sábado, 7 de março de 2015

Torreira-Sol












 
 
 
 
Mário Rui
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Pode uma medalha da cidade ferir um executivo? No Porto, pode!



“O Porto é uma cidade livre e devemos ter a liberdade de dizermos o que queremos”

Não disponho aqui nem do espaço nem da intenção de discutir esta séria e imensa problemática (LER AQUI) , nomeadamente dos conceitos que presidem a estas atribuições. Apesar disso, entendo que não bastará dizer “sente-se, aqui está a sua condecoração”. Para a dar, o percurso dos condecorados deveria estar sempre associado a um sólido processo. Ora, ignorante como estou quanto a alguns “processos”, coisa que não abona em meu favor, reconheço, fico-me então pela ideia de que há uma moderna presunção que entende que medalhas são coisas que podem ser exploradas sem limites. Este risco da gratuidade, digo eu, está a por em causa as leis absolutas do belo, da verdade, do sério e do bem. Mas enfim, quando começo a pensar alto dá-me para isto, eu que tenho a mania que nobilitar outrem devia ser acto elogioso pelas virtudes inequívocas desse mesmo. Bom, ainda albergo algumas esperanças, desde logo quanto às melhoras da minha lenta compreensão para talvez depois abandonar estas minhas insolentes opiniões acerca do justo e do injusto deste mundo cujo grande despropósito é justamente não lhe perguntarmos qual é o propósito.


Mário Rui
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Rádios Locais - Das Piratas à Internet


«Eu sei que a vida tem pressa que tudo aconteça sem que a gente peça. O tempo é coisa rara e a gente só repara quando ele já passou. Não sei se andei depressa demais, mas sei que algum sorriso eu perdi. Vou pedir ao tempo que me dê mais tempo para olhar para ti.»

 
Um livro a ler e especialmente uma memória de tempos idos, a reter, tal como hoje me disse, logo pela manhã ao telefone, o meu amigo Zé Eduardo Matos. Avivou-me o modo como ele, eu e outros tantos, em 1987/88, conseguimos dar império a tão arrojado projecto. Juntámos estrelas, fontes e mágoas e a aparição contentou muitos e a poucos desagradou. Amassámos os nossos esforços com os nossos génios e valeu a pena. Estivemos nessa Revolução, disse-me ele! Há 25 anos! A Rádio de Estarreja! Zé, obrigado pela memória.
 


Mário Rui
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A minha aldeia



A minha aldeia
Minha aldeia é todo o mundo.
Todo o mundo me pertence.
Aqui me encontro e confundo...

com gente de todo o mundo
que a todo o mundo pertence.
 
Bate o sol na minha aldeia
com várias inclinações.
Angulo novo, nova ideia;
outros graus, outras razões.
Que os homens da minha aldeia
são centenas de milhões.
 
António Gedeão
 
 
 
Mário Rui
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O RIO DE JANEIRO CONTINUA LINDO!




450 anos da cidade do Rio de Janeiro

“[…] escolhi um sítio que parecia mais conveniente para edificar nele a cidade de são sebastião, o qual sítio era de um grande mato espesso, cheio de muitas árvores grossas, em que se levou assaz de trabalho em as cortar e alimpar o dito sítio e edificar uma cidade grande cercada de trasto de vinte palmos de largo e outros tantos de altura, toda cercada de muro por cima com muitos baluartes e fortes cheio d’artilharia. E fiz a Igreja dos padres de Jesu […], e a sé de três naves também telhada e bem consertada, fiz a casa da câmara sobradada, telhada e grande, a cadeia, as casas dos armazéns e para a fazenda de sua alteza sobradadas e telhadas e com varandas, dei ordem e favor ajuda com que fizessem outras muitas casas telhadas e sobradadas.”

 
 
Mário Rui
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SLB - 111 Anos





Mário Rui
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Os labirintos da memória – “vanitas vanitatum et omnia vanitas”


Os labirintos da memória – “vanitas vanitatum et omnia vanitas”

“Eu não guardo memória”, “Em sã consciência eu não sabia.”

Audição de ontem – 26 de Fevereiro - na comissão de inquérito ao BES/GES

Uma memória assim não é certamente material para uma sociedade, razão pela qual o grau que a caracteriza a torna incapaz de racionalidades que a possam ligar ao respeito das outras pessoas.

Mas também há um país que não se respeita a si próprio, um país que permite estas obscenidades, que mais se assemelham a copulações interactivas, que insiste em deixar incólumes virulências desta natureza, é um país que só ajuda à destruição das suas próprias e necessárias imunidades que façam frente a esta e a outras doenças semelhantes. Falta de memória, virulência, terrorismo, tudo em doses devastadoras que nos fazem perder a ideia de pátria. A bolha de sabão que brilhava à frente deste senhor, tornou-se água vulgar, pese embora até podermos perceber este “fantasma da perfeição”. O que jamais perceberemos é o esquecimento a que certas consciências se arrogam e para o qual só haverá porventura uma explicação: esquecimento assim construído é apenas o último refúgio dos canalhas!!! Principalmente quando as guerras do ego e da vaidade adoecem a razão.

