domingo, 28 de fevereiro de 2021

Porque hoje é sábado

E sempre estou para ver quando é que tenho o barbeiro aberto. Não se me ponham os cabelos em pé com tanto confinamento pois que já há gente que vai pedir quinze dias de licença na repartição para ir cortar a trunfa. É dose, a clausura.

 

Mário Rui
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Anúncio de 1941


 Afinal, agora percebo. O hábito de gamar já vem de longe sendo que hoje apenas se copia o modelo de antanho. Ora vejamos: quereis dinheiro? Jogai no gama, pois é um amparo e sempre com sortes grandes! Tudo em perfeita consonância e deve ser por isso que a Suiça sempre foi um mundo de faz-de-conta numerada. E há quem diga que o dinheiro não é tudo na vida. E é verdade, também há o ouro, as accões, os imóveis e os títulos bancários. E o sonho não acaba aqui. Ainda nos resta a rosca de pão-doce, o queijinho da serra e o tinto de Colares. Não há razão de queixa, está visto, porque não importa saber de onde viemos nem para onde vamos. O importante é arranjar um lugar à janela para tirar 'rendimento' da paisagem. Que diabo, chega uma hora na vida em que um homem tem que pensar em fazer algum dinheirito.


Mário Rui
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Aveiro, Feira de Março de 1965, quando não havia confinamentos.


 

Mário Rui
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No tempo em que se puxava o lustre às coisas e aos aspectos das coisas.



Mário Rui
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Por aí





 

Mário Rui
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Bom dia, liberdade


Mário Rui
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Estarreja d'outrora


 Rua das Amoreiras em 1919


Mário Rui
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