quarta-feira, 23 de agosto de 2017

“O problema de Angola não é a corrupção mas a má governança”


Que raio de conclusão tão estapafúrdia (LER AQUI)

E ainda há outro problema, talvez até mais incompreensível do que esta estrambólica opinião da directora executiva da TIAC (Transparência e Integridade, Associação Cívica), ela própria, a opinião, muito pouco transparente. É justamente o querer dar-se a ideia de que a corrupção e a má governança são realidades autónomas. Não são, não. Nem importa saber qual delas é que dá origem à outra. É indiferente, porque neste produto de poucas éticas, a ordem dos factores é arbitrária conduzindo sempre ao mesmo resultado final, ou seja, não há limites intransponíveis para a extensibilidade da engorda de certas nomenclaturas. Esse é que é o problema e surge sempre que é ultrapassada a taxa de roubo médio previsto, coisinha que frequentemente acontece por corrupção e por má governança. As duas sempre juntinhas, que não separadas, pois a unanimidade suspeita, em dueto, dá jeito para abafar denúncias vindas do exterior, proteger más reputações, acobertar suspeitos, e sobretudo para prender os indignados com a multiplicação de idiotas esfaimados que jamais se dão conta de sê-lo.

 


Mário Rui
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