quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Cão ou gato, que mal tem?



O Governo quer alterar a actual lei sobre animais domésticos limitando a dois o número de cães por apartamento e a quatro o número de gatos.
Doa a quem doer, mesmo que canino ou felino, há que demolir as consciências do que resta. Cães e gatos não estão excluídos e, já agora, suspeito, está em congeminação um imposto sobre os mesmos. Quando contemplo este circo decrépito onde cómicos enferrujados se esforçam por vislumbrar vantagem para um Estado ávido das misérias dos seus viventes, já só me dá para desconfiar de tudo. Que mais me resta? Desconfio, para não deprimir.
É só atribuir-lhes um número de contribuinte, uma senha, e eis que a Fazenda Nacional só terá a ganhar. Pois se o resto já paga, da juventuda à maturidade, do fingimento à sinceridade, da economia à cultura, da ciência à religião, da linguagem à discussão, do trabalho ao descanso, porque não mais duas espécies a verterem dízimo? Que importa se são irracionais? Mas fechem lá depressa este processo pois que a seguir ainda temos as nuvens para tabelar e depois taxar! Finda mais esta demanda, já só fica em falta a hipnose do tijolo. Lá iremos, estou certo. Senhor, e o que fazer aos ratos?

Mário Rui

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