terça-feira, 18 de junho de 2013

Política caprichosa e vingativa





















Inquérito às PPP. Relatório do PSD conclui que negociação das Scut lesou contribuintes

PPP: comissão foi uma encenação para disfarçar desastre da governação, diz PS

PPP. Relator rejeita acusações do PS e garante que documento é factual

PPP. PCP diz que relatório retrata visão do PSD sobre os acontecimentos

Como eu abomino toda esta escória política que se pôs, põe, e se nada mais formos capazes de fazer para o evitar, se porá continuadamente a (des)governar o país. Pior que o desvairado adepto de futebol que só vê uma cor, muito pior que esse, só tal gente para o suplantar. Em qualidade e infelizmente em quantidade. Portugal uno e lar de milhões de pessoas que aspiram a uma vida melhor, não conta para nada. Não interessa esclarecer, importa confundir. Uns concluem do malgastar de outros, depois aportam os seguintes e dizem-nos que se trata de peça para iludir. Desembarcam os próximos e negam o desfecho dos anteriores e, finalmente, saem do vagão descontrolado os que se seguem para repercutir ainda e uma vez mais a velha e relha história da culpa de todos os demais e nunca dos próprios. Inópia política nacional, que envolve insulto dirigido a um povo demasiado ordeiro e que afinal mais não é senão processo intentado contra a boa índole dos portugueses. Perante esta ameaça que objectivamente não se resume a alguns partidos políticos, mas inclui uma gama muito variada de acções violentas e raras vezes agregadoras do bem nacional, tudo o que nos sobeja é a ideia de que estamos entregues a difusas, manipuladoras e matreiras maneiras de tratar a coisa pública. Depois peçam-nos que lutemos pela manutenção de um estar moralizador que vos confira um real reconhecimento social. Enquanto durar esta evolução de escórias anacrónicas que vejo actualmente à minha frente, onde as singularidades partidárias se sobrepõem às verdadeiras necessidades colectivas, Portugal de nome único, não estarei disponível para dar cobertura à legitimação das vossas amorais condutas. Enquanto pressentir o diferencialismo caprichoso e vingativo, fundado na vossa falta de identidade nacional, não vos regalarei com votos. Assim a tanto vos ajude a vossa pouca sabedoria para uma transição do “eu” até uma cultura política confluente onde se entrecruzem razões que engrandeçam o meu país, assim a minha cidadania estará mais perto de vós. Optem então pela cultura política em lugar das interpretações genético-partidárias que vos são tão caras. Portugal agradecerá a vossa abertura, o abandono do hermetismo próprio, e não será por isso que se esfumará a vossa identidade intrínseca.

Mário Rui