quinta-feira, 21 de julho de 2011

Outros tempos, outras lutas



Velho casario



A Lua e os líderes



Comemorou-se ontem, 20 de Julho de 2011, o quadragésimo segundo ano da ida à Lua, altura em que um homem a pisou pela primeira vez.
Uma grande vitória da América sobre a União Soviética, uma missão ambicionada por JF Kennedy um ano antes: ""I believe that this nation should commit itself to achieving the goal, before this decade is out, of landing a man on the Moon and returning him safely to the Earth." Vista por cerca de dois milhões de pessoas na RTP, uma dessas era eu, José Mensurado assegurou durante 18 horas a emissão, que entrou pela madrugada fora. Foi a confirmação da televisão como a mass media mais poderosa e a melhor ilustração do conceito de "Aldeia Global", defendido por Marshall McLuhan precisamente um ano antes. É certo que o feito foi de uma dimensão verdadeiramente universal, e dele se tiraram lições que depois vieram a dar lugar a avanços importantes nos mais variados campos da ciência e não só. Não pretendendo escamotear essa realidade, apetece-me falar sobretudo a propósito de homens ditos líderes, como foi o caso de John Fitzgerald Kennedy, homens que hoje escasseiam ou mais simplesmente não existem. Homens que um dia sonharam e passaram à prática os seus ideais. Ideais que, acredito, lhes estavam impregnados em todo o seu ser, como disso foram exemplo para a humanidade Willy Brandt, Martin Luther King, Mahatma Gandhi, Winston Churchill, e tantos outros que, a seu jeito, deram o empurrão final para que o Mundo se tornasse um lugar bem mais agradável e onde todos se sentissem cidadãos de pleno direito. Bem sei que nem todos foram bafejados por essa lufada de ar fresco, não passaram a gozar uma vida melhor só porque tais líderes os governaram ou conduziram Nações à condição de verdadeiras terras dignas de serem habitadas por gente. Mas uma certeza eu tenho. Esses homens lutaram realmente por um ideal para que os outros se sentissem felizes com a sua companhia. E se na época, alturas houve em que grupos de cidadãos se revoltaram, se indignaram com o estado das coisas, isso foi sinal de que conquistaram mais uma liberdade, mais uma felicidade, mais um direito. Estavam lá os líderes de que vos falo para darem resolução a essas trovoadas humanas. Vou acabar, mas não sem antes lançar o desafio que me deixa quase sempre sem resposta. Digam-me lá onde poderei encontrar hoje os timoneiros que não nos conduzam ao entrincheiramento das situações difíceis. Os que as degolam para gáudio e bem-estar das sociedades tidas como modernas. O que é isso de moderno? Talvez seja apenas uma ideia nova. Não mais que isso!


Mário Rui

_____________________________________________________________________________