segunda-feira, 1 de julho de 2013

A demissão e os ávidos
























Até parece que tudo se resume à disputa político-partidária. Entrementes o país continua à deriva e à espera de um verdadeiro líder, que não temos, que dê dois murros na mesa e explique a todos estes arregimentados que Portugal merece consensos que o guindem à condição de Nação. Que Portugal se exauriu, está estafado de aturar uma cáfila partidária que se resume à defesa de singularidades e não, como seria desejável, à guarda de uma identidade nacional. Tudo o que até agora vi e ouvi sobre a demissão do ditador Gaspar, resume-se a isto; verborreia descontrolada e ambiciosa que mais não consegue senão deixar fugir a possibilidade de concretização dos nossos sonhos e o alcançar de novas conquistas que evitem o sofrimento continuado de um povo! Querem fazer-nos crer piamente que o que realmente desejam é a tranquilidade e o progresso - mas iludem-nos: o que realmente procuram é a agitação de modo a que não se esfumem as suas (in)capacidades para continuarem a reinar. O prazer está na presa, não na caça. E tanto se me dá que o caçador se chame Gaspar, Seguro, Passos ou outro qualquer nome feio, igual aos que citei! Semelhantes entre si. Todos eles. Não conta a união possível que tire a nossa terra do atoleiro. Na coutada desta gente, o importante é manter o apresamento de Portugal. Quanto ao único que poderia dar o tal murro na mesa, o Presidente da República, também estamos conversados. De resto mais não podíamos esperar. É que ninguém pode ensinar aquilo que não sabe! Brasil, Brasil que trazes à rua a tua gente, lutando pelos seus direitos e sem que se veja uma tendência partidária, sectária. Só verde, amarelo e pessoas. Muitas. E de nós, o que dizer? Estas políticas caseiras e rasteiras não foram projectadas para serem adoptadas pelo povo. Foram estudadas para o privilégio de uns quantos bem protegidos!! Mudarei de opinião quando, e se, de entre estes vulgachos todos, surgir um que nos possa indicar o caminho certo. Pode ser que se dê um milagre.

Mário Rui