quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Papa Francisco







































Os actos solenes fundados no isolamento deixam os crentes solitários. Talvez no oposto estejam os pressupostos que norteiam, e bem,  a conduta do Papa Francisco. Uma linguagem comum de união!  Gosto de gente deste quilate.
 
 
Mário Rui

Os sonhos de Otelo

 
(Otelo de Carvalho em entrevista dada ao "Jornal de Negócios" em 2011)
Otelo: precisamos de um homem honesto como Salazar
21 Abril 2011
Otelo Saraiva de Carvalho acredita que Portugal precisa "de um homem com inteligência e a honestidade do ponto de vista do Salazar" para resolver a crise que atravessa.
Em entrevista ao "Jornal de Negócios", o "capitão de Abril" sublinhou que "precisávamos de um homem com inteligência e a honestidade do ponto de vista do Salazar, mas que não tivesse a perspectiva que impôs, de um fascismo à italiana (...) Alguém que fosse um bom gestor de finanças, que tivesse a perspectiva de, no campo social, beneficiar o povo, mesmo e sobretudo em detrimento das grandes fortunas".
Otelo Saraiva de Carvalho elogia o que se fez a seguir à revolução "ao nível da educação, da saúde". "Houve um rápido crescimento do nível económico das populações a seguir ao 25 de Abril à custa das reservas de ouro que o forreta do Salazar tinha amealhado no Banco de Portugal, mas depois, esgotada essa possibilidade, a coisa começou a entrar em dificuldades", salientou.
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Ou estou a ficar mentalmente desordenado, ou estou com visões cristalizadas do país, que me estão a toldar o raciocínio, ou será mesmo Otelo a passar-se para o lado oposto? Das três, uma! Não é minha intenção fazer “juízo de valor” quanto ao pensamento político do senhor mas, devo dizê-lo, tem dias em que eu próprio sou tomado por alucinações que me segredam; «o que aparece é bom, o que é bom aparece». Mas convenhamos que há um aspecto em que Otelo avalia bem; já houve uma época em que se conseguiu evitar a degradação do ser em ter. No mínimo dá para reflectir. Pois então reflictam, se quiserem, em todo o caso considerem que Otelo não estaria a fazer filosofia, poderia estar antes a filosofar a realidade. É a minha opinião. E já agora devo acrescentar que se uma dada necessidade – mesmo má – se encontra social e economicamente sonhada, o sonho torna-se às vezes necessário. Pois deixemos Otelo sonhar ... já que existem dois tipos de sonhos. Um, é resultado de manifestação instintiva ou mecanismo inconsciente que revive lembranças de factos ocorridos no dia a dia, sendo o mais comum quando ainda em sono leve. Este pouca importância e pouca influência tem na nossa vida diária. O outro, é o sonho que impulsiona a vida quando se está bem acordado. Bem gostaria de ter percebido em qual destes repousariam as palavras de Otelo.
 
Mário Rui

O dia em que os marcianos nos invadiram



30 de Outubro de 1938
Há 75 anos, o pânico apoderou-se de milhões de americanos que ouviram em "directo" a adaptação radiofónica da "Guerra dos Mundos"

