sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Por aí








 
 
 
Mário Rui
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Leituras

 
Se para mais não servir, que pelo menos ajude à leitura fácil e acessível, sobretudo dos que pouco leem e que fazem muita opinião sem a ter, de tudo sabem e de tudo falam, convergindo a não resolverem de vez o insolúvel problema da desordem interior de ideias e sensações. E quem foi que disse que a maior deles também são especialistas em clima e temas sociais?
 

Mário Rui
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Cabeças sem recheio

Bem avariados se encontram alguns estômagos portugueses, como de resto muitas outras miudezas, a começar pelos cérebros pequeninos, razão pela qual já há quem aponte pincel salvador, e bem, à fêmea do boi. Ora, como Portugal começa a ser sítio impossível para nele viver vaquinha civilizada, e o reitor do primeiro estabelecimento científico do país, num cómico encher de boca, foi cúmplice implicado nessa lavoura nova, ademais já outro 'reitor' algarvio tinha acabado com a antiga, proponho então duas medidas. A saber:
- desde logo, e de carácter iminentemente salvador, deve todo o gado vacarino português optar por um híbrido definitivo de vaca zebra.
- se, mesmo depois de assim disfarçado, algumas cabeças sem recheio insistirem na tese coimbrã anti-bife, então que se promova nova ‘Revolta do Grello’, pois do que se trata é de inovadora forma de cobrança, tal como em 1903, mas desta vez ao mundo rural do país.
Podia aqui dissecar a propósito de outras medidas desinfectantes aventadas (palavra que deriva de ventas) por outra gente. Do fim da caça, da pesca, do cabrito no forno, da bebedeira do peru no Natal, da lampreia à Minho, etc. No entanto não o faço já que no que toca ao “ambiente” que cada vez mais me cerca, sou sempre eu a escolher os interlocutores com quem quero debater. E por uma razão muito simples; consigo sempre um ambiente verdadeiramente despoluído. Basta-me!
 
Mário Rui
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Reflexões

 
 
 
Mário Rui
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Maio de 1941

 
 
 
Mário Rui
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Implantação da República, 5 de Outubro de 1910



 
Mário Rui
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Dias da boa-vontade

Às 9h00 do dia 5 de Outubro de 1910, foi proclamada a República a partir da varanda dos Paços do Concelho de Lisboa.
Às 00h00 do dia 5 de Outubro de 2019, começou o dia de reflexão, é o que dizem por aí.
Desta infusão medicamentosa para eleitores, gosto pouco, dispenso-a bem.
Acabadas que estão mais umas tantas ‘alegres campanhas’ - diria Eça «…nasce enfim o dia, o domingo desejado» - amanhã lá cai o voto de confiança do cidadão.
Isso sim, é um afastar do jugo dos costumes marotos com que tais dias de promessas, de azedumes velhos, de discursos contraditórios, de sondagens e de reflexão, impregnam tendenciosamente os eleitores, sendo esse o momento em que cada um se tranca estritamente em si e a certeza da soma, se ninguém a fintar, voltará a chamar-se solenemente aritmética.
Perguntar-se-á, porém:
- “Como é que se finta a soma na aritmética?”
- Finta-se sempre que damos o nosso voto inteiro e a seguir nos sentimos diminuídos por não nos terem avisado previamente da adição de outras parcelas.
Isto é, os votos nunca deveriam exceder as conveniências dos que perdem. Espero que assim seja amanhã!
Mário Rui
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Coitado do Tino

 
Coitado do Tino. Logo ele a ser acossado pelas gaivotas, que são aqueles passarinhos que todos conhecem por não escolherem sítio para fazer das suas. Mas, que diabo, no tempo em que grassa a epidemia das promessas eleitorais, não haveria outro a quem bicar? Enfim, para tudo na vida é preciso ter uma pontinha de ventura. A não existir, de repente, zás! Azares que o destino traz ao invés dos milagres que a sorte faz.
 
Mário Rui
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O Polvo

 
Eu já há muito que desconfiava que assim era. A julgar por aquilo que tenho visto e sentido, são mesmo seis braços e duas pernas. No entanto, ainda há quem defenda, como mínimo, doze braços e quatro pernas. Mas não riam. Para mim existe uma completa explicação lógica neste dobrar de membros e cada um que julgue o que entender. Limito-me a dá-lo a conhecer aos meus amigos, rogando-lhes o obséquio de terem cuidado com outras informações ou com análises respeitantes a este polvo. Isso, a mim, astrofísico de nascença por parte da minha bisavó, parece-me um grande disparate. Sobretudo se for para lhe dar mais membros tentaculares. Já chega o que chega. Não obstante, acrescentarei que o dito polvo mostra ser, após feitos vários testes, ou não fosse eu, repito, astrofísico de nascença por parte da minha bisavó, bicho bem inteligente. Talvez até o mais esperto entre os invertebrados e ainda mais astuto entre numerosos achados vertebrados. A propósito: astrofísico é o gajo que, na parte da economia e finanças, estuda em particular os animais aéreos, terrestres e marítimos que julgam ter vértebras. Certo? Eu bem sabia, a minha bisavó também não era de me enganar. Até inglês me ensinou! O que, de resto, me fez postar a imagem do polvo que já não tem oito pernas. Agora vou mas é estudar a vaca portuguesa que se arma em fina, pois uma vez metida no meio dos cabritos mais não quer senão encabritar-se. O “case study” – lá está a lição de línguas da minha bisavó – da conversão dos touros em cinéfilos, analisarei depois. Vou dando notícias da coisa.
 
Mário Rui
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Dia Mundial da Música

 
 
 
Mário Rui
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