 

Mário Rui
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A Alegria da Revolução


Adoro as entrevistas do senhor vigário Freitas do Amaral. Um homem, um passado, um testemunho da história. Cito apenas alguns assuntos por ele recorrentemente abordados a cujo conteúdo o meu ego não resiste; “coisas da vida”, “utopia ou precipício”, “comunismo estalinista e socialismo”, “democracia representativa”, “irracionalidades do capitalismo”, “revoltas modernas exemplares”, “algumas objeções comuns”, “o domínio crescente do espectáculo”, “excitação preliminar”, “descobertas pessoais”, “intervenções críticas”, “o estilo insurreccional“, “o escândalo de Bruxelas”, “reformas e instituições alternativas”, “inconvenientes do moralismo”, “vantagens da audácia”, “momentos decisivos”, “causas das diferenças sociais”, “auto-organização popular”!!! Tudo coisas ao jeito de Ken Knab em “A Alegria da Revolução”. Verdadeiramente robustíssimo, FA, verdadeiramente valentíssimo, embora pelejando pelos homens, fica-se sempre pela luta contra os ventos, os mares, as marés, contra o Céu, contra o Sol. A democracia-cristã e a social-democracia estão atónitas. Como é que perdemos uma figura destas, perguntam. O socialismo agradece a coroa, ou coroas, que foram postas sobre a cabeça de tão eminente Salomão.



Mário Rui
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‘Portugal está diferente’




‘Portugal está diferente’, diz António Costa (parece-me que quis dizer para melhor)

Dúvida existencial, a minha: estão a acabar os aldrabões ou será que a coisa que causa mais horror a qualquer pessoa é acordar, uma manhã, diferente do que era na noite anterior? Quer dizer, perder o sentido da sua própria arquitectura interna. Baloiço na tentativa de perceber este mundo onde uns matam o “profeta” mas logo a seguir aparecem a premiar as “profecias”. Bom, mas se ele o diz... ... ...

Vou alistar-me no sono. Boa noite!


Mário Rui
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Panathinaikos 2 – Olympiacos 1



 
 Vítor Pereira no centro
 

Antes do início do dérbi, que o Olympiacos perdeu por 2-1, Vítor Pereira aproximou-se de uma das balizas, situação que acabou por desencadear a ira dos adeptos da equipa da casa, que de imediato lançaram fumos e tochas para a zona onde estava o técnico. A situação ainda ficou mais tensa quando a claque forçou a entrada no relvado, ainda antes do início do jogo, levando a que a comitiva do Olympiacos e os jogadores que faziam o aquecimento tenham corrido para o túnel de acesso ao relvado.

 
Coitadinho do Vítor. Como exemplo de bom treinador, fez aquilo que qualquer bom treinador faz em qualquer parte do mundo, antes mesmo do início do jogo. E então foi pacificamente até à baliza à frente da bancada das claques adversárias, a escolha da “gateira” não é arbitrária, como de resto estipula o regulamento oficial. Munido das habituais ferramentas usadas para a corriqueira inspecção ao “galinheiro” que fica mais perto da claque do rival, que todo o ‘mister’ que se preze deve fazer, de resto função que lhe está cometida de modo a que depois possa enviar o relatório da auditoria para a FIFA, começou por medir a altura da relva à boca da baliza, depois passou à verificação da cor e espessura da tinta da mesma, sendo o passo seguinte, sempre conforme as regras, a medição do ângulo entre o poste e a trave. Até aqui, tudo normal. Finda a inspecção ao tamanho da malha da rede da baliza, preparava-se para fazer o cálculo da distância entre esta última e o primeiro adepto do Panathinaikos, item final a observar segundo o check-list imposto pela FIFA quando, sem contar, e depois de se ter despedido dos tais adeptos rivais com um respeitoso “muito obrigado e boa noite”, lhe começam a chover em cima fumos, tochas e fogo. Conclusão disto tudo; os adeptos do Panathinaikos são uns parvos pois não se dão bem com tanta educação do treinador português. Ah, mas também é de considerar que o Vitor não deve ter medido bem as distâncias, as verbais, aquando da última verificação efectuada. Mas disto não vejo alusão na imprensa pelo que o problema deve ser mesmo dos gregos que por certo se dão mal com certas “educações” estimadas e catequizadas, carago, em outros tantos relvados. Coitado do Vitor.
Mário Rui
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