quinta-feira, 13 de agosto de 2015

É um “jogo” e ainda agora começou mas já com petulantes intérpretes


É um “jogo” e ainda agora começou mas já com petulantes intérpretes (LER AQUI)

Tamanha é a crença no que a vida “futeboleira” tem de mais incerto que de facto há treinadores, sonhadores do nada, que estariam bem melhor se não falassem antes do tempo. É pena que o façam, sobretudo por duas razões: a primeira, porque há discursos que embora parecendo repletos de “sabedoria” e “encantos” mais não acabam por ser senão logorreias desgostosas com o seu destino logo que acaba o que se diz. A segunda razão, talvez a mais importante, tem a ver com a não assimilação por parte desses treinadores do aprendizado ao longo de anos e anos de prática de futebol, pese embora o desvelo dos ensinantes. A saber; resultados, gente de bom senso, adeptos conscienciosos, públicos informados, dirigentes avisados e o entendimento do significado de “jogo”. Quando se pretende levar a cabo diversas vias oratórias, na maior parte dos casos sem rigorismo conhecido, então a consequência de tal atitude só pode ser, como é, o ruir de uma parte substancial da posição que se queria conquistar. O resto, são cantigas só de escárnio e maldizer, e assim munidos de verborreia de utilidade duvidosa, tudo o que sobra é mais um ensinamento; é que ir longe, não é uma questão de distância apenas! É sim uma necessidade prática imperativa que não permite ser desconsiderada. Lamento é que o dito aprendizado continue a ser lição recorrentemente não tida como útil e, portanto, as vítimas de imaginações levianas acabem por ficar com a ideia toldada o que as impele à continuada inobservância de certas regras prudenciais do exercício de “ falar acerca de jogar à bola”. Quem muito fala pouco acerta, é bem verdade, e é por isso que gosto muito mais da atitude realista calada o suficiente e inspirada na depuração maduramente pensada. Quem sabe se o Benfica não teve razão quando decidiu despedir (-se) de Jorge Jesus!
 

Mário Rui
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Chuva miudinha


À moda amável da nossa meiga terra, já cá só faltava essa chuva miudinha que vai pingando molemente vinda lá de um céu de algodão sujo. Ainda agora é Verão e já começo a ficar nauseado pela opressão desta molhada abundância. Alguém sabe de modo que mude este desassossegado e tonto tempo que teima em não mostrar Sol que reflicta quentes aromas?


Mário Rui
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Ok, nós esperamos ... ...



Ok, nós esperamos … …




Mário Rui
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Brindes


Brinde felino de graça ondulosa, com ronrom e garra e ainda língua espinhosa.
 

Mário Rui
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Lei de Murphy


Lei de Murphy
(Corolário)
5.º Deixadas a si mesmas, as coisas tendem a ir de mal a pior.
 
Mário Rui
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Instrução à portuguesa



Às vezes cómico, às vezes sinistro, lá vamos respirando o mistério (LER AQUI)

Sonhar e pensar, ou se preferirem pensar e só depois sonhar, é a única liberdade que a todos assiste, o que vale por dizer que talvez seja esta a derradeira democracia pura e soberana irrevogavelmente condenada a permanecer em cada um de nós como licença gratuita para contrairmos os anseios mais profundos por vida melhor. Vem esta reflexão a propósito da discutida e ainda não resolvida tendência para a entrega da gestão das escolas às câmaras municipais. Não sei se sonhei, mas seguramente pensei sobre o assunto, e fazendo então uso da minha liberdade, duas ou três coisas me ocorrem. Desde logo uma opinião desconfiada quanto à medida pois não me parece que concorra para uma vida melhor, anseio primeiro de qualquer mortal. Transferir para o poder local área tão sensível como esta, é tão-só abandonar uma lógica estável e passar a contar com um padrão pouco discernível - a julgar pela experiência em outras áreas de muito mais simples administração sob a alçada das autarquias - e cujos resultados tão maus têm sido não obstante a pouca complexidade envolvida. Por outro lado, a ideia desta transferência de competências parece-me ser apenas o resultado de mais uma experiência deste desconjuntado tempo que cambaleia de episódio inesperado em episódio inesperado que ameaça a solidez – melhor ou pior, mas ainda assim equilibrada – da “instrução” portuguesa. Ou me engano muito ou os modos habituais de comportamento e aprendizagem vão ficar suspensos em teias político-locais, não augurando nada de bom para o futuro. Acresce que, aqui talvez já tenha sido sonho meu bem pensado, iremos passar a lidar com a obstinada presença do poder político nas escolas, coisa que será garantidamente intrusiva – veja-se o que se passa em outros domínios – e por isso mesmo ainda mais incapacitante para os que querem aprender e se calhar para alguns que querem ensinar. Se exemplos desses não existissem, poderíamos porventura ficar sossegados, mas existem e ponto final! A “instrução”, a cultura, são os únicos bens que não se encolhem e quanto mais usados mais se expandem pelo que não venham agora novas inventivas controladeiras tomar rédeas de cavalo alheio. Uma última nota; neste momento, carregar a tocha da aprendizagem até aos mais sombrios recantos do habitat político, por vezes malsão que se farta, julgo ser um vácuo de credibilidade para o ensino e em particular para quem dele precisa.

 

Mário Rui
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Políticos






Mário Rui
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Arder, a coisa arde ...


Arder, a coisa arde e sem que se perceba porque tanto arde! E são sempre os mesmos que vão medindo com os seus corpos a extensão de tão vastos infernos, resguardando fazendas, casas, celeiros, gado, instrumentos agrícolas, gente e também as qualidades mais requintadas da nossa natureza, as florestas. Basta ver como se agacham e se esgueiram combatendo o monstro quente, como temem fortemente ao longo das noites e dos dias mas sem nunca virarem costas , meses quentes a fio inteirinhos de prontidão, tudo reputação ganha à custa dos seus actos singulares. E será que o país, nós todos, lhes agradece o esforço e a abnegação? Talvez, mas lá que podia ser uma gratidão mais reconfortante, também é verdade.
 
 
 
Mário Rui
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