terça-feira, 20 de julho de 2021

Padronizar o produto humano, facilitando assim a tarefa dos fazedores da loucura

Pelos vistos, lá há-de vir o dia, ou a noite, em que emparedados, resistindo à tentação de chafurdar na bela vida a que estávamos habituados, mais não nos sobre do que a cama ou o sofá em que a humanidade deverá deitar-se. De facto, para enfrentar esta confusão pandémica, o poder tem de ser centralizado, embora já começe a duvidar se bem de todo, pois como é bastante óbvio, as mudanças sociais não têm precedentes na sua rapidez e totalidade. Todos os padrões de vida humana existentes já foram rompidos e, vai daí, qualquer um improvisa novos padrões em conformidade com o facto de estarmos a ficar todos malucos. Hoje mesmo quis assistir a uma prova desportiva, não interessa qual, e para aceder à dita, fui obrigado a mostrar o bilhete de identidade, porque esse nome de cartão de cidadão já me cheira também a ministérios de propaganda, preencher em inglês um qualquer termo de responsabilidade, não sei de quê, a dar o meu número de telefone, a levar comigo o certificado de vacinação, o meu, mas na expectativa de ter de mostrar também o do meu cão que ficou em casa, e a carteira de jornalista que, para o efeito, num evento totalitário que verdadeiramente enclausura pessoas, de pouco serviu. Eu sei que há uma doença perigosa, há que evitá-la, mas não há, por certo, nenhuma razão para que os novos totalitarismos se assemelhem aos antigos. Perante estes factos, o silêncio não me basta. Se eu quiser evitar a perseguição, a liquidação e outros sintomas de atrito social, então quem organiza eventos da natureza daquele a que hoje assisti, tem de ter em conta que os aspectos da propaganda e realização dos mesmos, deverão ser tomados tão ineficazes como os aspectos negativos inerentes. E se as pessoas mal adaptadas à sua posição tendem a alimentar pensamentos perigosos sobre o actual sistema social e a contagiar os outros com os seus descontentamentos, então mais vale que se alistem num curso destinado a padronizar o produto humano, facilitando assim a tarefa dos fazedores da loucura. É escolher, mas rapidamente, sob pena de, assim não sendo feito, um destes dias estarmos todos empilhados uns sobre os outros e cheios de tubos de ensaio numerados.


Mário Rui
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Postal Prof. Egas Moniz



 Postal Prof. Egas Moniz.

CTT Avanca 19/10/1985.

Imagens: cortesia de Agostinho Pinto

Postal Prof. Egas Moniz.

CTT Avanca 19/10/1985.

Imagens: cortesia de Agostinho Pinto


Mário Rui
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PÉROLAS - Foreigner: I Want To Know What Love Is

Já dei para os assuntos mil vezes repisados. Daí que acabe sempre por cair num sonho vago, tocado por aqueles “votos” que nunca me fizeram mal aos nervos. Pena tenho eu é dos sons que se vão sem serem substituídos.


Mário Rui
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Ao infinito não se chega

Ao infinito não se chega, porque deixava de o ser em se chegando a ele. É por isso mesmo necessário atender muito ao efeito de algumas coisas. Valha-nos o sol oblíquo da tarde dourada, onde numa concentração súbita conseguimos ver a nossa vida inteira. No fundo uma aventura tão banal como todas as outras, quando embalados pela absoluta quietação.


Mário Rui
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Capa da edição de Julho 2021 do jornal "O Concelho de Estarreja"


 
Mário Rui
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Torreira/Murtosa d'outrora

 






Mário Rui
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Porque hoje é sábado e de Verão.




Mário Rui
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Luis Filipe Vieira - justiça igual para todos!

