quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

O compasso da moral



















Quanto ao estado “alegre” da senhora deputada Glória Araújo, recentemente detida pela PSP quando conduzia a sua viatura, nada se me oferece dizer.  Há assuntos que devem ser tratados com a mesma cautela, resguardo e harmonia, de que usamos em colher as rosas. E quanto a este assunto, por aqui me fico. O  que verdadeiramente me choca, isso sim, são os vapores anestesiantes que sobem à cabeça de outras pessoas com assento na Assembleia da República. – ver aqui. Vapores que, impregnados de total indiferença quanto ao quadro de valores das demais pessoas, acabam por denegrir qualquer juízo de Salomão ; « ... o presidente do Conselho de Administração da Assembleia da República, Couto dos Santos, defende que não faz sentido obrigar os deputados a apresentarem atestados médicos em caso de doença porque são “responsáveis pelos seus actos” e é preciso ter “confiança em quem elegemos ». Bonito, sem dúvida! Nem é tanto pelo modo como o diz,  mas sobretudo pela insensatez com que reveste o que diz. Como se estivesse a falar para ineptos. Confrangedor, este modo corporativo em que se baseia a defesa de pares de função. Quase arrisco dizer que nem a própria visada se sentirá confortável com tal argumentário. Melhor seria estar calado já que às vezes assim ficar também é uma boa opinião. Realmente quem precisa de um atestado médico, mas com extenso e conciso relatório, é este presidente. Couto dos Santos! E quanto a ter confiança em quem elegemos, estamos conversados. Nem vale a pena opinar. No rescaldo deste caso, o que fica patente é que são infinitos os erros que têm resultado a alguns homens  por terem personalizado as suas próprias abstracções, vacuidades.

Mário Rui

Winston Leonard Spencer Churchill



















“Não existe opinião pública,existe opinião publicada”

Winston Leonard Spencer Churchill nasceu prematuramente a 30 de Novembro de 1874, em Blenheim Palace, Oxfordshire, na Inglaterra. Depois de uma carreira militar de pouco sucesso, incluindo o fracasso da Operação Dardanelos, em 1915, durante a I Guerra Mundial, veio a destacar-se como um dos maiores estadistas da história. Nomeado primeiro-ministro em 1940, o seu nome ficou indelevelmente ligado às vitórias que a Grã-Bretanha conseguiu na II Guerra Mundial, ao comandar a resistência europeia contra a Alemanha nazi. Embora o sucesso da vitória seja incontestável, Churchill não teve o apoio necessário dos ingleses, quando tentou a reeleição, e foi derrotado pelos trabalhistas nas eleições de 1945. Retornou ao poder em 1951, ano em que foi premiado com o Nobel da Literatura pela publicação das suas memórias. Em 1955, retirou-se da vida política. Morreu em Londres, em 24 de Janeiro de 1965. Quarenta e nove anos após a sua morte, é caso para afirmar que os dedos de uma só mão chegam para contar outros tantos que se lhe igualaram. E que falta fizeram à velha Europa.

Mário Rui