No dia 30 de Outubro de 1938, já a seguir ao jantar, pouco depois das oito da noite, quando milhões de americanos passavam o serão de domingo a ouvir um musical, começou a "invasão" da Terra pelos marcianos. O desembarque dos "homenzinhos verdes" no planeta azul foi referenciado no estado da Nova Jérsia. A música de salão que ecoava em milhões de lares americanos foi interrompida para uma informação de última hora, segundo a qual um professor do Observatório de Mount Jennings, em Chicago, informava ter observado explosões em Marte. A música de dança foi retomada até nova interrupção, durante a qual outro cientista, do Observatório de Princeton, Nova Jérsia, Richard Pierson, foi entrevistado pelo telefone, com avisos à audiência de que podia ser interrompido a qualquer momento por outros comunicados. "Fomos informados de que, por volta das 8h50, um gigantesco objecto brilhante, que se julga ser um meteorito, caiu numa quinta nos arredores de Grovers Mill, Nova Jérsia, a 22 milhas de Trenton." O "jornalista" Carl Phillips disse que tinha acabado de receber uma nota segundo a qual um impacto semelhante ao de um sismo ocorrera em Princeton. Depois relatou em tom dramático: "Senhoras e senhores, isto é a coisa mais aterradora que jamais testemunhei... esperem um minuto! Alguém a rastejar. Alguém ou... alguma coisa. Vejo sair daquele buraco negro dois discos luminosos... serão olhos? Pode ser um rosto. Pode ser... Deus do Céu, qualquer coisa sai das sombras parecida com uma serpente cinzenta. Agora outra, e outra, e mais outra. Parecem-me tentáculos. Já estou a ver o corpo da coisa. É maior que um urso e parece vestido com cabedal brilhante. Mas aquele rosto é... indescritível, senhoras e senhores. Tenho de me forçar para conseguir olhar de tão assustador que é... Os olhos são negros e sinuosos como os de uma serpente. A boca é em forma de V, com a saliva a escorrer dos lábios, que parecem pulsar." Nesta altura a emissão de Orson Welles há muito captara a atenção do povo americano e a informação seguinte alimentou o pânico: "Senhoras e senhores, acabam de me entregar uma mensagem que veio de Grovers Mill por telefone. Um momento, por favor. Pelo menos quarenta pessoas, incluindo seis militares, estão mortos num campo a leste de Grovers Mill, com os corpos queimados e retorcidos para além de qualquer possível reconhecimento." Por esta altura centenas de pessoas começaram a reportar à polícia avistamentos de homens verdes um pouco por todos os Estados Unidos. Os ouvintes estão literalmente siderados de medo, mas o pior ainda estava para vir quando lhes foi dito que a milícia tinha sido mobilizada e que sete mil homens rodeavam o objecto de metal. Também eles rapidamente seriam obliterados por um "raio de calor". O "ministro do Interior", cuja voz deliberadamente parecia igual à do presidente Franklin Roosevelt, dirigiu-se à nação. "Cidadãos: Não vou esconder a gravidade da situação com que o nosso país está confrontado, nem a preocupação do governo com a protecção das vidas e propriedade do povo... Devemos continuar a desempenhar as nossas tarefas diárias para podermos defrontar este adversário destruidor como uma nação unida, corajosa, e consagrada à preservação da supremacia humana na Terra."
 A emissora informa que o exército foi mobilizado e que a cidade de Nova Iorque estava a ser evacuada. A música continua, mas milhões de americanos estão em pânico total. Ao longo do programa radiofónico foi repetido que se tratava de uma dramatização baseada num livro. Mas era tarde. Desesperadas, as pessoas telefonavam à polícia e aos jornais. Na Nova Inglaterra, milhares de pessoas abandonaram as suas casas e carregaram as viaturas com o que conseguiram para escapar à invasão. Houve relatos de centenas de pessoas em igrejas a rezar, mulheres que abortaram e outras que deram à luz bebés prematuros e também de mortes. Criticado e louvado, Orson Welles ficou famoso. O mesmo não aconteceu ao autor da obra original, "A Guerra dos Mundos", o escritor britânico Herbert George Wells (1866-1946), conhecido como H. G. Wells.
Até então as pessoas acreditavam no que ouviam na rádio. Nunca mais foi o mesmo depois desta transmissão memorável.
Jornal i

Mário Rui

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Aqui se joga o futuro do País










































Aqui se joga o futuro do País. Governo dos homens ou governo das leis?
Eu bem dizia, ontem mesmo, que isto não ia ficar pelos cães e gatos. Não me enganei. Então não é que já vai nos peixes, tartarugas, canários, e vai daí, a seguir, vem a abetarda, o abutre, o arrabio, o bufo-real, o bútio-vespeiro, o pato-fusco, o  colhereiro, o mocho,  e sabe-se lá mais o quê...  Gaiolas, nós arranjamos. Para “enjaular” alguns falcões-peregrinos, de asas largas, cauda curta e espesso bigode. São os maiores falcões que vivem em Portugal. Voam que se fartam...
 
