quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Verão 2017 - Praia da Torreira









 
 
 
 
Mário Rui
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Árvores


Às vezes até a vida das árvores exige uma boa quantidade de fingimento.
  

 
Mário Rui
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Candidatos vão gastar 4,8 milhões em brindes nas autárquicas


Candidatos vão gastar 4,8 milhões em brindes nas autárquicas (LER AQUI)

Quero lá saber quem é que os gasta e de que forma os gasta. Basta-me perceber esta predisposição para empreender acções que pareçam tender a colocá-los sob uma boa luz - isto é, de modo a lhes melhorarem a imagem, que já abomino esta forma de comprar votos. O que me agradaria era que todo este fandango pelintra, se resumisse ao que eles de facto fossem capazes de alcançar pessoalmente. Não sou nada bom a enganar-me a mim próprio e essa é a razão pela qual vocifero contra esta gritante impropriedade de conduta permitida, grosseira insolência e injustiça. Quase cinco milhões de euros a adquirir ofertas para o eleitorado, não é? Populismo, o que eu digo? Não! Qualquer eleição que respeite um país, preserva o decoro. Ardem casas, morre gente indefesa porque o Estado a que chegámos não protege os seus cidadãos. Morrem bombeiros porque se trocam pela vida dos outros. Tombam árvores assassinas que ceifam vidas humanas. Tributa-se tudo e mais alguma coisa ao pagante indígena. Mas quase ninguém desmascara a futilidade suicida das teorias que não assumem a responsabilidade das suas consequências históricas. Há dinheiro para o supérfluo, falta dinheiro para o essencial. Depois disto, ainda há os que se revoltam com o facto de por três vezes quase abdicarmos de existirmos como Nação! Por este caminho, errado, conformamo-nos com a condição de entreposto de outros. Não me perguntem pois o que acho destas fantasias. Eu digo-vos: são neurastenias de uma pegajosa tristeza!

 

Mário Rui
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“O problema de Angola não é a corrupção mas a má governança”


Que raio de conclusão tão estapafúrdia (LER AQUI)

E ainda há outro problema, talvez até mais incompreensível do que esta estrambólica opinião da directora executiva da TIAC (Transparência e Integridade, Associação Cívica), ela própria, a opinião, muito pouco transparente. É justamente o querer dar-se a ideia de que a corrupção e a má governança são realidades autónomas. Não são, não. Nem importa saber qual delas é que dá origem à outra. É indiferente, porque neste produto de poucas éticas, a ordem dos factores é arbitrária conduzindo sempre ao mesmo resultado final, ou seja, não há limites intransponíveis para a extensibilidade da engorda de certas nomenclaturas. Esse é que é o problema e surge sempre que é ultrapassada a taxa de roubo médio previsto, coisinha que frequentemente acontece por corrupção e por má governança. As duas sempre juntinhas, que não separadas, pois a unanimidade suspeita, em dueto, dá jeito para abafar denúncias vindas do exterior, proteger más reputações, acobertar suspeitos, e sobretudo para prender os indignados com a multiplicação de idiotas esfaimados que jamais se dão conta de sê-lo.

 


Mário Rui
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Dia Mundial da Fotografia - 19 de Agosto de 2017

 
Uma imagem pode servir para ver a grandeza das pequenas coisas

Mesmo quando numa melancolia doce uma tarde de Agosto se vai, ainda que as nuvens encubram no poente as vermelhidões crepusculares, sabe bem um esboçar de sonhos infantilmente amorosos. Se me derem as asas, manhã nada, eu voo. E a menina contava pelos dedos – era tanto tempo ainda para sonhar o sonho, essa adorável modéstia que é o tesouro dos pequeninos.

 
 
Mário Rui
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Que fiquem as memórias se mais não for possível




Que fiquem as memórias se mais não for possível

O inferno desceu sobre Louriçal do Campo, nas faldas da Serra da Gardunha, e tudo devorou.

As chamas consumiram ontem o edifício principal e a igreja do antigo Colégio de São Fiel, estabelecimento de ensino que acolheu figura importante natural do concelho de Estarreja. O único Prémio Nobel da Medicina português, Egas Moniz.

