segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Orçamento do Estado para 2016


“Este é o seu Orçamento, do BE, do PCP e do PEV”, disse Nuno Magalhães, do CDS.
 “Esta é a vossa oportunidade”, disparou Luís Montenegro, ao abrir as hostilidades do debate em nome do PSD.
“Este não é o nosso Orçamento”, avisou Catarina Martins, do BE.
 “Este não é o nosso Orçamento”, repetiu, ipsis verbis, Jerónimo de Sousa, do PCP.
 “Este é o meu Orçamento”, acabou por assumir António Costa.
(In Expresso online)
O Orçamento pouco orçamentado
Assim sendo, depois desta aturada leitura e especialmente depois desta sofrida e não conseguida torrente solidária da banda esquerda, quem diria, apetece-me resumir a coisa assim:
António Costa; “enganei os coligados e os outros também, mas de boa-fé, porque me enganei primeiro a mim! Deixai-o passar, senhores deputados, porque ele vai onde vós não ides. Deixai-o passar, gente toda do parlamento, devotos da política, porque eu não o entendo, ao orçamento, e vós não entendeis nada dele.”!
Afinal, lá na casa onde tudo se discute, quase há conformidade geral de opiniões. E eu a pensar que não. Pena que eu não tenha senão despesas: lucros, raros!!!
 
Mário Rui
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sábado, 20 de fevereiro de 2016

Já há data para o referendo no Reino Unido


Já há data para o referendo no Reino Unido (LER AQUI)
Eu, que de política europeia, e da outra também, percebo tanto quanto o peixe percebe de bicicletas, confesso, não me custa e fica-me bem, estou cada vez mais perplexo ante esta Europa que se fundou no propósito de um mercado comum europeu, instituições comuns para o desenvolvimento económico, zona preferencial de comércio, área de livre comércio, união aduaneira, mercado comum, união económica/monetária, solidariedade social(?) e, agora, já é coisa distinta do original. Afinal, mudou ontem de forma radical. David Cameron, primeiro-ministro do Reino Unido e líder do Partido Conservador, arrancou vitória sobre os demais e conquistou um “estatuto especial” para o seu país. Ademais, garantiu o direito de não avançar com certas políticas comunitárias sem negociar contrapartidas. Passa ainda a escolher as políticas mais convenientes para o seu país, não quer a moeda única nem dada, migrantes nem vê-los e, ainda por cima, não quer sair do grupo chamado de União Europeia. União, o tanas! Mais me espanta, ainda, que alguns insistam em considerar Angela Merkel como dona da Europa, ela que até disse «que o acordo com o Reino Unido é um "compromisso justo" e que os países da União Europeia (UE) "não deram demais" a Londres nas suas concessões para manter o país no bloco». A diferença está nos pormenores; é que se a Inglaterra já teve uma “dama de ferro”, passou agora a contar com “um homem de aço”. E que carvão ele mete na carruagem! Grande EU, “à la carte”, e vindima mais fértil para o Reino Unido, seria difícil! Cameron, deves estar de parabéns pois fazendo e desfazendo receios – perdidas as evocações desses primeiros tempos de união de facto – lá vais arrecadando os bácoros para a fartura do ano inglês. Dando largas à tua iniciativa de negociante, ainda vais vender os gansos, as galinhas e os tais bácoros ao resto da Europa. Isso é que são projectos de futura prosperidade! Agora união, é um carro com parelha de mulas a puxar a carroça vazia dos outros. Rapaz fino, ou o burro serei eu? E a má, é a alemã? Não me liguem, só digo tolices e devo estar a ver mal a coisa, mas esta vida de sobressaltos e fleumáticas inglesadas vilezas roubam-me o bom-senso. Enfim, a verdade é que quem pode, pode! Bom fim de semana.
 
Mário Rui
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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

"Bem prega Frei Tomás, faz o que ele diz, não faças o que ele faz."


