sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

O culpado é o Natal!


faz anos que costumo ler, por parte de muita gente, verdadeiros insultos dirigidos ao Natal, afrontas que tenho dificuldade em perceber. Tempo de hipocrisia, mentira, faz-de-conta, aldrabice, enfim uma concorrência acirrada de adjectivos que, tanto quanto consigo entender, para a dita gente deve ser mantida por forma a que se não perca esse combo que mistura azedume natalício, intolerância e, isso sim, abolição do que acham postiço. No mais das vezes são tão-só citações vazias, mas embaladas em mantos de sabedoria, e pronto: acha-se esta nata ‘culta e humanista’ porque agora abominar a quadra natalícia é garantia de boa imagem de justiça social. E querem estes artistas vender como normalidade as coisas mais anormais do mundo. Presumo que queiram apagar também milénios de história e pelos vistos apostam na maneira mais rápida e fácil de venderem um pacote pronto e completo de “soluções” para este “mal”, o Natal, de que o mundo padece. Francamente! Então, mas é a quadra natalícia a origem e a causa das injustiças no mundo? Mas, pelo menos uma vez por ano, não aproxima desiguais? É pouco? É, com toda a certeza. Tem coisas mentirosas? Tem, certamente. E o resto do ano? Não vos preocupa? A insegurança, o receio dos mais carentes, o medo de serem esquecidos nos restantes onze meses, não vos dá para sobre eles acenderem os vossos holofotes de verborreia solidária? De Janeiro a Novembro, não encaram o mundo como um grande palco e tudo como uma grande encenação? Não? Isso, na vossa cabecinha não basta para vos colocar como críticos do sistema? Ah, pois, o Natal é o culpado. O vosso problema é que pensar dá muito trabalho. Estudar, mais ainda. E então aprender sobre as realidades exige esforço e tempo, coisas de resto cada vez mais raras no mundo moderno. Deixem lá o Natal para os que nele acreditam já que pessoas fiéis aos seus desejos partilhados nunca fracassam. E se a quadra vos é incómoda, optem pela cientologia. É capaz de ser um caminho melhor para todos vós, embora também possa não dar certo.
 

Mário Rui
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E viva o Ronaldo!



 
Enquanto uns vão dando nota de respeito por um jogador cujos feitos encerram algo que também é nosso, por português que é, e daí que nos reconheçamos em parte personificados numa criação que mostra ao mundo portugalidade, outros há que insistem geometricamente na mais impetuosa agressividade contra o mesmo de sempre, coisa que ajuda muito ao autoengano dos entediados. De facto, o dizer demoníaco no futebol, expresso depois em alguma imprensa(?), é algo que mais facilmente agita um adepto do que o pacifica. Como pode o futebol sequer estar vivo no meio disto, sem que o matem? Tudo um exagero, apenas bílis a funcionar pois essa é a forma que alguns encontram para driblar as suas próprias angústias. Os que dizem e os que passam ao papel a ‘voz do dono’.

 

Mário Rui
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No tempo certo, no sítio certo.

 
 
 
Mário Rui
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Natal 2017

 
 
 
Mário Rui
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