sábado, 7 de março de 2015

Pode uma medalha da cidade ferir um executivo? No Porto, pode!



“O Porto é uma cidade livre e devemos ter a liberdade de dizermos o que queremos”

Não disponho aqui nem do espaço nem da intenção de discutir esta séria e imensa problemática (LER AQUI) , nomeadamente dos conceitos que presidem a estas atribuições. Apesar disso, entendo que não bastará dizer “sente-se, aqui está a sua condecoração”. Para a dar, o percurso dos condecorados deveria estar sempre associado a um sólido processo. Ora, ignorante como estou quanto a alguns “processos”, coisa que não abona em meu favor, reconheço, fico-me então pela ideia de que há uma moderna presunção que entende que medalhas são coisas que podem ser exploradas sem limites. Este risco da gratuidade, digo eu, está a por em causa as leis absolutas do belo, da verdade, do sério e do bem. Mas enfim, quando começo a pensar alto dá-me para isto, eu que tenho a mania que nobilitar outrem devia ser acto elogioso pelas virtudes inequívocas desse mesmo. Bom, ainda albergo algumas esperanças, desde logo quanto às melhoras da minha lenta compreensão para talvez depois abandonar estas minhas insolentes opiniões acerca do justo e do injusto deste mundo cujo grande despropósito é justamente não lhe perguntarmos qual é o propósito.


Mário Rui
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