quarta-feira, 5 de junho de 2013

Melícias ou milícias?


























Como compensa saber combinar a modéstia com a audácia! Lembrem-se sempre que se alguns conseguem realizar algo materialmente muito vantajoso, mas mesmo muito vantajoso, é quase sempre sobre a base dos esforços de muitos outros, muitos dos quais têm enfrentado horrores tais que fariam a mim, e aos que pensam como eu, quase desabar em incredulidade. Claro que dentro de um mundo pacificado, sem opinião, até mesmo a mais pequena expressão sobressai. Há uma certa religião que faz bem ao homem farto, sendo que também ajuda o pobre a não desesperar! Até quando, meu Deus? Até quando? Como é triste a condição dos povos em que escasseiam lavradores e sobejam os espertos.

Mário Rui


7450 euros por mês: o Padre Melícias tem uma pensão que é uma delícia!

"Deus está no meio de nós". Mas eu acredito que ele gosta mais de andar junto de alguns do que no meio do resto da carneirada. Uma omnipresença um tanto ou quanto elitista. E com a sua capacidade divina de alterar a vida dos crentes acaba por tocar meia dúzia de afortunados de forma especial. Provavelmente terá a ver com a dedicação que estes lhe retribuem em vida. A retribuição do Padre Melícias é de 7450 euros.

Tiago Mesquita - Expresso

Ousada arte



A arte, qualquer que seja, é de facto uma coisa algo estranha (ver aqui)  e (aqui). Cada um pode vê-la do modo como lhe aprouver sendo que, tal como saborear um néctar, a uns cairá bem e a outros nem por isso. Quantas vezes, ao olhar uma obra artística, perguntamo-nos; “o que quererá o artista dizer?”; “o que buscava ele?”; “para quê”? – admitindo assim que as acções do autor são, antes de mais, efeitos das suas próprias intenções e propósitos. Deste modo, arte, talvez se possa entender como manifestação de ordem criativa e sobretudo meio para atingir os sentimentos de quem a contempla. Ainda que a cada um de nós desperte um significado único e diferente, estimula sem dúvida as nossas percepções, emoções e ideias. E isto acontece porque arte sempre foi uma maneira de instaurar e estabilizar um “estilo” novo ainda que este possa, e muitas vezes assim é, romper os sistemas e códigos estabelecidos. Pois bem, Miru Kim, artista sul-coreana que passeia a sua nudez de Nova Iorque a Seul, atrevendo-se igualmente por Istambul, oferece-nos a sua ‘agressiva’ arte fotográfica através da mostra do nú à mistura com a realidade vivida numa pocilga. Observem e se quiserem comentem. Por mim, há arte, ousadia, no que faz. Afinal expressa emoções. Cada um ajuizará a seu modo.

Mário Rui

Séculos












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Mário Rui