quinta-feira, 23 de junho de 2016

Brexit - "Leave" or "remain"?


Brexit - "Leave" or "remain"?
Reino Unido decide hoje, em referendo, se continua na União Europeia.
 
 
Mário Rui
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Fartei-me dos menus do Euro 2016

 
Depois de assistir a tanto ego futebolístico de algumas partes interessadas e outras desinteressadas, coisa parecida com aquela sequência estúpida de zeros e uns dos computadores, parece-me mais sensato passar a mero espectador em lugar de comentador. Fica-me bem pois se cometo um acto embaraçoso, normalmente fico envergonhado. Se são outros a cometê-lo, rio-me da tão pouca vergonha deles. Ora, por ser a serenidade um estar feliz após muita actividade, que rapidamente me enfastiou, despeço-me hoje do Euro 2016. E viva a bandeira do meu país. Ainda é a única que não me enfada! Boa tarde.
 
Mário Rui
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Ponte da Varela - 52 anos depois.



52 anos depois
Parabéns, Varela. Há pontes íntimas, familiares, incapazes de dar um passo sem que os vizinhos não saibam.
Não sei por quantos mais anos nos servirá de passagem para a outra margem. Só sei que mais de meio caminho da jornada está percorrido, quer seja para um lado ou para o outro. E que o diga quem vai e vem. É um desinteressado mas sincero afecto aquele que nos argamassa ao embalo nostálgico da travessia da Varela, como se não fosse desde logo motivo de paixão o simples facto de almejarmos a Torreira tão modesta, tão lavada, tão risonha. Sem o consentimento de tabuleiro que tantas fisionomias exibe aos nossos sentidos, a viagem ficaria sempre sem poesia de observação. Sabendo-lhe um pedaço da história, que se liga à história de nós todos, acabo sempre com a ideia de que todo o espectáculo da Ria, depois do mar, da praia e da nossa fruição, é a tempo constante feito especialmente para o seu e nosso gozo.


Mário Rui
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Ponte da Varela faz hoje 52 anos! (22.06.2016)


“A Ponte da Varela, lançada sobre a Ria – magnífico dom da Natureza e Alma-Mater da nossa gente – veio facilitar a comunicação com a banda de cá, relegando para lugar secundário a obsoleta carreira de lanchas.”
(prof. Jaime Vilar – Murtosa, Junho 1971)
(fonte: Câmara Municipal da Murtosa) Durante inúmeros anos, o povo protestou querendo uma ponte que fizesse travessia entre as duas margens da Ria.
Em 1898 pensou-se fazer uma sociedade para a construção da ponte. Não havendo seguimento à proposta, só em 1900, a pedido de forças políticas do concelho de Estarreja, o Conselheiro Hintze Ribeiro mandou proceder ao seu estudo. Por decreto de Janeiro de 1906, o Governo mandou abrir concurso para a sua construção.
No entanto, esse concurso não chegou a ser realizado pois houve a queda do Governo. Em 1935, a Câmara Municipal da Murtosa mandou proceder ao estudo da ponte e fazer um ante-projecto que foi apresentado ao Ministro das Obras Públicas. Esta apresentação foi apoiada por uma comissão de todo o Concelho, assim como pelos presidentes e vereadores das Câmaras Municipais de Estarreja, Oliveira de Azeméis e Albergaria-a-Velha, que se deslocaram a Lisboa para esse fim. O Ministro pediu o parecer à Junta Autónoma da Ria e Barra de Aveiro.
Houve diversas divergências quanto ao local da construção da ponte. Uns preferiam na Béstida, outros no lugar da Varela. Ficou decidido, após diversos estudos, que na Varela seria o local mais apropriado, dado que o canal neste ponto tem cerca de 300 metros, muito mais estreito do que na Béstida.
A Ponte de cimento e betão armado, com vãos largos para a passagem das embarcações, foi finalmente inaugurada no dia 22 de Junho de 1964, possibilitando a ligação das duas margens.

Mário Rui
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Disseram-me que era a Lua


Disseram-me que era a Lua. Lua cheia. E eu acreditei. Tem luz que me interessa, bem nítida, bem pessoal, uma individualidade topográfica, uma individualidade que tem fisionomia. Tem mais; só é inteiramente misteriosa a horas tardias. E ainda tem uma cantiga estranha que vale por uma sentença breve


Mário Rui
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Realmente...



Mário Rui
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Sejamos sinceros (18.06.2016)


Euro 2016 - Sejamos sinceros. E já agora, Fernando Santos, cuida da comunicação.
Agora pouco importa saber se o que jogámos existiu ou se foi antes figura imaginária. Há algo que tenho por certo, uma originalidade que é esta; somos sempre melhores antes do jogo começar. Nos domínios onde ele deve ser vencido, quase sempre perdemos. Daí que aceite permanecer céptico em relação a feiticeiros e milagreiros do futebol com as suas histórias de encantamentos, mesmo quanto aos seus exorcismos. Enquanto este modo de representar Portugal continuar impregnado da Providência, dificilmente mostraremos mais futebol e chorar oportunidades perdidas também não assegura nenhum glorioso sucesso, sejamos pragmáticos. Quero ver se agora serei melhor compreendido mas, visando prevenir uma irascibilidade, reitero um VIVA à minha bandeira, mesmo que a rendição da selecção dure para além do tempo de jogo com a Hungria, algo que não desejo. E convoco a bandeira porque é a única que não me deixa cair nos excessos do demais ou do muito pouco no que à minha apreciação diz respeito. E por aqui me fico, judicioso quanto baste.

 

Mário Rui
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Tudo muda. Até a própria mudança!




Mário Rui
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Pacifiquem-se, meus amigos.(16.06.2016)


Deputada inglesa que se opunha ao Brexit morreu no hospital após ter sido baleada e esfaqueada
Pacifiquem-se, meus amigos. Matar, é matar. E se muitos continuam a instigar ódios que assassinam, fundados apenas em posturas tão imbecis quanto o são as reacções aos contextos e impulsos do momento presente, então as notícias vão certamente continuar a falar de um destino futuro a um só tempo trágico e desastroso. É que não se matam crenças, maneiras de ser, tendências pessoais, gostos, modos de vida. Ceifam-se vidas humanas, só porque sim. E choca-me saber que antes e depois de toda a bala assassina que deforma o mundo ter cumprido o seu fatídico papel, ainda encontre gente incapaz de assumir a sua própria culpa no engrossar destes actos, se mais não fosse, já chegaria o facto de serem plateias incitantes. A culpa não é do destino. É nossa! Talvez não fosse inútil, a quem mata, mas também a quem ovaciona disfarçadamente tanto rancor, arrancar a semelhante raiva uma palavra de contrição. E tanto se me dá que a morte se chame Orlando, Paris, Bristall, Istambul, como não. Não obstante tudo, a “legitimidade da história” não pode convocar a idade medieval à vida de hoje.

Mário Rui
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