terça-feira, 13 de maio de 2014

Procol Harum - A Whiter Shade of Pale, live in Denmark 2006





Crème de la crème


Os prazeres do que se pode recordar não são os únicos sacrificados no altar desta vida apressada em nome de quase tudo e afinal de quase nada. Lançada em 12 de Maio de 1967, já lá vão quase cinquenta anos, “A Whiter Shade of Pale” é seguramente um dos mais marcantes vínculos cravados no imaginário de várias gerações sendo, ainda hoje, como que o espelho dos efeitos que provocou outrora. Efeitos atingidos graças à nossa engenhosidade, dedicação e porque não às habilidades adquiridas com dificuldades - o que custava cativar, mas como era bom seduzir nessa altura – numas tardes que apenas exigiam tacto, algum bom gosto e depois a recompensa. Algo que fazia muitas pessoas felizes e provavelmente era vital para a felicidade de todos os que pelejavam em busca de instantes doces. Então, o orgulho pelo trabalho bem feito, pela destreza e astúcia, quantas vezes pela realização de uma conquista que parecia assustadora quase em jeito de superação de obstáculo inexpugnável, era coisa que nos dava capacidades de aprender e dominar novas habilidades. E que não se duvide da satisfação do então artífice e muito menos da auto-estima que ao par era transmitida. Era ventura oferecida por respeito aos dois. Agora estou nesta! Tremo ou choro?  Procol Harum, obrigado!!!



Mário Rui
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Em Fátima a 13 de Maio


















Independentemente dos nossos credos religiosos, quantas vezes vincadamente diversos e antagónicos, todos desejam viver com dignidade e sem humilhações ou medos. É por isso que o respeito que deve assistir à boa fé dos que a têm, ainda que alguns “profetas-adivinhos” a entendam como alienação, só pode conferir aos primeiros um nobre culto de sentimentos. É esta nobreza de carácter inalienável e não a tagarelice ambiente que traz esperança, mesmo sabendo-se de antemão que ninguém é dono da razão e nem mesmo do espírito. Quanto à fé, cada qual tem a que quer e, soberba das soberbas, só se abre a ela por livre vontade. Também a tenho e muito me agrada saber que sou um idiota quando me ponho a divagar sobre os actos de confiança religiosa de natureza pacífica em que muitos acreditam. Acreditar também significa tranquilidade e segurança sendo que, para além disso, há verdades que se descobrem, não se inventam!
 
Mário Rui
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