segunda-feira, 30 de abril de 2012

Um dia o templo vem abaixo




















Ontem, era em 2015. Hoje, já é em 2018.  Assim vão os subsídios da função pública. Ora vão, ora voltam, mas a consistência desta conversa começa de facto a enfermar de debilidades político-discursivas. Sacrifícios, já todos nós os sentimos e percebemos. Decorrem dos homens impreparados em quem votámos, os que votaram, mal e vezes de mais, e que nos aliciaram com um mar de rosas quando afinal desaguámos num oceano profundo e tenebroso de inverdades. Mentiras. Já chega!  Para nos mentir já bastou o que agora estuda, em Paris,  a maneira filosófica de regressar.  O que diria Aristófanes, em a ‘Vespa’, se hoje discutisse a importância da verdade e seus benefícios, revelando a sua preocupação com a ética. Afinal é disso mesmo que me apetece falar. Da verdade. Até pode ser irremediavelmente certo que só lá para o fim do século XXI, se recuperem estes subsídios. Não me conformo é com patranhas, palavras loucas e incertas. De um momento para o outro, esta miséria disforme de palavras, junta-se e pesa sobre o coração dos que têm casa, filhos, impostos, taxas, obrigações, deveres, e nunca direitos. Alerta! Vem aí mais uma má notícia. Desta feita o famigerado I.M.I., que corresponde ao espaço geográfico que cada uma das nossas casa ocupa no universo celestial (leia-se Céu), só assim o percebo, também vai sofrer alteração. Mais caro. É outra mentira. Então se compro uma habitação própria, compro o terreno onde está implantada, pago a luz, a água, o saneamento, o gás, a televisão, o telefone, a taxa de rádio (à boa maneira salazarista) e, ainda por cima valorizo a terra onde habito, como é possível que mais tenha de desembolsar para aí poder estar?  Assim, mais vale não estar. Mais um imposto oco e que a todos os que o pagam só lhes retira vontade de cidadania e nojo pelo erro de quem pensa que este é o bom processo de tonificar os portugueses. E a nossa vida vai andando sob o signo da impotência. Até um dia... até quando?

Mário Rui