Entre os educandos mais célebres do Colégio de São Fiel, conta-se Egas Moniz (29 de Novembro de 1874, Vilarinho do Bairro, Avanca, Estarreja-13 de Dezembro de 1955 (81 anos) Lisboa, que entrou nele em 1885 e aí permaneceu até 1889, destacando a qualidade do ensino ministrado, que era preferível ao ensino liceal oficial. As palavras de Egas Moniz, quando se referia ao Colégio de São Fiel, eram, simultaneamente de apreço e censura. “O passado escolar, vivido naquele colégio, conduz-nos a um colégio higiénico, encravado nas serras, com bom ar e excelente água de fontes de granito, a melhor que há” (Egas Moniz, 1950)

A chegada de Egas Moniz à região de Castelo Branco aconteceu no Outono de 1885, vindo para preparar o exame de admissão ao Liceu e beneficiar da reconhecida competência pedagógica dos professores do Colégio. Como saído das lembranças da história, vislumbramos o “Antoninho” (Egas Moniz), de onze anos de idade, tímido, recém-tirado ao seio da família, de uniforme – batina, estola encarnada e boné especial- feitos lá na oficina do Colégio. Conta-nos as impressões daqueles primeiros dias. “A cama de ferro na penumbra da extensa camarata, a figura do padre, caminhando num vai-vem constante vigiando o sono dos educandos. O bater forte das palmas anunciando o amanhecer, a missa diária, obrigatória, o pequeno-almoço de pão e abundante chá mal açucarado, a sala de estudo com o prefeito vigilante numa espécie de vulto, a primeira consulta médica, de rotina, feita pelo Dr. Chorão, que vinha do Fundão para observar os educandos e, ainda, os amigos que rapidamente fez, o Manuel Rebimbas (Professor no Colégio de São Fiel em 1903), (Egas Moniz, 1950)

(in Louriçal do Campo com história)

 

Mário Rui
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Escrito ... e lido na água


Escrito ... e lido na água.

“Cuidado com as águas calmas. Não sabemos o que escondem no fundo”



Mário Rui
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“População da Madeira já tinha avisado: Um dia destes há uma desgraça"


“População da Madeira já tinha avisado: Um dia destes há uma desgraça"

 
(título e imagem: jornal Público online)

 
Sinceramente começo a ficar farto da choradeira solidária depois dos acidentes acontecidos, por parte das autoridades locais, regionais e nacionais, todas sem excepção. Os acidentes não acontecem por acaso mas aquilo a que invariavelmente assisto é à lenga-lenga ‘a posteriori’ do “estão a ser ajudados os familiares das vítimas”, “tudo foi feito para minorar os efeitos da tragédia”, “todos os meios acudiram rapidamente”. E, no caso de hoje, na ilha da Madeira, até já ouvi um responsável local dizer que “a árvore estava de boa saúde”. Porra! Porra! Porra! Deixem-se de farsadas de rua que apenas servem para encher páginas de jornais, que depois ainda traficam com a agonia dos sobreviventes e com o azar dos que se foram, e comecem é a tratar de prevenir os acidentes. Estou farto dos vossos filetes de grande desgosto, dos vossos suplementos choramingões. Afinal, nada disso repercute sinceridade que ‘a priori’ evite que tragédias anunciadas pela vossa inaptidão, incompetência, facilitismo, deixem de ocorrer. São já tantos estes tristes acontecimentos que se de facto não vos assiste capacidade para tratar da coisa pública, então demitam-se! E na Madeira, hoje, voltou-se a morrer, porque perigo é a fonte geradora e risco é a exposição a esta fonte. E alguém na Madeira, com responsabilidades nesta matéria, tratou a tempo e horas, e com empenho, do perigo e do risco de “uma árvore de boa saúde?”
 
Mário Rui
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O beijo mais famoso do Mundo


“The Kiss”
 
O beijo mais famoso do Mundo
Uma comemoração amorosa em Times Square, Nova York (EUA), na comemoração do final da 2ª Guerra Mundial. A imagem intitulada “The Kiss” foi feita pelo fotógrafo Alfred Eisenstaedt em 14 de Agosto de 1945, para a revista Life.
E o beijo que lhe dera, tão gostoso de delícias inéditas, boca a boca, tinham-no os dois sempre no estremecimento dos seus lábios que lhes guardavam os perfumes trocados. A guerra terminara e gente ávida punha de lado orgulhos tolos. A paz valia bem soluços e carícias pela insaciável espera dos bons relacionamentos.
 
