segunda-feira, 20 de abril de 2015

É natural que as mesmas coisas sejam pecado para uns e para outros não? É!


Como eu gostaria de ver tanta gente a juntar a documentação necessária para comprovar que teria direito, no mínimo, a um desabafo na palavra. Mas nem isso pode ter, sequer se pode queixar sobrando-lhe tão-só lamento que pulverize cóleras e amarguras que talvez sirvam para atenuar os mitos e as visões do bizarro desta e de outras decisões. O que depende de alguns, basta querê-lo com decisão e é possível obtê-lo. O que me causa ainda mais horror, é perceber que o refinamento decisor já junta dois em um, coisa assim como que tomem lá esta fecunda e inebriante adição pois dela não virá certamente vozearia que perturbe. Some-se então um messias de direita e um outro de esquerda e todo o mundo cala a boca. Assim, a nova arte de tomar medidas, que evite o enredo, permite a trama “ingénua” dos factos e troca-a por uma subtilíssima miríade de boas vontades que a todos emudece. Então e agora já não há esquerda que proteste nem direita que se revolte? Já não são obscenos vencimentos assim dados e nascidos do erário público? O vértice desta arte está atingido! Consegue-se o extraordinário no patológico. Pois é, há pessoas capazes de se interessarem por um trabalho que se sabe quanto rende; o difícil é apaixonarem-se pelo que dá menos. Mas culpa tem quem permite tal, pois tem muita piedade com alguns e esquece sempre os que se aborrecem com coisas gozadoras. Daqui, a incapacidade de dar-se o grande passo renovador. À fava esta necessidade infantil de “ingenuidade” na invenção.
 
 
Mário Rui
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Lenta agonia de silenciosos colapsos.



É preciso ter muita sorte para se conseguir viver neste mundo e sobretudo com esta lenta agonia de silenciosos colapsos.

700 imigrantes podem ter morrido no naufrágio de um barco na costa da Líbia, informou hoje um porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur). O navio afundou-se a cerca de 110 quilómetros da costa, e levava mais de 700 pessoas a bordo, segundo explicaram os 28 sobreviventes resgatados por um navio mercante.

 

Mário Rui
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Abril






Mário Rui
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