quinta-feira, 24 de maio de 2012

Momentos




Difícil, difícil é atirar-mos para trás do nosso caminho as recordações que nos encheram o corpo de alegrias, de dias quentes e noites cálidas, onde só a leve brisa de um vento não dominante  nos envolvia por todo o nosso eu. Sensações únicas que nos dotaram de aromas finos capazes de distinguir o belo e meigo do rude e feio. E como eu os vivi! Aromas de cores diferentes mas sempre com paixões inibriantes e com sons alucinantes especialmente porque convocavam a uma diferente maneira de viver instantes. Curtos ou longos, não importava, eram marcos de uma realidade instintivamente subtil, adorável e que só a dois se conseguem perceber. Essas vozes que só falam no mais profundo e reflexivo dos silêncios. É por isso que eles sempre foram de ouro. Aí têm o mistério que sempre me foi dado a conhecer. E gozei-o ardentemente.  Agora tenho o meu ser acampado. Não esquecido. Só sossegado.

Mário Rui