 
Mário Rui
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Isaltino sempre vai entrar na corrida a Oeiras


Luz verde do tribunal: Isaltino sempre vai entrar na corrida a Oeiras (LER AQUI)

Desconfio que em vão se falará de curas, ou se pensará em remédios para toda esta bagunçada, enquanto por parte da democracia séria não tiverem sido consideradas as causas de tantas peias deformantes de alguma política, e da justiça também, que por cá se vai fazendo.
 
Mário Rui
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As galinhas são burras



Não há como ser cozinheiro em restaurante no qual a vítima do forno vem à sua própria missa de finados, antes mesmo de se oferecer ao sacrifício. Por este andar, qualquer dia aparecem à mão da garçonete a esvoaçar já assadas. As galinhas são mesmo burras!
 
 
Mário Rui
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Woodstock, Agosto 1969





Woodstock, Agosto 1969

Há-de vir um tempo em que a nossa fé na música fará inveja.

“De 15 a 18 de Agosto de 1969, na fazenda de 600 acres de Max Yasgur, na cidade de Bethel, Estado de Nova York, Estados Unidos, anunciado como Uma Exposição Aquariana: 3 Dias de Paz e Música"

Numa altura em que os pensamentos não se podiam traduzir inteiramente por meio das palavras, 400 mil conseguiram dar nota da sua subtil diferença, implorando a protecção da música em defesa duma geração descontente. Cantando, desnudando-se, amando-se sem preconceitos e assim fazendo de tudo isto uma bandeira. “Maldita altivez”, diziam os oponentes. Era toda uma geração ocupada em tratar de mudar mentes empedernidas e sem embaraço o fazia posto que, mudar para melhor, para esta gente estava sempre acima de qualquer hesitação. Embaraço foi coisa que, isso sim, tomou de assalto os mais renitentes, os que mandavam sentados na crista da onda. De tal modo que, não sabendo mais o que fazer, o rolo compressor dos “sixteen” acabou por moldar-lhes a mente e o carácter para o mais acertado. Ainda bem. Da aludida geração, vingou o mérito de finalmente dar nome às coisas que ainda o não tinham, de nomear as agruras que toda a gente tinha debaixo de olho mas que poucos eram capazes de soletrar. Mas fumava umas coisas esquisitas essa geração? Claro que fumava. Algo que talvez lhes fizesse esquecer os desconchavos do mundo então vividos. Fumava, pois, talvez para que os seus destemores se mantivessem escondidos. Mas deixem lá isso porque afinal, em estado alucinogénio, também estavam os outros tais da crista da onda que disparavam gel pegajoso e incendiário, napalm, fósforo branco, que queimava a carne e pele humanas aos mais indefesos, como se de seara velha se tratasse. Às tantas, e isto é o que importa, um charro, uma guitarra, uma túnica, flores, muitas flores, corpos nus e som de união íntima, fizeram muito mais pelo mundo e pela paz do que as considerações dos que diziam abraçar posições “avançadas” em matéria de questões sociais. E ao tempo, já ia a meio caminho uma desilusão quanto a esses “avanços”. Woodstock 1969, também ajudou a declarar qual o melhor uso dos recursos, tendo em vista o interesse comum. Eu bem digo; a música pode tudo!
 
 
 
Mário Rui
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domingo, 13 de agosto de 2017

O que sofre um avô...

 
 
 
Mário Rui
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"Se um dia eu não te levo à América, nem que eu leve a América até ti"

