quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Por aí


 
 
 
Mário Rui
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Benfica: mau comportamento dos adeptos em Guimarães

Benfica repudia mau comportamento dos adeptos em Guimarães (LER AQUI)
O verbo está errado! Não é repudiar! Repudiar, é um verbo gajo. É eliminar! E sou benfiquista, dos simples.
 
 
Mário Rui
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Austrália: peço ajuda à chuva e aos poderes instituídos


 
Peço ajuda à chuva e aos poderes instituídos – sérios - que possam travar a desgraça. A bem do planeta.

A Austrália continua a ser devastada pelos maiores incêndios florestais de sempre. E nós, eu também, mas em particular os muitos que com suposta superioridade moral parecem preocupados com outras tragédias semelhantes fora de portas, numa clara tentativa de monopólio de pseudo-virtudes políticas, apenas, fingimo-nos esquecidos quando não nos convém parecer lembrados. Se as chamas puderem ser uma máquina para vender imagem política-partidária favorável, é vê-los a alardear “nobres” intenções, bem alto, e com objectivo bem definido. Mas se o fogo se desenrola lá longe, se o eco-discurso não dá aplausos da plateia, se os resultados concretos daquilo que se prega não mostram adesão, então pode a vaca tussir, o canguru morrer queimado, o coala fritar e a catatua carbonizar, que não se lhes ouve uma palavra irritada. É por isso que continuo muito céptico quanto à sanidade moral de princípios e valores de muitos “ambientes ecológicos”. Já agora some-se a isto o facto do uso de dois pesos e duas medidas também ser chamado de hipocrisia. Mas que ajuda muito ao autoengano dos tolinhos, lá isso ajuda, mesmo que seja não só muito feio como insultante. Fico à espera da apoquentação desses que encaram o mundo como um grande palco, e tudo como uma grande encenação.


Mário Rui
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Por aí








 
 
 
 
Mário Rui
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A “actualização” a que a todo o tempo se procede contra quem a não segue


Estou muito contente. Neste início de ano já me mandaram cartas vários amigos, da onça, que nunca me esquecem nesta altura. E, imaginem, só passaram ainda três alvoradas de Janeiro. São uns queridos, todos, pois quando me preparo para mais 365 dias na passadeira da existência, eis que toda esta gente me vem lembrar que afinal a vida é diabolicamente linda, como um sorriso da Julia Roberts, ‘um sonho de mulher’, e prodigiosamente alegre, como uma carteira a transbordar de notas. E, vai daí, começou então a temporada oficial da minha caridade para com todos esses companheiros. Por entre farta actualização de preços e com data marcada, enternecem-me muito os rogos feitos com tanto desprendimento, tanta simplicidade, tantas virtudes. Súplicas destas já me chegavam as do Centeno e as do Costa, se bem que, devo dizer, também eles com muita caridade, ao ‘dobrarem’ todas as nossas dificuldades, embrulhadas em todas as tretas. Por falar em tretas, acrescento que, neste último caso, quer um, quer outro, gastam fartas somas para os pobres mas os únicos que as não recebem são precisamente estes. É estranho, pois comigo passa-se exatamente o contrário, ou seja, gasto fartas somas com os ricos e são precisamente estes que as recebem. Vá-se lá perceber esta conta-corrente, embora dela ainda consiga tirar uma conclusão: é que quer faça chuva, vento ou frio, sinto-me sempre animado de um desejo intenso de praticar o bem. Já quando o tempo adrega de aquecer um pouquinho, um sol esquivo, mas amigo, rompe-se-me na alma uma erupção de piedade que não há xarope que a trave. Postas assim as espécies, vou tentar exemplificar algumas das misericórdias de per si a que acudo, segundo o critério curioso dos grandes satirizadores da comédia anual de preços em Portugal. Luz, água, gás, gasolina, seguro, IMI, IRS, taxa de ocupação, taxa de exploração, taxa de manutenção, taxa de televisão, taxa de protecção, taxa da taxa, e assim vamos de tributo em tributo até à taxa das récitas da nossa caridade. Já faltou mais! Tudo sobe, e não há ninguém que recuse o nosso auxílio a qualquer rapioca beneficente. Mas enfim, uma pessoa p’ra ser feliz não pode pensar muito. É o que é!
 
 
Mário Rui
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Mário Rui
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