Mário Rui

Cão ou gato, que mal tem?



O Governo quer alterar a actual lei sobre animais domésticos limitando a dois o número de cães por apartamento e a quatro o número de gatos.
Doa a quem doer, mesmo que canino ou felino, há que demolir as consciências do que resta. Cães e gatos não estão excluídos e, já agora, suspeito, está em congeminação um imposto sobre os mesmos. Quando contemplo este circo decrépito onde cómicos enferrujados se esforçam por vislumbrar vantagem para um Estado ávido das misérias dos seus viventes, já só me dá para desconfiar de tudo. Que mais me resta? Desconfio, para não deprimir.
É só atribuir-lhes um número de contribuinte, uma senha, e eis que a Fazenda Nacional só terá a ganhar. Pois se o resto já paga, da juventuda à maturidade, do fingimento à sinceridade, da economia à cultura, da ciência à religião, da linguagem à discussão, do trabalho ao descanso, porque não mais duas espécies a verterem dízimo? Que importa se são irracionais? Mas fechem lá depressa este processo pois que a seguir ainda temos as nuvens para tabelar e depois taxar! Finda mais esta demanda, já só fica em falta a hipnose do tijolo. Lá iremos, estou certo. Senhor, e o que fazer aos ratos?

Mário Rui

Que barateza de país...



Federação Portuguesa de Futebol paga salários milionários
«O presidente, Fernando Gomes, recebe 28 salários mínimos, mais subsídio de alojamento, o que perfaz cerca de 16 200 euros por mês. A este valor ainda acresce o pagamento das despesas e os quilómetros para deslocações. A verba que leva para casa está imune aos cortes porque se trata de uma entidade privada, ainda que receba subsídios do Estado»
«No total, cada um dos três vice-presidentes - Humberto Coelho, Rui Manhoso e Carlos Coutada, aufere 9840 euros mensais, a que acresce uma série de extras como o pagamento de despesas de alimentação e quilómetros»
«O mesmo se passa com os três diretores João Vieira Pinto, Pauleta e Pedro Dias, que levam para casa mensalmente 8150 euros.»
Imprensa de ontem

 Já serão poucos os que terão ânimo de confessar a sua portugalidade ante o carácter específico da cultura e da história de Portugal.
Ora, só há um modo de escrever a própria essência deste país, é contá-la toda, o bem e o mal!
Tal, procuro fazer eu, à medida que me vou lembrando e convidando à construção ou reconstrução de mim mesmo. Por exemplo, agora que contei um pecado, diria com muito gosto alguma bela acção contemporânea, se me lembrasse, mas não me lembra; fica transferida a melhor oportunidade.
A maior parte dos erros em que laboramos neste mundo provém da falsa definição, ou das noções ardilosas que lemos do bem e do mal. Que pobre Portugal vamos deixar aos nossos filhos! Que barateza de país que se arroga o direito de esbanjar dinheiro nos seus momentos mais amargos e penosos!!!
E a festa continua! Quem paga? Todos nós.

Mário Rui

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Outubro 2013






















 
Mário Rui

A Grande Depressão






































 
29 de Outubro de 1929:  a terça-feira negra
Começa a Grande Depressão
A terça-feira negra, assim chamado o dia 29 de Outubro de 1929, marcado pela série de suicídios ocorridos em resultado do desespero dos accionistas que faliram com a queda da New York Stock Exchange (Bolsa de Valores de Nova Iorque) em Wall Street.
Cinco dias após a queda brusca do preço das acções na bolsa de Valores de Nova Iorque, a bancarrota adquiriu enormes proporções e a crise económica estendeu-se a nível mundial, desencadeando um período de turbulência financeira jamais visto na história. O impacto seria projectado no alto índice de falências bancárias e de desemprego, principalmente no sector industrial. O fôlego económico só seria retomado 12 anos mais tarde, a partir da entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial. A Grande Depressão provocou o avanço de políticos extremistas, que assim chegaram ao governo em vários países, como no caso da Alemanha com a chegada de Adolf Hittler e do Partido Nazi ao poder.