Se cometeu crimes graves, lamento muito, mas de facto os tribunais, em consciência e em critério jurídico, outra coisa não poderão fazer senão averiguar e condenar. Mas atenção, como em Portugal alguns juízes proferem Justiça como se de coisa dividida em interesses se tratasse, será ajuizado pensarmos que o abuso do poder de um juiz ou o de um detido, só desordem e anarquia podem gerar. Daí que, sem ousar fazer grandes conjecturas, recorde bem o que aconteceu àquele que foi a maior fraude política dos últimos 100 anos em Portugal, um tal de Sócrates absolvido por algumas admiráveis malfeitorias contra Portugal, repito, contra Portugal, e o sucedido a um outro que andou fugidiço da Lei livrando-se assim do cárcere, fico aguardando então o que vão fazer a Filipe Vieira quanto à jurisprudência aplicada. É que já vi tanto de decisões que acabaram em ridículo desprestígio da Justiça que já me chega para a descrença em homens e mulheres a quem incumbe a prática e exercício do que é de direito. É simples, a coisa; não há Democracia que não tenha por base das suas relações sociais a justiça igual para todos! Infelizmente em Portugal isto é coisa ainda muito mal resolvida!


Mário Rui
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A escova para limpar umbigos

Os umbigos tornaram-se referência de vida. Que este espírito se proponha, mesmo por pouco tempo, a tais vanglórias, não me preocupa por aí além. O que me amedronta é que comece a possuir traços de organização. Daí que sugira que tais umbigos sejam submetidos a uma lavagem periódica de modo a que deixem de contribuir para a tirania, outros para a injustiça, a avareza e sobretudo para o que resulta da hipocrisia e da vaidade de tanto governante e demais gente imbecil.


Mário Rui
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Porque hoje é sábado. De Verão, dizem alguns.




Mário Rui
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Grande Regata dos Moliceiros - Ria de Aveiro - 3 Julho 2021





Mário Rui
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Estarreja d'outrora




Os sentimentos são assim; só eles nos podem levar além das relações, das amizades e das boas memórias. Depois vieram as confidências estreitar ainda mais estes apegos.

( Fotos; cortesia de Sandro Botte.)


Mário Rui
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Marcelo dá oportunidade a Cabrita de comentar acidente, mas ministro fica em silêncio

"Não, entende que não." Marcelo dá oportunidade a Cabrita de comentar acidente, mas ministro fica em silêncio

Marcelo para Cabrita: "Normalmente quando o Presidente está presente, os ministros não falam. Mas enfim, mas se quiser". E, perante a recusa do ministro, disse: "Não, entende que não".

Relativamente à ocorrência onde esteve envolvido o carro que transportava Eduardo Cabrita, não devo opinar já que não conheço os contornos do sucedido, para além de achar que “o acidente” está sempre à espreita de uma oportunidade. Quanto ao resto, isso sim, devo falar, e para dizer que, fosse a vítima mortal uma figura de proa e a coisa subsequente teria corrido de outro modo. Mas não, o infeliz trabalhador chamava-se “Zé Ninguém”, e os poderosos costumam dar às pessoas com um nome destes um péssimo futuro, mas sem que nunca lhe tenham perguntado pelo passado. Não afirmo obviamente de quem é a culpa pois, intelectualmente, sei que devo dizer a verdade a todo o custo. Mas acho muito estranho o facto do gabinete de Cabrita, e ele próprio, não revelarem a velocidade a que circulava e acusarem a obra de não estar assinalada, o que a Brisa desmente.  Por outro lado, logo após o embate, Cabrita terá ficado sentado no lugar que ocupava na viatura, e, isto, porque segundo julgo, se saísse poderia ser atacado por um batalhão de leprosos que todos os dias percorrem a autoestrada A6 em busca de ministros. Mas eu pergunto; que merda de protocolo é esse que impede que, na situação em concreto, um homem-ministro não possa sair do carro para reconhecer as áreas em que tem limitações e estreiteza no seu modo de pensar e agir? Será que este sujeito tem medo de olhar para si próprio, tem medo da crítica ou terá medo do poder que lhe prometeram e que nunca soube como usar com tino? Se assim for, uma certeza eu tenho; é que todos os opressores, todos os que escondem verdades, todos os que se limitam, numa circunstância destas, a mandar flores às viúvas, vêm das tuas próprias fileiras. Ainda são mais medíocres do que tu e, isso, desonra-te!


