quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Tu cá, tu lá!



Mário Rui

Dos homens superficiais.



Há muitas luzes apagadas e aquele que com a vista penetrou bem fundo no Universo, adivinha muito bem quanta sabedoria reside no facto de os homens serem superficiais.

Marinho e Pinto, Bastonário da Ordem dos Advogados, foi constituido arguido pelo crime de difamação de um juiz. Pelo que disse publicamente de um juiz de direito, em diversas ocasiões, nunca lhe citando o nome, num exercício corajoso de ignomínia. Já estamos fartos de almas como a deste bastonário. Não é, nem nunca será um verdadeiro e puro artista , nem na concepção, nem na execução. É justamente por isso que o seu drama é uma coisa ao mesmo tempo fria e ardente, tão apta para gelar como para inflamar. A justiça precisa é de quem faça sempre a mesma coisa. Pode ser fria ou ardente, mas que seja sempre e só uma. De outro modo, qualquer dia só lançará mão de palavras com intenção difamadora e ao mesmo tempo verborreia afável. Assim, ninguém compreenderá que tipo de homem é este. O conselho que lhe dou, também sou conselheiro, é que viva com uma imensa e orgulhosa calma: sempre para além de. Ter e não ter, arbitrariamente, razão, há-de levá-lo um dia ao deserto. E aí, mesmo as palavras fortes, somem-se com os ventos fortes de tal lugar. De facto há homens muito superficiais e há sempre, mais tarde ou mais cedo, um tímido olhar de solidão. Porque não te calas, Marinho?

Mário Rui

Mais uma leitura



Mário Rui

Fim das ilusões, ilusões do fim.



Não sendo uma edição recente, é de 2006, não deve deixar de ser lido.

Sinopse do livro:


"Este livro tem dois lados, o dos modelos e o dos factos. É um texto escrito em módulos, permitindo que a sua leitura seja feita por capítulos isolados. Em cada capítulo é explorada uma razão sufi ciente para se identificar o que gera a dinâmica da crise política em Portugal. Se cada capítulo é suficiente para se compreender como se chegou até aqui, é a articulação de todos os capítulos que estabelece a plataforma para se sair daqui. Para se romper a circularidade que vai do fim das ilusões para as ilusões do fim é necessário promover a emergência do real, rompendo o labirinto de espelhos em que os protagonistas políticos aprisionaram Portugal."

Mário Rui