Mário Rui 

Partes de uma gestão não participada


Parte I- É curioso. As crises políticas portuguesas, bem assim como uma certa “democracia”, dão a volta à mente de algumas pessoas. Quer se trate de monarquia ou de um dado regime em que, supostamente, o povo exerça alguma soberania, directa ou indirectamente, é sistema de governo que se presta às mais vulgares considerações.
Parte II- Vejamos, Freitas do Amaral acha que, e passo a citar; «estamos numa das situações mais graves que Portugal viveu ao longo dos seus 900 anos de história. Só comparo esta situação em gravidade, em perigo para existência de um país chamado Portugal, à crise de 1383/85, que felizmente acabámos por ganhar com a batalha de Aljubarrota, e aos 60 anos [1580-1640] de ocupação castelhana através dos Filipes» (entrevista à Antena 1, em 06 de Junho 2013)
Parte III- Cito mais; «a lei não é proporcional nem progressiva, é regressiva, visa aprofundar a destruição das classes médias», e prossegue; «ora, sem classes médias fortes e com boas perspectivas de futuro, é a própria democracia que fica em perigo. É altura de dizer basta e de fazer este governo recuar, porque a continuar por este caminho, qualquer dia temos aí uma ditadura» (jornal Económico, em 27 de Outubro 2013).
Parte IV- Pois bem, como disse no início, tudo isto é curioso. Dissecando tanto quanto possível semelhante tautologia, concluo do seguinte modo; este douto lente, sendo que neste passo entendo ‘lente’ como tratando-se de disco de cristal por meio do qual se vêem os objectos em ponto muito maior ou muito menor que o natural, acha que a actual crise só se compara às de 1383/85 e 1580-1640! Claro que crises assim vividas, pelos outros, e durante 62 anitos, é sempre coisa que convém confrontar, está visto, posto que em tudo se assemelham à de agora. Ou seja, Freitas do Amaral, concluído que foi um trabalho de pensamento político verdadeiramente “socialista”, como aliás ele sempre assumiu desde o 25 de Abril, pugnando pelo regresso dos bens e propriedades particulares à colectividade, só agora descobriu , apesar da sua tal novel nervura “socialista”, que os tempos difíceis, os de conjuntura ou momento perigoso que ora vivemos, devem ser travados, sendo então altura de dizer basta porque a continuar por este trilho, qualquer dia acordamos com uma ditadura a bater-nos à porta.
Parte última- Eu nasci ontem e como tal desculpem-me o facto de não saber bem em que altura nasceu este “socialista”. Mesmo assim, presumo que terá sido lá pelos anos de 40. Ora, como ainda por cima sou pobre de memória, outro remédio não tive senão ir à enciclopédia livre. Chamam-lhe também de ‘wikipédia’, o que deve ser qualquer coisa de suma abertura de espírito já que, neste compêndio, diz que este senhor passou por parte da era governativa de Salazar e toda a de Marcelo e demais correspondentes proporcionais. Pese embora a minha tenra idade, vi, vivi, li e senti todos esses anos de amargura e, note-se, não estou a vitimizar-me porquanto quero continuar honesto. Não fui dos mais desamparados. Mas olhei os meus antepassados próximos e os meus semelhantes a comerem o pão que o diabo amassou. Descalços, com frio e fome! Diziam, e com razão, que uma sardinha tinha necessariamente de ser dividida por cinco ou seis bocas. Os meus avós paravam por horas sofridas numa qualquer fila de espera até que recebessem uma ração de açucar e sabão! Os que comigo brincavam, no mais das vezes, à noitinha iam à “sopa dos pobres” enganar a barriga. Depois, mais anos escuros volvidos, despedi-me de amigos do peito acenando-lhes à partida do vapor que largava esperanças perdidas num mar imenso e numa guerra estúpida. Eram tão perdidas que eles próprios, os meus íntimos, por lá ficaram sem saber porquê. Nem a eles nem às suas famílias em particular foi explicado, se é que tinha explicação, a que credo ofereciam o melhor que tinham, a sua vida! Os que por cá miseravelmente iam ficando, perdiam-se em interrogações vãs pois que nem no papel podiam verter as lágrimas de tanto sofrimento. A maior parte, gente honesta, digna, de grandeza humana superior, não tinha direito a pena que escrevesse só porque não tinha escola onde aprender. É por tudo isto que jamais chegarei a “socialista” e muito menos a “novo-socialista”. É por tudo isto que, hoje, não me faz falta absolutamente nenhuma a voz do senhor Freitas. Bem gostaria de a ter ouvido nesses tempos de outra cruel crise. O senhor estava lá, já em 1967 era doutor em Ciências Jurídico-Políticas. E não falava nessa altura? E não denunciou o sujo trabalho que condenou os da minha casta a uma existência animal? E não denunciou as evidências caídas das árvores dos tristes acontecimentos que não atenderam a nenhum outro interesse que não o da amargura do meu povo? Nunca ouvi a sua voz. Ditadura, como o senhor alvitra, pode bem ser a que aí vem de novo, mas nunca a que as suas palavras nos querem fazer crer. É outra com toda a certeza, mas para essa nós cá estaremos. Mesmo sem a sua ajuda, já sabemos ler, escrever, pensar e agir. Lutar, também! Alcançámos toda esta nascente abundante de frutos à nossa custa e jamais à custa de sons inaudíveis que, no momento certo, permaneceram como eram! Hoje, prestam-se ao discurso insípido, coisa assim do género pintado com tons caritativos e humanitários como que a fazer lembrar a todos nós o que de pior tem qualquer tentativa de reabilitação política. Realmente o remorso é tão inútil depois como durante e antes do mau acto cometido. Nunca gostei de átonos! O actual governo até pode ser, sendo-o de facto, abominável. Não gosto nada dele, mas tem sobre alguns uma grande vantagem; não me engana!!!

