quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

KIEV - violência gera violência




















Violência gera violência e ninguém sabe onde vai parar toda a situação que se vive em Kiev. Vejo imagens onde as posições extremadas dos manifestantes e do governo não auguram nada de bom. Nos bastidores de todas estas condenáveis violências está a Rússia e a União Europeia que, parece-me, assistem ao desenrolar dos acontecimentos deixando que se percam vidas humanas em nome de um medir de forças entre Bruxelas e o Kremlin. Não o têm dito tacitamente mas lá que se têm esforçado em acusações mútuas pelo que está a acontecer, lá isso têm. À brutalidade da política externa do Kremlin face aos vizinhos, a UE responde com a aplicação de sanções aos responsáveis políticos ucranianos. Não sei se é suficiente esta posição de Bruxelas posto que se o Kremlin se lembra de tirar (mais uma vez) “um coelho da cartola”, ou me engano muito ou ainda vamos assistir ao fim de mais uma “Primavera de Praga”. Não? Espero que não e que tudo se resolva a contento da maioria do povo ucraniano. Afinal esta maioria queria uma aproximação à UE, mas de democracia eu cada vez percebo menos e então quando me vêm à ideia os protestos de uma outra praça, a da Paz Celestial, nome irónico, em 1989, aí já não sei mesmo o que significa o termo! Atenção Europa, se este é um continente civilizado então vamos lá sentar à mesa da concórdia a desobediência civil e os que se regem por normas de conveniência política. Ou será de submissão? Não queremos guerra, queremos entendimento.
 
Mário Rui
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