sábado, 7 de março de 2015

Os labirintos da memória – “vanitas vanitatum et omnia vanitas”


Os labirintos da memória – “vanitas vanitatum et omnia vanitas”

“Eu não guardo memória”, “Em sã consciência eu não sabia.”

Audição de ontem – 26 de Fevereiro - na comissão de inquérito ao BES/GES

Uma memória assim não é certamente material para uma sociedade, razão pela qual o grau que a caracteriza a torna incapaz de racionalidades que a possam ligar ao respeito das outras pessoas.

Mas também há um país que não se respeita a si próprio, um país que permite estas obscenidades, que mais se assemelham a copulações interactivas, que insiste em deixar incólumes virulências desta natureza, é um país que só ajuda à destruição das suas próprias e necessárias imunidades que façam frente a esta e a outras doenças semelhantes. Falta de memória, virulência, terrorismo, tudo em doses devastadoras que nos fazem perder a ideia de pátria. A bolha de sabão que brilhava à frente deste senhor, tornou-se água vulgar, pese embora até podermos perceber este “fantasma da perfeição”. O que jamais perceberemos é o esquecimento a que certas consciências se arrogam e para o qual só haverá porventura uma explicação: esquecimento assim construído é apenas o último refúgio dos canalhas!!! Principalmente quando as guerras do ego e da vaidade adoecem a razão.

 

Mário Rui
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