Mário Rui

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

«Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus»



Há Estados que são a prova provada de como certos políticos podem ter sucesso no acto de oprimir os outros tendo sempre em mente o ganho próprio.  Hoje, mais uma vez, confirmei esta opinião. Claro que um regime com a idade de 39 anos onde sempre prevaleceu o mando de alguns poderosos, em todas as questões,  jamais poderia ter sido baseado na justiça. Essa é de resto a razão pela qual são poucos os homens que conseguiram fugir a esta espécie de destino de servir tanto ao Diabo quanto a Deus. Talvez deste rol isente apenas um. Está na foto e, sinceramente, aos outros três apenas lhes posso acenar com um leve suspiro por tudo o que de parcial, iníquo, deram ao meu país. Parcial, disse bem! Não me enganei! De facto, de toda a vivência que levo de um país disposto segundo as leis dos que nos desgovernaram continuadamente, apenas me fica a certeza de que os que se entregaram completamente aos seus semelhantes são, muitas vezes, por eles considerados inúteis e egoístas; mas os outros que se deram parcialmente são regra geral entronizados como benfeitores e filantropos. Vale isto, segundo a minha opinião, tanto para o “meu” governo, uma organização política que é também o governo do escravo, quanto para presidentes que contribuíram ‘solenemente’ para a lei marcial a que estamos submetidos. Podem dizer-me que não tiveram acção governativa que levasse a tal estado de coisas. O tanas, digo eu! Quando um país que se elegeu como refúgio da liberdade é composto de escravos, quando todo um país é assaltado diariamente e ainda por cima por um exército invasor que é o nosso, então eu só devo poupar os que não se aliaram a essa força de ocupação. Homens que, rareando, ainda vão dando algum alento ao que é gregário, saudável, e jamais devo eximir os que perguntam se os asilos, os hospitais, as casas-da-sopa, as instituições de solidariedade, estão em boas condições de funcionamento. Esta última irmandade secreta ajudou também, aí permanecendo hoje, à construção deste infame viver, à existência desta ‘Descompanhia de Seguros Mútuos’, ao apoio prático às injustiças. Pouco fizeram que nos ajudasse a um enterro decente! Por último, quase me esquecia, devo dar nota do modo como hoje fui novamente esbulhado dos meus direitos. Para pagar a minha cota de tributo, imposto pago por este servo ao feudalismo, quais relações de suserania e vassalagem, o Estado faminto levou-me mais 6% da minha, agora indigente, segunda infância. Taxa determinada exclusivamente pelo arbítrio dos que me enviam à pobreza, é afinal o preço a pagar pela manutenção da capela de alguns. Só espero que esta injustiça, mais uma, provoque tal atrito na máquina do governo que só possa levá-lo a emperrar de vez. Ao governo  e ao que está mal na ‘Constituição’ de leis que permitem a condenação do inocente e a absolvição dos que, em nome da democracia, da difícil lei da vida manhosamente se vão esquivando. Penso mesmo que não são nada justos, estes últimos; então, mas não deveriam ser pessoas sempre gratas à instituição que os enriquece? O vil metal acalma muitas perguntas, não é?
Deus me ajude a livrar-me das misérias que condeno!!!