"Bem prega Frei Tomás, faz o que ele diz, não faças o que ele faz." (LER AQUI)

O que me aflige excessivamente a razão e o sentimento é perceber que o raso de algumas personalidades políticas, que antes se diziam diferentes para melhor, é mesmo um raso que só merece um leve sorriso de desdém.  Antes, na oposição,  revoltavam-se contra os pontífices da autoridade, eleitos pelo povo, diga-se de passagem, quando estes se excediam nos actos e palavras decorrentes do poder  que a maioria lhes havia confiado. Assomavam-se assim como seres que tinham escrito nas frontes o sinal da rectidão moral e da infalibilidade política quando um dia fossem governo.  Afinal, hoje, de diferentes, nada têm. São apenas a costumeira banalidade que insiste em dormir bem instalada na sua cama de privilégios. São tão respeitadores de conveniências próprias que realmente fico-me pelo leve sorriso de  desdém! Mais do que isto já seria desrespeitar a minha própria dignidade!
 
Mário Rui

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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

E o que é isso do amor?


Na véspera do dia dos seduzidos
E o que é isso do amor?  É amanhã? E não pode ser hoje?
É às vezes a incessante ansiedade e tensão da dúvida, outras tantas o dia inteirinho de prontidão mesmo que o empreendimento exiga roupas novas em vez de novos apaixonados. Camões chamou-lhe fogo que arde sem se ver, Espanca queria amar, amar perdidamente, outros dele disseram ser coisa que se ergue no firmamento em desenho profundo.  Todos devem ter razão pois percebe-se ser um dos poucos sentimentos que arranca do coração meigos lentos quer se esteja na prisão da incerteza ou na certeza da companhia que transforma. Pronto, talvez seja isto o amor e porque desamar por nos termos enganado é, de facto, muito idiota, mais vale achar que fora o amor, a amizade e a beleza interior, não há certamente muitas outras coisas capazes de alimentar uma vida. Não se enganem pois na paixão!
 
Mário Rui
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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Rádio Voz da Ria - Estarreja

 
 
 
Mário Rui
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terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Se o tempo não deixa


Se o tempo não deixa, se a chuva insiste em mostrar a extensão dos seus vastos impérios, se o Entrudo não sorri, se havemos de ficar nessa forma de penitência intencional, então manda a sabedoria que não nos desesperemos com as coisas. Elege-se pois outro modo de vida na espera de que o Sol nasça todas as manhãs, mesmo quando não nasce, e de que nunca é tarde demais para abrirmos mão de coisas cruzadas. O que hoje se aceita em fazendo contas de cabeça, louvando em silêncio uma folha de jornal, pode revelar-se amanhã como um equívoco. Talvez, até, quem sabe, mera fumaça de opinião que por ora se toma por céu limpo e azul, mas pouco mais se pode fazer. Se fosse eu a decidir, bem que gostaria de contar tudo o que sei a propósito do tempo ruim e depois pintaria no meu portão, só para esse danado: Entrada Proibida!
 
Mário Rui
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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

O Regicídio de 1 de Fevereiro de 1908


A 1 de Fevereiro de 1908, no regresso de mais uma estadia em Vila Viçosa, o rei D. Carlos e o princípe herdeiro D. Luís Filipe, são assassinados em pleno Terreiro do Paço.
De um só golpe, Costa e Buiça, decapitavam a monarquia portuguesa, deixando o trono nas mãos de um pouco preparado D. Manuel, sem capacidade nem margem de manobra para gerir uma situação política explosiva que culminaria com a queda da monarquia e a implantação da República a 5 de Outubro de 1910.
O Regicídio de 1 de Fevereiro de 1908, ocorrido na Praça do Comércio (na época mais conhecida por Terreiro do Paço) em Lisboa, marcou profundamente a História de Portugal, uma vez que dele resultou a morte do rei e herdeiro, marcando o fim da última tentativa séria de reforma da Monarquia Constitucional e, consequentemente, uma nova escalada de violência na vida pública do País.
Mário Rui
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