terça-feira, 27 de maio de 2014

António Costa avança para a liderança do PS


















António Costa avança para a liderança do PS
Dois dias depois das eleições europeias em que o PS teve uma vitória muito tímida, António Costa mostra disponibilidade para disputar a liderança do PS.
Se o actual secretário-geral do PS, António José Seguro, perder a liderança para António Costa, eu acho que a culpa é toda dele. Porquê? É simples; porque foi muito lambareiro talvez perante as más coisas e um quase sempre céptico ante as coisas menos más (se é que as tivemos) que nos iam acontecendo.
 
Mário Rui    
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Os chapéus e as concomitantes chapeladas





















 




Para os que andam com a cabeça na Lua, nada melhor que o peso de um chapéu. É verdade, há pessoas a quem o chapéu fica bem não só pelo efeito estético que produz mas sobretudo porque é um excelente acessório para manter a cabeça no seu devido lugar. Mais largo ou menos alto, é indiferente. Importante é que fique justo no sítio onde deve estar pois só assim garantirá a eficácia que dele se espera. Chapéu que voe à primeira lufada de ar é cobertura que não serve a cabeças carentes e se se adivinha rajada, então o melhor é mesmo prendê-lo. Pode ser com alças, com banda, fivela, laço, o que se queira, mas nunca por meio de fina guita que possa atraiçoar o amo de tal acessório. A juntar a todos estes benefícios deve-se considerar ainda uma outra vantagem quanto ao uso do dito; quando cansado de si mesmo, pode o enchapelado dar uma de brilho e assim como quem não quer a coisa, querendo-a, terá direito a alguns momentos de fulgor. Se outro não for, pode ser confundido, ou tido, por exemplo, como sendo o Frank Sinatra ou até o Humphrey Bogart dos dias de hoje. Claro que se se tratar de enchapelado mais afoito, passará certamente por Indiana Jones. Tem outro proveito, o chapéu. Quando acontecem aquelas noites que necessariamente, seja qual for o motivo, se prolongam e se prolongam, não haverá qualquer possibilidade de ir à cama quebrando assim o charme obtido pois que não dá jeito nenhum dormir com cogumelo enfiado. Em suma, chapéu ou chapelada das boas é certeza antecipada de sucesso. Não sei da razão porque me deu para falar disto mas se calhar terá a ver com a dificuldade que muitos têm em tilintar com libras de oiro fino e, portanto, a cobertura para a cabeça é uma barata e singular dilatação ajustada aos dias de hoje. E atenção, cai por terra a opinião do Vasco, o Santana, quando dizia que «chapéus há muitos, seu palerma…». Vejam lá bem o tempo que levou a desmontar essa teoria. O chapéu é coisa única! Bom, em suma, entre a pobreza dos meus ideais artísticos e utilitários e a tolice dos meus recursos picturais, há por certo um abismo de incompreensão por parte dos outros que só os pode conduzir a uma ideia; a de que o chapéu está a fazer muita falta mas é a mim mesmo. Tudo bem, mas sigam lá os meus conselhos, aperaltem-se, e depois digam-me se de muitas estranhas cabeças não vão sair aptidões singulares só com recurso a um qualquer chapéu. Fico à espera dos vossos resultados.
 
 
 

Mário Rui
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Os bastidores dos que alcançam metas


















É sempre reconfortante saber-se, ou no mínimo pressentir-se, que o conflito entre civilizações não será a última etapa na evolução do mundo moderno. É agora muito mais expressivo agrupar as diferenças, quando existem, segundo as suas culturas e evoluções sociais. Ainda que as pessoas tenham níveis de identidades diferentes, é possível mudar para melhor a composição e a fronteira dessas mesmas civilizações. O globo seria um sítio muito mais agradável se as interacções humanas fossem sinónimo das convergências conseguidas em lugar das diferenças procuradas que, em regra, significam apenas guerra. Fazem falta mais homens capazes de lutarem pelo crescimento desta consciência civilizacional. Nas crenças religiosas, apesar das inerentes imperfeições, vão-se dando passos promissores. Pena é que no plano político se continue a valorizar o individualismo ideológico, espécie de guerra-fria entre semelhantes, quando afinal as similitudes culturais e as necessidades de cada país, deveriam levar, pesadas as diversidades, à integração do bem comum. Neste caso, imperam os prolongamentos dos clãs tradicionais e só por uma razão; completa ausência de líder, o que consegue antecipar as boas mudanças e desse modo se adianta aos competidores. Essa é razão pela qual subsiste a idiota pergunta «de que lado estás?».
 
 
Mário Rui
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