Mário Rui

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

A origem das espécies



A origem das espécies
Não ando à procura de ‘espantalhos’, mas julgo como verdadeiros culpados os jornalistas que, com brilhantes excepções, informam e interpretam os acontecimentos de acordo com as suas conveniências pessoais, ludibriando a fé dos seus leitores. E julgo também culpados os que, podendo, não usam as suas privilegiadas mentes em busca das causas da persistência de tanta estupidez. A grande preocupação que aí está é: por que motivo continuam todos estes actores – um e outros – tão bárbaros? E por que motivo continua a ser a jornalista de uma certa “esquerda caviar” a conduzir tais conversas. Bate certo, não é? A coisa fica sempre mais Clara quando nos ocorre que ninguém vai a um restaurante para comer o cardápio. Mas, não podia ser um mentecapto qualquer de direita a fazê-lo? Dado o abismo cada vez maior entre o universo mediático-educacional e a realidade, teria sido indiferente. E quem sabe se, mesmo de direita e mentecapto, não teria perguntado acertadamente ao entrevistado de que valeu - dando continuidade ao papel dos seus antecessores – o discurso de uma falsa visão do país que éramos tentando assim atrair o povo para a construção de um futuro que, afinal, é feio demais para que o suportemos. Darwin estava certo; «as espécies que pertencem ao que chamamos do mesmo género são descendentes directas de alguma outra espécie»

Mário Rui

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Sustento para 4 Reis


“Em Portugal, não sustentamos um rei, sustentamos quatro”, ironiza a Juventude Monárquica Portuguesa. (Ler aqui)

Mário Rui

Frei Tomás



Claro que é horrível,  mas... "bem  prega frei Tomás, faz o que ele diz e não o que ele faz".
Esta é uma frase muito conhecida que nos diz muito sobre a moral, especialmente a moral que se prega aos outros mas jamais se aplica a nós próprios (ler aqui)
É importante ter ideias verdadeiras, mas isso não é tudo. É preciso também viver no verdadeiro, isto é, não fingir que se sabe o que não se sabe, nem que não se sabe aquilo que se sabe perfeitamente bem. Daí que eu esteja “farto” deste senhor! É um direito que me assiste! Inalienável e muito meu! É pleonasmo? Quero lá saber disso. Pois se há tantos outros pleonásticos travestidos de instrumentos de libertação por que não posso ser também eu a minha voz? Para lembrar ao mundo que o meu país foi o único da Europa que esteve à beira da bancarrota por três vezes em trinta e nove anos. Culpa minha! E de milhões como eu.  Deixámo-nos levar pela puerilização universal dos mandantes de Portugal. Já chega! Agora é chegado o momento de os denunciar, chamem-se Pedros, Paulos, Zés, Manéis, Mários, ou o que se quiser. É-me indiferente. Esta democracia que nos deram não é o contrário da ditadura; ela está a ser a causa da ditadura. Obrigado a todos pela vossa ajuda!