Mário Rui
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"Jonathan Livingston Seagull — a story"


 

Mário Rui
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A faina


 

Mário Rui
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Estarreja d'outrora

Antiga passagem de nivel para a Murtosa, em 1968.


Mário Rui
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Estarreja d'outrora




Mário Rui
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Jafumega


 

Mário Rui
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A perfeição não existe


Mário Rui
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Saímos de cabeça erguida .Europeu 2020

Saímos de cabeça erguida e aqui se vê, amigos, o que é a aritmética. Acama-se o presente no passado e isto talvez seja o que se chama futebol. Antes da partida, os comentadores e os cronistas formulam as suas perguntas desconcertantes:

– Dispostos a ganhar?

E obtêm respostas assombrosas:

– Faremos todo o possível para obter a vitória.

É isto o futebol e relendo o que escrito fica, certamente que muitas vitórias ainda se seguirão, daquelas de fazer figura neste mundo da bola. Não vale a pena pensar mal quando se digere mal pois o grande segredo de marcar golos, é insistir.




Mário Rui
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Cada vez percebo menos

Não é nada fácil de digerir o que disse a segunda figura do Estado. Mais concretamente, que se vá «de forma massiva» a Sevilha, no próximo Domingo, para ver o Portugal-Bélgica. No estado pandémico que persiste e que de resto se volta a agravar, afinal nem as ideias se aperfeiçoam nem o sentido das palavras melhora. Eu acho que basta de sestas à sombra da utopia e bem melhor seria que o político conseguisse enxergar não além, mas muito mais além do seu umbigo, em benefício do mesmo, mas também da nossa saúde física e mental. É pena que estes donos do microfone obscureçam ainda mais o bom-senso dos avisados porque até estes já se mostram incapacitados para perceber tanta contradição de opinião quanto à doença que já nos matou milhares de portugueses. Imaginem agora o que sucederá quanto aos menos avisados. Boa sorte, Selecção de Portugal, vençam o jogo para que, quanto mais não seja, possamos ver nessa conquista um raro sinal de que neste país nem tudo está perdido!


Mário Rui
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domingo, 11 de julho de 2021

Os cavalos da I Grande Guerra



Mário Rui
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Estarreja d'outrora - Confraternização entre amigos


 

Mário Rui
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Pardilhó/Estarreja d'ourora



Mário Rui
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“Convites” embalados em espectáculos tristes

Até posso desculpar esta posição da Marinha considerando tal postura ligada ao risco associado ao desempenho deste ramo das Forças Armadas (FA). Mas, mais do que isso, o que eu tenho é a esperança de convencer as FA de que esta concepção de recrutamento precoce - chamam-lhe “convite” - é simplesmente estúpida e desvenda bem algumas das características do mundo em que vivemos. Mas será que voltámos ao tempo, como aliás ainda hoje acontece (na estimativa da ONG britânica Human Rights Watch, algo entre 200 000 e 300 000 crianças ainda hoje participam em guerras em 21 países), em que o destino dos nascentes era serem meninos-soldados? O “convite” agora feito ao Noah que “poderá vir a fazer parte do Destacamento de Ações Especiais, onde as táticas de sobrevivência são fundamentais”, ou é coisa imbecil ou então é pura brincadeira. Não menos vital é questionar se esta Marinha e este desafio feito agora a uma criança de tenra idade, mas lá “para os 18 anos”, não será a cota-parte mais importante, e quantas vezes a falta voluntária mais básica contra o bom-senso, que induzem os mais novinhos a condutas de risco. Afinal com que amigos se constrói a alegria de uma feliz infância? Mas, crianças, nunca cedam a ninguém essa virtude da meninice doce, alegre e brincalhona e fiquem sempre corações assim simples, porque a alguns adultos só lhes dá para a mania dos desafios irrespiráveis!  (LER AQUI)


 
Mário Rui
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Quando escrever nasce da necessidade de agradecer a muitos o empenho de tão grande esforço, indispensável para levar a cabo tão nobre desígnio, a voz humana não encontra quem a detenha para falar da tristeza que se converte em alegria única e que deixa um rasto luminoso que só alguns percebem. O afago nas mãos, a doçura na boca, a meiguice na cara, não precisa de mais comentário.


