sábado, 22 de junho de 2019

8 de Junho de 1863 – Chegada do primeiro comboio a Estarreja


 
Foi há 156 anos: 8 de Junho de 1863 – Chegada do primeiro comboio a Estarreja.
 
 
Mário Rui
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Ponte da Varela, Murtosa, 55 anos depois

22 de Junho de 1964/2019
Parabéns, Varela. Há pontes íntimas, familiares, incapazes de dar um passo sem que os vizinhos não saibam.

Não sei por quantos mais anos nos servirá de passagem para a outra margem. Só sei que mais de meio caminho da jornada está percorrido, quer seja para um lado ou para o outro.
 
E que o diga quem vai e vem. É um desinteressado mas sincero afecto aquele que nos argamassa ao embalo nostálgico da travessia da Varela, como se não fosse desde logo motivo de paixão o simples facto de almejarmos a Torreira tão modesta, tão lavada, tão risonha.
 
Sem o consentimento de tabuleiro que tantas fisionomias exibe aos nossos sentidos, a viagem ficaria sempre sem poesia de observação.
 
Sabendo-lhe um pedaço da história, que se liga à história de todos nós, acabo sempre com a ideia de que todo o espectáculo da Ria, depois do mar, da praia e da nossa fruição, é a tempo constante feito especialmente para o seu e nosso gozo.

 
Mário Rui
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Há 50 anos, uma Taça de Portugal deu voz à democracia




 

Há 50 anos, uma Taça de Portugal deu voz à democracia
Académica de Coimbra – a lição de 22 de Junho de 1969
A final da Taça de Portugal de futebol em 1969, que a Académica perdeu para o Benfica por 2-1, após prolongamento, deu dimensão nacional à luta estudantil de Coimbra que se tinha iniciado em Abril desse ano. Em Coimbra ninguém esquece o ano de 1969, o ano da «crise académica», quando os estudantes da Universidade (UC) afrontaram o regime, clamando por mais direitos, democracia e melhor ensino. Portugal era um país muito diferente nesses tempos. Após mais de 40 anos de ditadura, Salazar tinha caído da cadeira a 3 de Agosto de 1968, abrindo espaço para a renovação do «Estado Novo». A tensão era grande no Estádio Nacional, nessa tarde de 22 de Junho de 1969. A Guarda Nacional Republicana cercava, a cavalo, todo o recinto. Lá dentro, elementos com ameaçadores cães-polícia seguiam qualquer movimento suspeito e um batalhão de agentes da PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado) completavam o aparato. Benfica e Académica iam disputar a final da Taça de Portugal, mas jogava-se muito mais do que isso no Jamor. Pelas bancadas, milhares de estudantes universitários ocultavam tarjas com palavras de ordem, à espera da melhor oportunidade de transmitir ao país as suas reivindicações. Muitos foram presos ainda antes do apito inicial”.
 
Mário Rui
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Por aí



 
 
 
 
Mário Rui
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