Mário Rui

Eles passarão, eu passarinho



A tentativa de infantilização do pobre “pagante” nacional. De facto já só falta a encomenda da respectiva vacina…
Governo corta subvenções vitalícias mas abre excepção para os três ex-Presidentes.
Os ex-presidentes da República Mário Soares, Jorge Sampaio e Ramalho Eanes vão ficar excluídos dos cortes nas pensões vitalícias. O Orçamento do Estado para o próximo ano prevê que as subvenções vitalícias pagas a ex-políticos com rendimentos mensais acima dos dois mil euros sejam suspensas a partir de Janeiro mas abre uma excepção para os antigos chefes de Estado.
Ou seja, os ex-presidentes Ramalho Eanes, Jorge Sampaio, que na passada semana lançou algumas críticas ao Governo, e Mário Soares, que tem feito sistemáticos ataques ao Executivo - chamou na passada semana "delinquentes" a alguns ministros - escapam à suspensão. Fonte da maioria explicou ao Diário Económico que a lógica de criar uma excepção no Orçamento do Estado para os três ex-Presidentes da República está relacionada com a manutenção "da dignidade de Estado". O Governo, adianta a mesma fonte da coligação, quis marcar a diferença entre este três ex-políticos e os restantes que ainda recebem pensão vitalícia (ex-deputados e ex-governantes após 2005) "por uma questão de dignidade", apesar das críticas de que tem sido alvo da parte de alguns.
«Diário Económico»

Mário Rui

terça-feira, 15 de outubro de 2013

UTOPIA




Mário Rui

Portugal / Angola

Presidente angolano diz que dificuldades nas relações com Portugal "não aconselham" concretização de parceria estratégica | iOnline


«Nós nunca nos realizamos. Somos dois abismos - um poço fitando o céu»
(Fernando Pessoa) 

Um dos ensinamentos a tirar de toda esta confusão é o que sublinha a ideia de que o propósito de qualquer negócio bilateral é criar clientes. Ora, quer um país, quer outro, não podem estar sujeitos a caprichos passageiros sob pena de perderem os seus fregueses. Entendam-se pois!
Mas ainda há uma outra lição a reter e de maior importância; em Angola, submeter-se a um chefe é doloroso! Em Portugal, escolher um chefe é estúpido! Talvez agora o nosso governo perceba que não são os cabelos grisalhos que confirmam os louvores dados a alguns. Conclusão: Rui Machete viveu em outro tempo político, já não serve o de agora. Se querem a minha opinião, “obviamente demito-o!” Sim, afinal há seniores que não dão uma ideia vantajosa da maturidade e progresso da sua inteligência.

Mário Rui

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Idiotices

    
                     





















No sentido de uma teoria da fé, como prova religiosa, e mesmo da simples convicção por coisas vulgares de outra natureza, umas de somenos, outras ainda assim mais interessante, já se me ofereceu tanto crer e tanta incitação que, antes de mais nada, é meu encargo dar conta de tanta porfia. Pois atentem: cinismo, arcaismo, comunismo, maniqueísmo, situacionismo, cepticismo, despotismo, obscurantismo, autoritarismo, ilusionismo, conformismo, progressismo, empreguismo, anacronismo, alienismo, profissionalismo, amadorismo, nepotismo, lirismo, preciosismo, revisionismo, proteccionismo, casuismo, puritanismo, silogismo, estoicismo, revanchismo, diletantismo, aposteriorismo, apriorismo, altruísmo, socialismo, anarquismo, marxismo, budismo, islamismo, republicanismo, protestantismo, nacionalismo, alcoolismo, criacionismo, alpinismo, curandeirismo, esoterismo ... ...! Estão cansados? Também eu, mas esta é uma pequena amostra do mínimo que se me ofertou e precisei de entender para não continuar a ser um idiota. Foi dose, mas julgo ter valido a pena não obstante subsistirem resquícios desta minha herança ‘cultural’, o que me leva a pensar se não estarei ainda a dar um contributo escusado, mas efectivo, para a multiplicação desta classe de “sujeitos formidáveis”, os patetas. Também mais não posso fazer. Tentei escapar a tal estado, esforcei-me, e só isso já me conforta. Se a reprodução da espécie se continua a fazer, já pouco posso mudar. Paciência. Em todo o caso, devo dizê-lo, na maior parte das incitações a que me sujeitei ficou-me a ideia de que estava a ser manipulado em vez de persuadido. Atitude assim interiorizada levou-me a que, forçosamente, tomasse opções mais de acordo com o meu modo de estar por cá. Cansado que estava de acreditar em muitas mentiras, decidi que a uma ficaria decisivamente imune; pensar e agir segundo os termos dos outros posto que jamais quero ficar com saudades de mim mesmo. Não sei se consegui mais cultura, mais conhecimento ou quiçá mais rebeldia, mas também não é o que mais importa. Livrei-me da subserviência à voz corrente e da longa história do que parecia óbvio! Que bom que foi! E se havia tanta e ignara gente que se promovia à custa da minha activa e disponível palermice. Chiça, quantos anos são precisos que nos induzam à introspecção crítica?

