segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

A culpa, a dor e os amantes de si mesmos.


























A quem interessar ler, aqui está o Orçamento do Estado para 2013. Mal o relógio bata as doze badaladas, entra em vigor. Bom Ano Novo para todos, sobretudo com fé.

Não faz um orçamento assim quem o quer, nem introduz um novo modo de vida quem o pretende: ambos dependem da conjugação de inumeráveis pessoas e numerosas circunstâncias antecedentes e concomitantes sobre que um homem simplesmente não pode ter dominação.

É essa a razão pela qual este Orçamento tem o tamanho e a assinatura de, pelo menos, 36 anos, 5 meses e 21 dias. Do tempo que se lhe seguiu já todos nós falámos muito e, às vezes, bem. Mas também convém que se realce o que ficou para trás. Convém que se fale do tempo que para alguns parece nunca ter existido, o tempo ido e que certamente agora mais nos atormenta! Sim, eu sei qual foi o nosso princípio. Só não sei qual será o nosso fim. É que quando um trabalho inicial é mal feito, qualquer tentativa de melhorá-lo, por bem intencionada que seja, normalmente provoca dor. Que prazer me dava não ter dor. 

Mário Rui