 
"Se um dia eu não te levo à América, nem que eu leve a América até ti"
Entre o vir e o voltar a ir há um espaço temporal que se vai contando à hora e que mais se parece com o de alguém que, na ânsia do gozo de uma outra liberdade, só espera o instante em que se produza o facto. Pisar de novo solo do Tio Sam. No mais das vezes, foi lá que à força de trabalho e economia, a sorte ajudando um pouco, se juntou alguma riqueza. Hoje, mesmo sendo o sonho chão que já deu vinha, a América não foi esquecida por muitos dos que por lá fizeram vida. Agradecidos, certamente, à terra que os acolheu, os meus patrícios, chegados ao último quartel da vida, peregrinam agora sem trabalhos nem canseiras até ao outro lado do Atlântico em visita de abraços aos que por lá ficaram. É um preito aos companheiros de labuta que lhes seguiram os passos, mas também será o querer dizer-lhes que mesmo sendo-se de uma Pátria determinada, se pode sempre tirar muito proveito de outras, conforme as circunstâncias. “Vou para a América”, foi o lembrete que casualmente encontrei num calendário pendurado na parede de uma espuma do nosso oceano, vila da Torreira, pois claro, e que me aviva duas coisas; da América, têm os meus próximos, agora regressados, uma alegria e um repouso. A outra coisa que me aviva, anima, é saber, eu, mas igualmente eles, que não há cheiro a flores que se compare ao aroma do nosso mar. E sem saber qual foi a mão que escreveu o lembrete, sei lê-lo à minha maneira e é assim; um português radicado na América e voltado à terra-mãe, quando se trata de honrar as tradições dos que o ajudaram, é sempre um português de maior idade. Vivido, sabido e agradecido!



Mário Rui
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O cordel desrespeitoso


Que um saco de batatas possa - e se calhar até deva - ser amarrado com um cordel de sisal de modo a evitar que os tubérculos se escapem para o exterior, eu até percebo. Já não me entra é o facto de igual cordel servir para pendurar na parede de um Tribunal a lista dos candidatos às próximas eleições autárquicas. Um cordel, é um cordel e, pelos vistos, caso o número de folhas fosse mais pesado, em seu lugar lá estaria certamente uma corda. Não que eu tenha algo contra um ou outra mas, francamente, isto parece enegrecer ainda mais o predomínio que o desrespeitoso começa a ganhar na compostura que assuntos desta natureza pública deveriam merecer. Acresce a isto a forma como as ditas listas estão assim penduradas de modo tasqueiro, sem ofensa para os das tascas e, já agora, com respeito pelos candidatos lá pendurados. Ainda por cima de difícil acesso para serem lidas. De manejo quase impossível, quando e se se quiser transcrevê-las, o mínimo que se pode esperar é sorte para o fazer pois entretanto, com a necessidade forçada de manter a caneta na horizontal e o papel contra a parede, a tinta recusa-se a fluir, tudo a obrigar a manobras de piruetas de grande perícia e apurada habilidade por parte do cidadão comum que as queira escrever. A talho de foice, até me escuso de citar a ‘espécie’ de hall escolhido para as pendurar. Mais uma vez, francamente. Então? Mas será que não havia recanto mais honrado para as expôr? No interior do edifício, afinal um dos símbolos da democracia e da justiça, não há outro modo de exaltar, dignificar, o que vai acontecer a 1 de Outubro? O acto em si através de exposição pública condigna dos concorrentes ao mesmo, o respeito à legendária república e o apreço devido aos cidadãos que procuram a informação. Pela vez terceira, francamente! Bem gostaria de domesticar este meu impetuoso temperamento face ao que vejo, mas não posso. Não fazendo parte de nenhuma brigada de vigilância alheia, só me ocorre isto; que falta de brio cívico, para já não falar do outro!!!
 
(a imagem não é a do local citado... mas quase)
 
 
Mário Rui
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Praia da Torreira-Verão 2017











 
 
 
Mário Rui
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Dinheiro ao sol. É só pegar nele!


“Portugueses pedem à banca 17 milhões de euros por dia: crédito ao consumo em valores mais altos do que em 2010, antes da intervenção da troika; Deco alerta para o risco de famílias e bancos estarem a repetir os erros. É o dilema do ovo e da galinha aplicado à relação das famílias portuguesas com a Banca: são as famílias que pedem dinheiro emprestado e os bancos cedem? Ou são os bancos que aliciam as famílias com créditos e as famílias não resistem? A verdade é que os portugueses voltaram a endividar-se”.

Dinheiro ao sol. É só pegar nele.

