quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Arder, a coisa arde ...


Arder, a coisa arde e sem que se perceba porque tanto arde! E são sempre os mesmos que vão medindo com os seus corpos a extensão de tão vastos infernos, resguardando fazendas, casas, celeiros, gado, instrumentos agrícolas, gente e também as qualidades mais requintadas da nossa natureza, as florestas. Basta ver como se agacham e se esgueiram combatendo o monstro quente, como temem fortemente ao longo das noites e dos dias mas sem nunca virarem costas , meses quentes a fio inteirinhos de prontidão, tudo reputação ganha à custa dos seus actos singulares. E será que o país, nós todos, lhes agradece o esforço e a abnegação? Talvez, mas lá que podia ser uma gratidão mais reconfortante, também é verdade.
 
 
 
Mário Rui
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