terça-feira, 20 de julho de 2021

Marcelo dá oportunidade a Cabrita de comentar acidente, mas ministro fica em silêncio

"Não, entende que não." Marcelo dá oportunidade a Cabrita de comentar acidente, mas ministro fica em silêncio

Marcelo para Cabrita: "Normalmente quando o Presidente está presente, os ministros não falam. Mas enfim, mas se quiser". E, perante a recusa do ministro, disse: "Não, entende que não".

Relativamente à ocorrência onde esteve envolvido o carro que transportava Eduardo Cabrita, não devo opinar já que não conheço os contornos do sucedido, para além de achar que “o acidente” está sempre à espreita de uma oportunidade. Quanto ao resto, isso sim, devo falar, e para dizer que, fosse a vítima mortal uma figura de proa e a coisa subsequente teria corrido de outro modo. Mas não, o infeliz trabalhador chamava-se “Zé Ninguém”, e os poderosos costumam dar às pessoas com um nome destes um péssimo futuro, mas sem que nunca lhe tenham perguntado pelo passado. Não afirmo obviamente de quem é a culpa pois, intelectualmente, sei que devo dizer a verdade a todo o custo. Mas acho muito estranho o facto do gabinete de Cabrita, e ele próprio, não revelarem a velocidade a que circulava e acusarem a obra de não estar assinalada, o que a Brisa desmente.  Por outro lado, logo após o embate, Cabrita terá ficado sentado no lugar que ocupava na viatura, e, isto, porque segundo julgo, se saísse poderia ser atacado por um batalhão de leprosos que todos os dias percorrem a autoestrada A6 em busca de ministros. Mas eu pergunto; que merda de protocolo é esse que impede que, na situação em concreto, um homem-ministro não possa sair do carro para reconhecer as áreas em que tem limitações e estreiteza no seu modo de pensar e agir? Será que este sujeito tem medo de olhar para si próprio, tem medo da crítica ou terá medo do poder que lhe prometeram e que nunca soube como usar com tino? Se assim for, uma certeza eu tenho; é que todos os opressores, todos os que escondem verdades, todos os que se limitam, numa circunstância destas, a mandar flores às viúvas, vêm das tuas próprias fileiras. Ainda são mais medíocres do que tu e, isso, desonra-te!


Mário Rui
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