões da cara e das mãos são reais e bem desenhadas. Trata um momento do ciclo da vida rural, apreendido no verismo dos objectos e texturas e no realismo do ambiente e dos seus modelos, os próprios aldeãos da região de Figueiró dos Vinhos. A importância de Malhoa na cultura portuguesa pauta-se pelo entendimento que assim transmite do seu ofício de pintar, numa obra que aborda trechos urbanos e burgueses, mas principalmente percorre os aspectos da ruralidade do país, desde a paisagem a esta realidade dos costumes e das vivências do quotidiano. Recolhe, desse modo, o conteúdo autêntico dum panorama humano diversificado, a que não é estranha a compreensão da sua relação com o meio e a natureza envolvente, um imaginário comum servido por uma arte de notáveis recursos técnicos”.
“Pelo S. Martinho, mata o teu porco, assa castanhas e prova o vinho; Em dia de São Martinho, semeia os teus alhos e prova o teu vinho; Pelo São Martinho, semeia a fava e o linho; Se queres pasmar teu vizinho lavra, sacha e esterca pelo S. Martinho”.

 
 
 
Mário Rui
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Por aí




 
Mário Rui
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Da proa à popa dos moliceiros

 
Só um pequenino reparo: também podia ser "... ... lá da vila de Pardilhó". (LER AQUI)
"À conta do turismo e de Aveiro ter ganho fama de Veneza de Portugal, mestre António Esteves já voltou a não dar vazão às encomendas no seu estaleiro lá do sítio de Pardilhó, onde nasceu o poeta José Bento, que partiu faz semanas, e que Assis Pacheco também adotou".
 
Mário Rui
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Queda do Muro de Berlim

 
 
Queda do Muro de Berlim - 13 de Agosto de 1961 - 9 de Novembro de 1989

É bom que não esqueçamos estas datas. No entanto, é provável que em exame mais rigoroso, alguns se sintam divididos pelo espírito de análise crítica e histórica da nossa cultura relativamente a tal monstruosidade. O que foi por demasiado tempo grande privilégio de alguns, não foi com toda a certeza nada de comum ao nobre carácter de muitos, muitos mais.
A história do mundo, a mais remota, como de resto a mais recente, já assistiu à construção de tantos muros que hoje apetece-me lembrar Antoine de Saint-Exupéry, quando um dia disse; “Se você se sente só é porque construiu muros em vez de pontes”.

E também me apetece trazer à lembrança aqueles inúmeros “democratas” que, possuídos de suposta superioridade moral por parecerem preocupados com os milhares de quilómetros de outros vergonhosos muros pelo mundo construídos, ou a construir, hoje nem uma palavra lhes consiga ouvir quanto a esta ‘cortina de ferro’ que muito honrou a liberdade e o intelecto humanista. Em português mais claro; a velha e conhecida hipocrisia, pois essa ainda vai conseguindo conquistar os aplausos da plateia pateta.
A minha opinião é que teremos de desesperar cruamente da nossa alma de seres humanos se estas horrendas invenções de mentes doentias persistirem. Os muros, as barreiras, nunca aproximaram ninguém. Bem pelo contrário. Apenas segregaram espíritos bons!

 

Mário Rui
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Atenção, não é para mostrar aos mais pequeninos








Atenção, não é para mostrar aos mais pequeninos. Não sejam desmancha-prazeres. É para ser visto apenas pelos ‘piquenos’ de outrora.
O ilustrador e cartoonista Ed Harrington tem criado uma série de imagens que podem arruinar algumas das nossas melhores memórias de infância. Lança mão dos nossos personagens favoritos e tenta adivinhar o que eles fazem quando não estão a trabalhar, revelando assim os seus segredos e vidas privadas ocultas.


