segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Tudo com o mais envolvente dos nojos




A praxe a recriar a tragédia no Meco, em que seis estudantes morreram afogados, foi feita por caloiros de Engenharia Eletrotécnica da Escola Superior de Tecnologia e Gestão ESTG) do Instituto Politécnico de Leiria e ontem repudiada pela direção da escola e pela associação de estudantes.”
 
(jornal CM, em 03 Out. 2014)
 
 
Tudo com o mais envolvente dos nojos

 
 Esta escumalha juvenil que se diz pronta para a vida universitária, decidiu brincar com a tragédia do Meco, em que seis estudantes perderam a vida. Esta escumalha juvenil, repito, que chupa pontas de fumos e decilitros de outras coisas em nome da integração da estupidez e da bestialidade humanas, num tráfico infame e ignóbil de costumes e práticas que pretende governar as relações académicas, continua a larvar no seio desta miseranda existência. A deles próprios, mas também e sempre no seio da letárgica compaixão e imobilidade de quem tem por dever acabar com a nudez destes símbolos tétricos que jamais vão caracterizar vida digna de quem quer que seja. São jovens? E então? Estão a um passo da Universidade, estudaram para isso e para a vida, vivem em comunidade, alguém lhes deve ter ensinado(?) que as manchas de excitação irracionais devem ser sempre objecto de reflexão antes mesmo da acção, e ainda assim permanecem entregues à rota corrente da sua imunda imbecilidade? Nem a virgindade infantil assim procede, quanto mais agora continuarmos a aturar a folia bestiola destes jovens entrudos. É já tempo de chamar os bois pelos nomes e se a estes intérpretes dedico toda a minha repulsa e náusea por os saber assim, idêntica atitude remeto aos que, a seu tempo, permitiram, e insistem em tal anuência, que a reputação das suas escolas se visse, e se veja, pautada por estas ‘resolutas’ e ‘sábias’ maneiras de dar aptidões singulares a mentes ocas. Concluo pois que uns e outros são apenas farsadas trágicas do ensino que não devia habitar o meu país. E depois digam-me que não têm nada a ver com o assunto porque eu gosto muito que me mintam! Todos fazem pública a sua dissolução e desonra. É tudo!
 
 
 

Mário Rui
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