sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Os virtuosos é que são poucos




Melhor seria que se deixassem de conversa fiada, missa laica, e, isso sim, estivessem à altura do dantesco quotidiano que assola o país. O que seria desejável era cultivar o respeito às leis, que o próprio Estado não cumpre, criar condições de combate a este flagelo de modo a que os ‘soldados’ empenhados em tal batalha não ficassem com a certeza de que estão envolvidos numa iniciativa maldita. Marcha feita nestes modos, é muito pesada e faz o coração bater forte. Ficamos com a convicção de que a massa de bombeiros valorosos que serve o país, não o faz na sua qualidade de seres humanos mas sim como máquinas, entregando o seu corpo ao martírio. Tudo isto se deveria trocar não por palavras de circunstância, mas antes por acção efectiva de mais e melhores meios na luta contra as chamas. Desde logo, começando pela prevenção e punindo a transgressão. A do Estado, em primeiro lugar. De patronos da virtude, está Portugal cheio e de coloração mental também já estamos cansados. Os virtuosos é que são poucos!

Mário Rui

Bee Gees - One For All Tour (Live from Australia) 1989





Pois muito bem! E que venham os deuses do Olimpo dizer-nos como é. Quando estamos sós, com a noite sensível, suave, e com a luz que nos ilumina os sentidos, mais que outra qualquer coisa, só a música sabe como nos sentimos no etéreo. São modos de estar e ser. São particularmente vivências muito próprias de quem as conseguiu abraçar. Agora compreendo da razão porque estes sons nunca nos fizeram mal, daí que jamais possamos arranjar argumentos contra eles. São simplesmente a nossa essência. E pouco importa se a balada que embala é mais ou menos elaborada. É simples e apaixonadamente toca-nos no que de mais profundo as nossas certezas têm. Adoro experimentar de novo a volúpia do espanto quando me contam histórias de fadas. Antigamente não sabíamos nada sobre instabilidades e era por isso que por vezes, enfeitiçadamente, perdíamos o pé, mas sempre nos conservávamos no paraíso e nunca nos cansávamos da regra. E para quê acreditar em vários deuses se também eles têm raivas, tristezas, alegrias, medos, paixões, ciúmes? Não nos chegam poucos? Afinal à nossa lealdade dedicada aos certos, corresponderá sempre a vantagem de os podermos levar connosco. P´ra todo o lado que nos convenha. Até para Massachusetts …

 
« Sinto que estou voltando para Massachusetts

Algo me diz que preciso de ir para casa

E todas as luzes se apagaram em Massachusettss

No dia em que a deixei ali por si só

Tentei ir de boleia para São Francisco

Tenho que fazer as coisas que preciso

E todas as luzes se apagaram em Massachusetts

Elas trouxeram-me de volta, para ver a minha estrada contigo»

 
Mário Rui