Mário Rui
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Por aí




 
 
 
 
Mário Rui
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Microsoft testou semana de trabalho de quatro dias

 
Microsoft testou semana de trabalho de quatro dias. Produtividade disparou 40%
Está tudo muito certo. No entanto, com o advento da era tecnológica, leia-se computorizada, quer-me parecer que cada vez menos fazem mais. Mas a pergunta que coloco é esta; e o que vão fazer os que sobram? É que isto de trabalhar menos tempo a que corresponde produtividade a subir, cheira-me a esturro. Não que queira mais horas de trabalho, nada disso, mas das duas, uma. Ou não são necessários tantos para fazer a mesma coisa e é o dedo mais rápido no botão do computador que ganha, e lá vão sobrar muitos, ou então fazer a mesma coisa em menos tempo pode ser um presente inseguro e um futuro obstinadamente incerto. Mesmo que o nível de satisfação dos funcionários envolvidos na experiência ‘Work Life Choice Challenge’, hoje, seja alto.
 
Mário Rui
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Leonard Cohen

 
Leonard Cohen - 3 anos depois (Westmount, 21 de Setembro de 1934 - Los Angeles, 7 de Novembro de 2016).
Não se recordam os dias, recordam-se os instantes.
 
 
Mário Rui
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Por aí

 
 
 
 
Mário Rui
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Benfica sempre, mas...


Tolerem-me o arrojo de afrontar a “sabedoria” dos que dirigem, dos que dão o treino e dos que jogam. Mas, caramba, são não sei quantas promessas, outras tantas expectativas, um rol de narrativas supostamente vitoriosas, encantadoras vontades de ganhar antes do jogo, e afinal falta sempre a força de dar forma ao que se imagina. E assim, pergunto; até onde se perdem os surtos de tanta prosápia, até onde se somem os voos desta tão parca crença? Estou farto de ouvir e sentir o que os olhos não vislumbram e a paixão não sente. Se o Benfica não é melhor do que isto quando passa a fronteira, se o Benfica não é melhor do que isto quando joga cá dentro, então, não somente não peca o que se ira, eu mesmo, como certamente peca o que não se ira. E note-se que nem toda a ira é maldade. Se, no mais das vezes, rebenta agressiva, muitas outras é oportuna e necessária porque pode constituir o específico da cura. O resto, são derrotas. O resto, é o triste e pobre Campeonato português, bem reflectido no exterior, coisa em que confundimos a aparência com a realidade. Enfim, mas quer seja internamente ou fora de portas, talvez comece a ser tempo de falarmos da hora das responsabilidades e da hora da conta e do castigo. No Benfica, também. E que cada um entenda o problema como quiser, e faça o que puder. Mas eu, nisto aqui, faço o que devo. Benfica sempre, mas assim não!
 
 
Mário Rui
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Dia dos meigos

 
E o Dia dos Meigos não pode ser na altura em que qualquer um quiser? Não? Que mania esta de marcar dias certos para tudo e com tanta gente cheia de ignorados sacrifícios. Uma pequena coisa, que é tudo - um sorriso cúmplice. E quando se abre no alegrete das mais perfumadas flores, é sempre uma paixão. Porque aos vinte ou aos oitenta, há imperceptíveis vibrações que só alguns compreendem. Basta a substância do olhar e a energia da imaginação.


Mário Rui
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Por aí

 
 
 
Mário Rui
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Dono da Zara fica 812,5 milhões de euros mais rico na segunda-feira

 
Dono da Zara fica 812,5 milhões de euros mais rico na segunda-feira (LER AQUI)
Afinal o que nos faz falta é uma boa segunda-feira.
 
Em semelhantes condições, esta “poesia”, que é, aliás, das mais carinhosamente afagadas de toda uma vida, deixa-nos a bem dizer num monólogo íntimo, largo e ilusório, do que é verdadeiramente um sonho poético. O que vale é que esse sonho nunca acaba: ainda temos pão doce, manteiga, castanhas e jeropiga lá para o S. Martinho. De resto, mesmo que não tivéssemos nada disto, ficaríamos sempre com os três aspectos fundamentais da vida humana, que afinal são apenas dois: trabalhar, trabalhar!
 
Mário Rui
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Porque hoje é domingo

 
Porque hoje é domingo, um dia igual aos outros. Mas quando nos falta, sentimos imensa falta.
 
Mário Rui
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