domingo, 28 de outubro de 2018

27 de Outubro de 1949 - Prémio Nobel da Medicina

 
António Caetano de Abreu Freire Egas Moniz (29 de Novembro de 1874, Avanca-Estarreja / 13 de Dezembro de 1955, Lisboa)

27 de Outubro de 1949 - Prémio Nobel da Medicina
"Não são os sábios que criam as pátrias; mas são eles que as tornam imortais" (Júlio Dantas)
 
Mário Rui
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“Sempre Marinhões” de António Augusto Silva





 
Apresentação do livro “Sempre Marinhões” de António Augusto Silva. Em, jornal "O Concelho de Estarreja".
 
 

Mário Rui
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Torna que volta e muda que vai e o tempo recua e a hora ofusca-se de novo

 
Torna que volta e muda que vai e o tempo recua e a hora ofusca-se de novo
Espera um minuto, ó tempo. Quando te mudam a hora, corres que voas em perseguição do escuro da noite quando o que eu queria era ainda o dia em claridade de nova aurora.
Calcada, vencida, esmagada a hora clara de ontem, obrigam-me a colocar a de hoje sob a mesma escuridão da noite cerrada.
E assim, até já na meia sombra das cinco da tarde se me aponta o ponto onde só vejo poente. Uma nuvem de sombrio, feia, grande, fala alto e fora de tempo ao dia roubado. Ralha-lhe.
- Ora, ora! Vem agora a treva contar-me medos à candeia bocejante da noite quando a claridade ainda não obscurece – diz o dia perplexo.
- Nem com esboços de sonhos me convences, inverno de breus - remata com dedicação de vontades.
Também eu sou pelo tempo luminoso a desoras, ó dia. Alisto-me nesses consideráveis haveres do teu remanescente brilho.
Escurecer cedo tem muitas lendas de dor. Só o fim da tarde mostra minutos mais sabidos, mais serenos, com todo aquele tic-tac de relógio da mais luzidia e cerimoniosa deferência.
As noites precoces, não melhoram as brumas das idades. Às vezes, nem os mistérios das juventudes. Faça-se dia. E quanto mais longo de cristal, melhor.

 
Mário Rui
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Prémio Nobel da Medicina


27 de Outubro de 1949
O médico, professor e investigador português António Caetano de Abreu Freire Egas Moniz (1874-1955), Avanca – Estarreja, partilha o Prémio Nobel da Medicina com Walter Hess, pela "sua descoberta do valor terapêutico da leucotomia em certas psicoses".

 
Mário Rui
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Sobre o uso da palavra, há que ouvir as vozes certas!


Sobre o uso da palavra, há que ouvir as vozes certas!
"Das Origens até ao Oriente, o olhar bifocal de um expatriado estarrejense", com José Luciano Correia de Oliveira, 62 anos e natural de Estarreja.
Licenciado em Direito, tem uma vida profissional ligada às questões da investigação criminal, da "intelligence" e da segurança pública em geral, sendo nestas áreas que desempenha funções de assessoria ao governo de Macau.



Mário Rui
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Memórias vivas


E destas memórias vivas, que são o passado de todos nós, vem um cheiro secular através do qual o espírito recua na certeza de que as folhas escritas por tanto tempo nunca estiveram sós, nem sem testemunhas. Se de tantas letras aí deixadas lhes nasceram asas, então que voem por mais futuros e sempre a falar a linguagem de quem as lê.
 
Mário Rui
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Editorial do “Concelho de Estarreja” - 117 anos


Editorial do “Concelho de Estarreja” (Edição de Outubro de 2018) : 117 anos.
O nosso Diretor, José Eduardo de Matos, escreve este mês:
«É obra atingir tal idade. Ser uma das apenas 33 publicações centenárias em Portugal. Subsistir, resistir e manter a chama da imprensa regional viva. Assumir em 2018 o orgulho partilhado em equipa e a vitalidade de quem defende informando, reivindica publicando, tolera divergindo, interliga comunicando.
A que se deve estarmos aqui agora? Às pessoas. As que leem. As que escrevem. As que montam a edição. As que imprimem. Aos assinantes. Aos anunciantes. Aos donos. Todos vezes 117, numa soma imensa, diversa, em gerações sucessivas desde 1901. Da monarquia à república. Da ditadura à democracia. Da impressão manual ao computador. Do papel aos desafios do digital.
Por isso celebramos o simples encontro de pessoas. Idos e presentes. Residentes e emigrantes. Iguais e diferentes. Une-nos a linha da vida e a terra mãe, onde um dia nasceu estoutro “Concelho”, defensor da região ribeirinha. Aí nos recriamos. Todos os meses promovendo o encontro da comunidade que formamos. No tal comum adro da igreja.
Daí lembramos e valorizamos os nossos maiores. Referências culturais. Criadores e pescadores das emoções e sinais que nos diferenciam. “Sempre Marinhões”! Para que os conheçamos. Os não esqueçamos. Apenas um foi Nobel. Mas todos são Notáveis. Letra a letra foram construindo um património de saberes e de sentimentos únicos.
Reunindo-os e selecionando excertos da sua produção, enriquecemos as nossas páginas e o António Augusto Silva venceu o desafio de transformar uma simples ideia de colaboração num projeto literário. Será a nossa festiva garrafa de espumante para brindar com as pessoas que há 117 anos são e serão “O Concelho de Estarreja”!
“Era uma vez um velho jornal…” que serviu de pretexto para juntar um novo quarteto, onde surge a ideia de somar ao 117º aniversário um livro de artigos publicados e de regressar a casa do fundador Egas Moniz. Só isto e tudo isto! Este mês, além da edição nº4315 (quatro mil trezentos e quinze!), reencontramo-nos na Casa Museu no dia 27.»
 
Mário Rui
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O café!


Permanentemente escuro e agradável eternamente.
 
 
Mário Rui
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