quarta-feira, 16 de maio de 2012

Rei, ama ou quiçá dama.

















Descartes afirmava que tinha a religião do seu rei ou a religião da sua ama. No fim da sua vida, radicalizou a dúvida e colocou em questão até mesmo os sentidos, duvidou da génese da percepção. Ainda assim, olhando para ele mesmo, percebeu que há coisas mais difíceis de serem postas em dúvida pelos sentidos, como o facto de ele estar onde está, vestido de determinado jeito, agindo de determinada forma. E se tais coisas não passarem de um sonho? Ou se tudo aquilo que vê – por exemplo, as próprias partes do seu corpo – não passarem de meras ilusões? Nesse momento ele já não conseguia mais distinguir o real do ilusório. Foi conterrâneo de François Hollande.

Religião, em França, felizmente ainda há. Rei, já não! Amas também já rareiam. Sobram só damas. Cuidado Hollande... ...

Mário Rui