sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Cabeças sem recheio

Bem avariados se encontram alguns estômagos portugueses, como de resto muitas outras miudezas, a começar pelos cérebros pequeninos, razão pela qual já há quem aponte pincel salvador, e bem, à fêmea do boi. Ora, como Portugal começa a ser sítio impossível para nele viver vaquinha civilizada, e o reitor do primeiro estabelecimento científico do país, num cómico encher de boca, foi cúmplice implicado nessa lavoura nova, ademais já outro 'reitor' algarvio tinha acabado com a antiga, proponho então duas medidas. A saber:
- desde logo, e de carácter iminentemente salvador, deve todo o gado vacarino português optar por um híbrido definitivo de vaca zebra.
- se, mesmo depois de assim disfarçado, algumas cabeças sem recheio insistirem na tese coimbrã anti-bife, então que se promova nova ‘Revolta do Grello’, pois do que se trata é de inovadora forma de cobrança, tal como em 1903, mas desta vez ao mundo rural do país.
Podia aqui dissecar a propósito de outras medidas desinfectantes aventadas (palavra que deriva de ventas) por outra gente. Do fim da caça, da pesca, do cabrito no forno, da bebedeira do peru no Natal, da lampreia à Minho, etc. No entanto não o faço já que no que toca ao “ambiente” que cada vez mais me cerca, sou sempre eu a escolher os interlocutores com quem quero debater. E por uma razão muito simples; consigo sempre um ambiente verdadeiramente despoluído. Basta-me!
 
Mário Rui
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