E lá volta o mesmo romance desta vida contemporânea. Sem reservas nem cálculos, uns sonham tudo em grande e por esse mesmo aspirar depois se auto-condenam a uma repetida decepção. Outros, essa banca agiota, com uma caprichosa e singular mágica, abana-lhes com dinheiro fácil. Sentam-nos na secretária da fecundidade bancária, parece a quermesse do país do sol, e diz-lhes; «não se preocupem, o Banco concede crédito, a tudo... e a um par de botas»! E assim, tudo dança, tudo canta, tudo ri. É uma maravilha trapacear o iludido. A banca, essa usurária, apenas está empenhada em perceber num prazo fixo o dinheiro das rendas para a sustentação das suas prodigalidades e magnificências. É só pôr o filme a andar para trás e logo se perceberá o que afirmo. Sob um tal regime, fazer fortuna é fácil para o Banco que depois a há-de derreter na ferocidade natural do posso, quero e mando. E na cabeça desta Banca, apenas ambições, e na prosápia enganosa apenas soberba, patologias que o contribuinte vai pagando eternamente. Pena que ainda o não tenha percebido tantos são os exemplos anteriores. Não há ovos grátis, apenas galinhas, sim, mas dos ovos de oiro. Para a Banca famélica!
 
 
 
 
Mário Rui
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Hiroshima , 6 de Agosto de 1945 – 72 anos depois


Hiroshima , 6 de Agosto de 1945 – 72 anos depois
Objectos transportados por Theodore J. Van Kirk, o navegador a bordo do Enola Gay, para a missão de lançamento da bomba atómica sobre a cidade japonesa de Hiroshima.
Hoje, às 08-15 horas locais, tocaram os sinos num memorial em Hiroshima. Assinalou-se o 72.º aniversário do bombardeamento atómico por parte dos Estados Unidos.
A visão sugerida é histórica mas também será histórica a mão que jamais lance um novo monstro sem par!
 
 
Mário Rui
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Nada para o sono, tudo para o despertar



 
Mário Rui
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quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Louco futebol!

 

Este mundo do futebol ensandeceu, decididamente! (LER AQUI)
Nos seus velhos dias, deu-se ao pecado da gula e desconfio que começa agora a cavar o seu sepulcro. Pode haver grande luxo sobre os montes, as serras, a pólis, o universo, as trompas podem soar nas bancadas deste delírio mas a verdade é que nem bálsamos, nem orvalhos na relva, tão-pouco rezas, prantos vindos das cadeiras ou cânticos dos peregrinos da bola, explicam a demência destes desejos. Parece que já não é a Grécia a lenda da beleza! Agora já é só a loquaz arte do dinheiro, na insana concavidade de um balneário de homens, a escrever a estória dos ‘deuses’ com pés de barro. E por este caminho obsceno, num destes dias ainda os vão vestir com jaqueta curta bordada a oiro, umas meias de lantejoulas, nas costas um número de néon e os pés, de barro, entenda-se, metidos nuns chinelos cravados de diamantes. As chuteiras serão cobertas de plumas e aí sim o negócio estará no bom caminho. Até que o futebol morra de futebol pois também será causa natural! Mesmo que depois se diga; roupa, estou sem ela. Vendi tudo. Daqui a pouco tenho fome outra vez.
 
Mário Rui
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Por aí




 
 
 
Mário Rui
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Os cartazes mais insólitos

 
“Os cartazes mais insólitos. Entre cartazes com erros de gramática e fotografias recortadas de forma dúbia, estes são alguns dos cartazes mais inusitados em 2017”
Clicar para ver:
E se de facto estiverem a passar por momentos de disposição menos animada, assim em jeito de arranjo pessoal verdoengo, aconselho-vos uma voltinha por esta farmacopeia política rara. São cartazes singulares para as próximas autárquicas, onde, a par de coisa mais séria, se pode ver também coisa manca, aqui e ali julgada sóbria por pretensas modernices estólidas! Não estará aqui todo o Portugal de virtudes miríficas mas a amostra já dá para trazer à memória aquilo que afinal não tínhamos ainda esquecido desde o último momento em que aconteceu. Do que se diz nestas telas, antecipadamente julgadas suficiências que traduzam ideias que persuadam outros, julgo encontrar de tudo. Divirtam-se, se quiserem. Se não quiserem, permaneçam meditando e premeditando.
 
Mário Rui
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E voltarão?


Muita falta fazem à floresta. As casas e os guardas florestais. Será que algum dia voltam? 
 
 
 
Mário Rui
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