sábado, 2 de junho de 2012

A redenção e o submarino

























Pacto de redenção. Bonito sem dúvida. E com que desprendimento! Estes alemães devem estar a sonhar mas é com o “Pacto de Rendição” que foram obrigados, e bem, a assinar no final da II guerra mundial. Isto só pode ser ressabiamento vindo desse tempo.

Fiquei confuso com a notícia, mas é assim mesmo: « A ideia de criar um “Pacto de Redenção” para a zona euro nasceu na Universidade Johannes Gutenberg, em Mainz, e foi apresentada, pela primeira vez, em Dezembro de 2011, pela professora Beatrice di Mauro na reunião anual do Conselho Económico alemão que se realizou naquela instituição. Aparentemente, a ideia fez o seu caminho e a chanceler Angela Merkel já prefere este pacto à criação de eurobonds, uma questão que levanta grandes dificuldades ao parlamento alemão, o Bundestag, impedido de o fazer constitucionalmente.»

Durante longos séculos o patriotismo e o intelecto germânicos, ressalvando a arte, alguns génios musicais, filósofos e cientistas, nunca engendrou mais do que erros.  Cá p’ra mim, redenção só significa salvação, auxílio ou então, no caso vertente, humilhação. Agora a Alemanha exigir para a redenção dos pecados dos países devedores do Sul o penhor do seu ouro e dos seus tesouros nacionais, é surrealista.
 
Até parece que aquilo que não conseguiram com o regime Nationalsozialismus, do Partido Nazi, formulado pelo cabo Adolfo, e adoptada pelo governo da Alemanha de 1933 a 1945, leia-se carnificina pura e dura, querem agora materializar mas sob uma forma mais delicada embora nem por isso muito diferente na prática. Continuar a roubar o ouro aos outros. Realmente não aprenderam a lição.

Se assim vier a ser, não nos levem por favor o Mosteiro da Batalha, a Torre dos Clérigos ou a Ponte de D.Maria. Os juros da dívida devem chegar. Se não cobrirem o que devemos ainda lhes resta outra opção. Quanto a mim a mais prudente. Mandem um dos vossos antigos “U-Boats”, é suficiente, e encham-no com os políticos portugueses que nos conduziram à humilhação.

Queixar-se-ão os alemães da falta de combustível para a viagem náutica? Nós resolvemos isso. É tudo uma questão de cordame. Mas aí damos cartas. O que mais temos no país são fábricas a vendê-lo. Depois é fácil. Nos Açores fica um desses políticos a puxar à corda o submarino. Outro vai para uma base naval na Alemnha e, desde lá, faz o mesmo. Puxa, puxa até que o submarino lá chegue. Feito isto, os passageiros desembarcam e estabelecem-se em solo alemão para aprenderem mais ciência política, mas com a dona Angela.

Os que tiveram o trabalho de puxar a embarcação, porque tarefa árdua, voltarão a Portugal para gozarem um merecido repouso em Custóias.

Mário Rui

Continuem a mentir-me... ... que eu gosto. Votem, votem, votem.




Mário Rui