 
Mário Rui
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1961-2021: 60.º aniversário do início da Guerra Colonial


 Em 1962, o Movimento Nacional Feminino, criou o Aerograma, também conhecido “bate-estradas”. A sua principal função, era a correspondência, com a sua madrinha de guerra, para ajudar a levantar a moral das tropas e matar saudades da sua terra, ajudando assim a passar o tempo. Na Metrópole o seu custo era de $20 (2tostões), vendidos às suas famílias, mas no Ultramar, eram gratuitos. Existiam 2 tipos, o azul, que eram enviados da Metrópole para o Ultramar, e os amarelos que eram destinados ao uso exclusivo no sentido Ultramar/Metrópole. Os anúncios das madrinhas de guerra eram publicados na Crónica Feminina. Os militares enviavam os aerogramas, para os Correios das terras que escolhiam, com os seguintes endereços: “à menina mais bonita que encontrar, ou à menina que se dignar corresponder-se como madrinha de guerra com um soldado ao serviço no Ultramar”. O carteiro, quando saía para a rua, tinha essa “missão”, de entregar todos os aerogramas, e depois as meninas, respondiam ou não, mas a maior parte aceitava ser madrinha de guerra. Muitos casamentos se realizaram, e ainda se mantêm, segundo conta no seu livro, Madrinhas de Guerra, a jornalista aveirense Marta Martins Silva. O Movimento Nacional Feminino foi uma organização do Estado Novo, criada por iniciativa de Cecília Supico Pinto, em 1961,e apoiada por António de Oliveira Salazar, para dar moral, às tropas que combatiam, lá longe no Ultramar. Mobilizou mais de 300mil ”madrinhas de guerra”.

(imagem: Cortesia de Agostinho Pinto


Mário Rui
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Portugal venceu a Hungria


Portugal venceu a Hungria e essa é a boa notícia. A má, é que continuamos a confiar sem desconfiar do inimigo invisível.

Estarei por certo enganado, e até creio que a causa de todos estes efeitos poderá estar na actividade da minha imaginação e numa vista penetrantíssima. Mas, estar num estádio a abarrotar de gente, numa altura em que o mundo está cheio de nevoeiros pandémicos difundidos por toda a parte, não será o chamado orgulho do fracasso em termos de combate ao coronavírus? É caso para dizer, arrisquemos, pois, com a consciência tranquila, e depois discursemos contra o mal do mundo. Quem isto permite e quem isto aceita ainda não percebeu que é subestimando o inimigo que se perdem as guerras?  


 
Mário Rui
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Observações esparsas

Não sei bem que relação há entre uma grua e um avermelhado poente. São observações esparsas, não pretendem traçar um diagnóstico de conjunto, mas indicam fortemente no sentido de que importa é aproveitar o momento. Aproveitar um enfoque, o sentido deste conjunto de coisas, não foi, claro, por nenhuma intenção profunda. Foi por autêntica incapacidade de fazer de outro modo. Mas, como hoje também é difícil encontrar alguém capaz de fixar um conjunto sem sentido na mente por dez segundos, a imaginação voa logo para um rendilhado de frivolidades em torno do nada, resolvi fazer desta imagem sem fundamento o que vi neste ar avermelhado; um feixe de certezas colectivas reconfortantemente indiscutíveis e que, de quando em vez, convém fixar por dez segundos. E fiz bem, até porque agora toda a diferenciação do pior que se vê ou não se vê, do melhor que se sente ou não sente, do que está mais alto e do que está mais baixo, acaba sempre condenada como discriminatória e até racista.

 

Mário Rui
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