 

Mário Rui

domingo, 13 de outubro de 2013

Descontentamento geral







































Tal como o descontentamento geral - e que se deve fazer ouvir incessantemente - que nos subjuga à condição do actual (des)governo de Portugal, também seria óptimo que esta obra voltasse às prateleiras das livrarias para que todos os "delinquentes" fossem julgados! São muitos os que nos têm de prestar contas!!!! E de nada adianta fazer desaparecer "as pérolas do regime" do local onde devem estar. Acessíveis aos leitores!
 
Mário Rui

sábado, 12 de outubro de 2013

Corte nas subvenções. Alegre acusa governo de “manobra contra os políticos” | iOnline

Corte nas subvenções. Alegre acusa governo de “manobra contra os políticos” | iOnline


Contado ninguém acredita!
 
«Alegre foi deputado durante mais de 30 anos e acredita que “é uma questão de decência política reagir a esta manobra populista”: “Eu não embarco nisto. Não me sinto culpado por ter dedicado grande parte da minha vida à causa pública”».
 
E como ‘não há machado que corte a raiz ao pensamento’, acho mesmo que:
-  decência política seria explicarem-nos a questão estranhíssima da razão por que chegou a estado tão agonizante a democracia do nosso país
-  decência política seria explicarem-nos a razão por que alguns “arautos” da verdade se arrogam o direito a uma felicidade sem culpa e à população sofrida deixaram o encargo de pagar a vossa própria culpa
-  decência política seria os gananciosos senhores do lugar que ocupam vitaliciamente, terem já feito dele o triunfo do juízo sobre a violência imposta aos outros.
-  decência política teria sido impedir que o povo vagueasse entre o sonho e o pesadelo
-  decência política deveria ter sido precaver que a experiência de certos ususpadores de valores tivesse agora sido conhecida como história manipulada e interpretada por quem nos vendeu ilusões vãs
-  decência política teria sido  explicarem-nos que o futuro da nossa democracia não era um livro do vosso gabinete, escrito nos vossos termos,  mas antes prosas, textos de equilibrio entre liberdade e justiça social para o povo e que não permitissem os vossos vorazes apetites.
-  decência política conviria que tivesse sido o respeito às normas e à maior instituição da democracia – o povo – coisa que jamais os senhores fizeram.
-  decência política sempre clamámos nós que fosse “democracia real”, abolição das oligarquias e do poder invisível, jamais a defesa de suspeitos interesses particulares, a insuficiente educação dos cidadãos e, por fim, a abolição das vossas promessas não cumpridas.
E quanto a uma vida em grande parte dedicada à causa pública, também acho que:
 
- o sentido de actos nobres até pode residir numa vida jovem ocupada em redor de  valores altruístas. Não o nego e aplaudo-o! Condeno é o não companheirismo quando a jornada mais o exige. Sobre a nossa actual escravatura nada se constrói, a não ser revoltas de escravos. Mas a revolta exige ajuda, pois dói muito a quem sofre ser desprezado! E já agora devo igualmente dizer que, se calhar, tem dias em que não é o passado que dá glória aos homens. São os homens que devem honrar o passado. E o presente, pois é a única coisa que por agora urge pôr em ordem!
 
Mário Rui

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

As adições vitalícias da III República ( a das bananas)




O já antigo estágio em que o “progresso” de uns se tornou na miséria de outros. Coisas que nunca se revelaram à consciência dos primeiros apesar da frustração que têm provocado aos segundos!!
 
Mário Rui